Capítulo III

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Quando cheguei no prédio percebi o quanto ele era bonito, provavelmente a família da criança tinha boas condições financeiras. Cada andar tinha duas mansões, isso mesmo, as mansões eram no prédio. Entrei no elevador e fui para o andar 4. Estava atrasada 5 minutos, teria que sair de pressa. No momento em que sai do elevador um cara todo apressado bateu de frente comigo, o que me fez cambalear, por pouco eu não cai.

— Ai, seu ogro! – eu gritei com raiva.

— Desculpa, mas você que é cega. – ele disse se achando certo. Mas... Mas... Que arrogante!

— Você que é todo apreçadinho, não olha por onde anda e sai atropelando quem está na sua frente. - disse nervosa e irritada. Escutei um gemido e olhei para onde ele vinha.

— Droga! - disse, e em seguida socou a parede.

— O que foi? - perguntei sem o mínimo de interesse, confesso que estava um pouco curiosa.

— Perdi o elevador. - ele disse, como se aquilo fosse óbvio - Tudo culpa sua. - acrescentou Senhor arrogante.

— Bem feito! Vou embora estou atrasada. - disse, e só depois assimilei - Ah, não! Estou atrasada! - e sai correndo pelo corredor, que mesmo sendo apenas com duas mansões cada andar era um pouco longe.

Meu Deus ajuda-me!!

***

Cheguei a porta e toquei a campainha, e em pouco tempo uma garota de aparentemente 16 anos abriu-a.

— Boa tarde. – disse com um sorriso nos lábios que até os seus olhos sorriam. – O que deseja?

— Meu nome é Alice, eu vim fazer a entrevista.– disse morrendo de medo de não deixarem eu ser entrevistada.

— Um pouco atrasada mas pode entrar, quem sabe você não é contratada! – disse e deu uma risada abafada.

Realmente era uma mansão, pelo que eu via, o lugar tinha duas salas gigantes, uma de tv e outra de jantar, e uma varanda incrível que mais parecia outra sala. Os móveis eram todos de luxo.

— Por aqui! – disse ela e aumentou a velocidade de seus passos.

Entramos em um corredor com várias portas, e a segunda a esquerda foi aberta pela garota. Ela revelou um lugar que deveria ser a biblioteca por ter tantos livros nas prateleiras, que eram muitas. E ainda havia uma mesa enorme, com uma cadeira branca linda de um lado da mesa e do outro duas cadeiras marrons. Do outro lado do cômodo havia um sofá onde quatro mulheres estavam sentadas, e na frente delas uma linda garota com atitude de mulher falava com elas.

— Sophie, chegou mais uma candidata. Ela está um pouco atrasada mais acho que ela merece uma chance. – a garota que havia aberto a porta para ela disse a outra, Sophie, como ela havia lhe chamado.

— Com certeza. Pode pegar aquela cadeira para ela, Tina? – disse Sophie apontando para uma das cadeiras marrons. E Tina, esse era o nome da garota, pegou-a e eu sentei-me.

— Continuando... Não é uma criança, mas sim um bebê. – Como assim? Eu não sabia disso. – Seu nome é Valentim e ele tem apenas 4 meses de vida. A sua mãe faleceu no parto e o seu pai, meu irmão, está na empresa de nossa família. – Uau! Ainda estava processando tudo aquilo. – Precisamos de alguém para cuidar dele e vocês de um emprego. Então vamos começar a entrevista.

— Gostaria que cada uma de vocês dissessem o seu nome.
Começando por você. – Sophie disse e fez uma sinal para mim.

— Meu nome é Alice Íris.

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