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Murphy olhou para Clarke e observou a mulher, depois que ele jogou aquela pequena bomba, Clarke não esboçava nenhuma expressão que fizesse Murphy confirmar suas suspeitas, a loira suspirou e tomou um gole de seu expresso, tirou algumas notas de sua carteira e pôs sobre a mesa, a loira levantou e Murphy fez o mesmo só que segurando firme o braço da namorada de sua amiga.

- Você sabe que isso só me faz confirmar tudo, não é? – disse em um sussurro ameaçador –

Clarke olhou para a mão do rapaz em seu braço e em um movimento rápido segurou a mão de Murphy e a girou para trás, ela pressionou o rapaz sobre a mesa fazendo com que o rosto do jornalista encostasse-se à mesa fria do local, enquanto Clarke prendia o braço do rapaz nas próprias costas dele, as poucas pessoas naquela cafeteria olhavam para a cena assustados, sem saber o que fazer. Clarke pressionou um pouco mais o rapaz e ele soltou um grunhido de dor.

- Se eu estivesse traindo Lexa, você seria o primeiro que eu eliminaria – retrucou com a tranquilidade em seu tom de voz – Se bem que eu não preciso trair Lexa para acabar com você – Clarke o soltou e o rapaz imediatamente trouxe sua mão para frente, sentindo o incômodo onde Clarke pressionou. Murphy olhava para Clarke como se ela fosse seu inimigo número um –

- Eu estou com o celular de Roan, sei que você já foi uma menina religiosa, Clarke, então reza para não ter nada ligado a você no celular de Roan, porque se tiver... – Murphy se aproximou da loira e olhou fixamente nos olhos azuis da garota – Eu não vou acabar com você, Lexa vai, e sabe por que eu tenho certeza disso? Porque não há nada que Lexa odeie mais do que traição e por mais que ela sinta algo por você, isso não vai impedi-la de acabar com você –

- Lexa nunca faria isso –

- Ela nunca pensava em fazer algum mal a Anya, mas não pensou duas vezes antes de explodi-la. – Murphy pegou sua mochila ao chão enquanto Clarke continuava a olhar para ele – Você tem até o final do dia para me contar a verdade, e eu dar uma chance a você – Murphy não esperou por uma resposta e passou por Clarke e dessa vez foi a loira quem o impediu de sair, segurando em seu braço –

- Eu jamais trairia Lexa – respondeu com confiança, Murphy puxou seu braço soltando-se de Clarke e foi embora, deixando a loira naquele lugar –

...

- O quê?! – disparou Octavia quando ouviu Lexa chamá-la de traidora. A advogada que já tinha sua bolsa no antebraço a deixou cair com o que escutara –

- Foi você que entregou um dossiê sobre mim para Robert, você o trouxe até aqui, o que pretende com isso Octavia?! – Lexa levantou do sofá e se afastou de Octavia, ela estava começando a se enfurecer e não queria atacar sua amiga, pelo menos não agora –

Octavia olhava para sua amiga sem esboçar nenhuma expressão, até que a advogada franziu a testa.

- Por que es –

- Lexa, quem diabos é Robert?! – perguntou cortando o pensamento de Lexa, a advogada esperava por uma resposta e o que recebeu foi uma gargalhada sarcástica – Quem é Robert? – insistiu ignorando o sarcasmo da ação da amiga –

- Para de fingir Octavia! Ele disse que a mulher que entregou minhas informações usava roupas formais, e tinha um corte na mão, é apenas uma coincidência essa mulher se encaixar perfeitamente com seu perfil? – Octavia percebeu a impaciência na voz da amiga, foi quando teve a certeza de que Lexa estava a ponto de deixar a situação mais física –

- Lexa, não sei se você percebeu, mas estamos em New York, metade das mulheres da cidade se vestem formalmente, e um corte na mão? Isso acontece todo dia com alguém por aí – Octavia se atreveu a se aproximar de Lexa mesmo sabendo que a qualquer momento a amiga pudesse se tornar agressiva – Quem diabos é Robert? – Lexa deu uma tapa em Octavia e a advogada realmente não esperava por isso –

Born To DieOnde histórias criam vida. Descubra agora