A Esperança

Prólogo

Eu não conseguia me concentrar, não com tanta gente ao meu redor. Não com tantas pessoas conversando perto de mim. Eu tinha que me concentrar, não podia deixar meu irmão com a responsabilidade de sustentar a tia Rute e a mim. Mesmo ele sendo um advogado que ganhava um salário bom, mas ele tinha iniciado a carreira à pouco tempo, não ganhava lá essas coisas. E eu havia terminado meu curso faziam apenas 4 meses, e tinha sido demitida faziam três meses, isso porque o Senhor Luís não tinha condições de pagar às duas secretárias, não mais. Então ele resolveu me demitir, já que Célia trabalhava lá há mais de cinco anos, e eu há apenas dois.

- Alice Íris Viera Melo, pode entrar. - tirando o foco dos meus problemas, tirei meu traseiro daquela cadeira e fui até aquela porta, dei uma leve batida e abri-a. - Com licença.

- Sente-se, senhorita... - ele olhou para baixo, onde estava um monte de papéis, um deles era o meu currículo - Alice.

E assim eu fiz.

- Vamos começar pelo básico. O que você, Alice Melo, faria para contribuir com o crescimento da nossa empresa?

- Senhor, eu daria o meu melhor, seria proativa e principalmente vestiria a camisa da empresa.- ele riu, será que eu tinha dito algo ruim, ai meu Deus me ajuda!

- E como seria vestir a camisa da empresa?- ah, isso era fácil.

- Eu falaria sobre o quanto é incrível trabalhar aqui, sobre a história da empresa, a que eu tanto admiro, - com essa parte ele foi se aproximando um pouco mais e escutando com toda atenção - sobre as qualidades dos produtos, porque todos os cosméticos sem exceção são maravilhosos. Além de que...- e foi a partir deste momento que a conversa fluiu, ele fez várias perguntas. Sobre a minha vida, profissional, pessoal e sobre conhecimentos gerais.

- Então é isso, Senhorita Alice. Daqui a 3 dias iremos ligar para a nova secretária da help me¹. - terminando ele deu uma risadinha.

- Estarei a espera, Senhor John - sim, esse era o nome dele.

- Boa sorte, menina - ele disse e deu uma piscadela para mim.

- Obrigada.- e essa foi a deixa para eu ir embora. Eu estava confiante tinha feito tudo corretamente, era minha aquela vaga.

***

- Tia Rute, cadê a senhora?

- Estou aqui, minha filha! - já sabia onde ela estava, no lugar que ela mais amava da casa, a biblioteca, que na verdade era um quarto pequeno com várias estantes na parede abarrotadas de livros, e duas poltronas.

- Acho que a vaga da help me é minha!

- Tomara querida. O seu irmão não quer nos contar, mas eu sei que ele está se desdobrando muito para conseguir nos manter.

- Tomara tia, tomara! - disse meio tristonha e me joguei na poltrona vaga.

***
Oi, amores. Eu realmente espero que vocês vivam cada momento desse livro de forma intensa. E que ele conquiste um pedacinho do coração de cada um de vocês. E um aviso, galera! Help me é uma loja de cosméticos, e que eu saiba não existe, é apenas fruto da minha imaginação.