Capítulo II

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Acordei as sete, fui à banca mais próxima. Quando eu cheguei lá só tinha um jornal, que sorte a minha em... E é óbvio que eu comprei, e voltei pra casa.

— Cheguei! – disse quando coloque os pés dentro de casa.

— Demorou menina. E aí comprou quantos jornais? – perguntou tia Rute.

— Para a minha sorte só tinha um jornal. – disse rindo da minha sorte e mostrando o jornal.

— Eita que eu tenho uma sobrinha de sorte, viu! – ela disse rindo.

— E eu a irmã mais sortuda do mundo. – disse o meu irmão, aparecendo na sala e eu ri.

— Vamos tomar o café. Já preparei tudo. – Rute disse indo para a cozinha e se sentando à mesa.

Eu e o Thomas sentamos-nos à mesa, também. Todos começaram a comer. Quando me lembrei do jornal, fui para a sala e peguei-o. Comecei a olhar as vagas de emprego, até agora nenhuma do meu interesse.

— Encontrou algo interessante? – o Tho perguntou.

— Ainda não. – disse e continuei olhando a procura de algo. Pai abre os meus olhos. Então, eu encontrei uma vaga que me interessou.

VAGA PARA BABÁ

Pessoa que se dar bem e tenha jeito com crianças. Não é necessário experiência. Pagamos bem. Entrevista: Sexta às 15 horas
Local: Residencial...

— Encontrei! – disse animada.

— O quê? – os dois perguntaram, minha tia da cozinha e meu irmão do seu quarto. E foram ao meu encontro.

— Olha essa daqui! – disse apontando para o anúncio. – Eles pagam bem, eu tenho jeito com crianças e o melhor, não precisa ter experiência.

— Ótimo querida! – disse minha tia empolgada como eu.

— Quando vai ser a entrevista? – meu irmão perguntou sério.

— Vai ser hoje às 15 horas.

— Muito em cima, não acha tia? – ele disse

— Não. E é uma ótima vaga de emprego, e não exige experiência nem profissionalização. Menino, relaxe a sua irmã vai apenas a uma entrevista.

— Mas... Babá? – o quê?

— Não acredito! Thomas você sabe que assim como qualquer outra profissão ser babá exige do profissional, não coloque-a para baixo. É uma profissão digna. – eu disse.

— Tudo bem, desculpe-me! Eu só queria que você encontrasse algo da sua especialização. – ele disse um pouco envergonhado.

— Tudo bem, Thomas. Agora vá para o seu trabalho. – minha tia falou.

— Isso mesmo! Não vai querer se atrasar né? – eu brinquei descontraindo um pouco.

— Certo. Tchau. – ele disse dando um beijo na testa da nossa tia e na minha. – Amo vocês.

— Nós também te amamos! – dissemos em uníssono. E ele foi pro trabalho.

[...]

Hoje eu preparei o almoço. Como o Thomas almoçava perto do trabalho, então foi apenas eu e Tia Rute. Depois, eu fui para o meu quarto arrumar-me para a entrevista. Coloquei um vestido estampado e uma sapatilha vermelha, resolvi levar uma jaqueta jeans. Maquiei-me como sempre, só o básico nada de exagero. Em certo momento me deparei com uma bíblia em cima do meu criado-mudo. Abri e no início tinha uma dedicatória da minha tia e uma do meu irmão. Ambos afirmavam desejar que eu aprendesse mais da palavra e tivesse intimidade com Deus. Então eu resolvi ler algum capítulo desta biblioteca de Deus.

Abri a bíblia. Quando olhei eu estava no livro de Jeremias, Capitulo 29, Versículo 11.

Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.

Depois disso eu tive certeza de que o propósito de Deus em minha vida era grande, eu apenas deveria confiar nele e seguir caminhando do seu lado. Ele iria me surpreender... Resolvi chamar um táxi. Quando estava saindo de casa fui até o cantinho da tia Rute.

— Tia, obrigada pelo presente maravilhoso que a senhora me deu com o Thomas.

— Oh, menina! Vem aqui. – ela me chamou e fez um sinal do qual eu conhecia perfeitamente bem. E então eu me sentei em seu colo. – Nós queremos o seu melhor, e você nunca se esqueça que te amamos.

— Eu sei, tia.

— Pois bem. Agora saia do meu colo e vá logo para essa entrevista, Deus lhe abençoe! – disse

— Amém, tia! – disse e sai de casa. Quando eu coloque os pés fora de casa o táxi chegou e eu entrei nele. Eu estava tranquila. Deus abrirá uma porta para mim.

— Moço, o endereço é esse. – disse e lhe entreguei um papel com o endereço.

Agora eu deixaria Deus agir. E que a vontade dele se cumpra em minha vida.

***

Quando cheguei no prédio percebi o quanto ele era bonito, provavelmente a família da criança tinha boas condições financeiras. Cada andar tinha duas mansões, isso mesmo, as mansões eram no prédio. Entrei no elevador e fui para o andar 4. Estava atrasada 5 minutos, teria que sair de pressa. No momento em que sai do elevador um cara todo apressado bateu de frente comigo, o que me fez cambalear, por pouco eu não cai.

— Ai, seu ogro! – eu gritei com raiva.

— Desculpa, mas você que é cega. – ele disse se achando certo. Mas... Mas... Que arrogante!

— Você que é todo apreçadinho, não olha por onde anda e sai atropelando quem está na sua frente. - disse nervosa e irritada. Escutei um gemido e olhei para onde ele vinha.

— Droga! - disse, e em seguida socou a parede.

— O que foi? - perguntei sem o mínimo de interesse, confesso que estava um pouco curiosa.

— Perdi o elevador. - ele disse, como se aquilo fosse óbvio - Tudo culpa sua. - acrescentou Senhor arrogante.

— Bem feito! Vou embora estou atrasada. - disse, e só depois assimilei - Ah, não! Estou atrasada! - e sai correndo pelo corredor, que mesmo sendo apenas com duas mansões cada andar era um pouco longe.

Meu Deus ajuda-me!!

***

Oi, galera! Uau! Que profundida esse versículo. Melhor presente esse que a Alice recebeu. E quem será esse cara do esbarrão? Eita que eu tô muito ansiosa pra saber o que vai acontecer nessa entrevista, tomara que deixem ela fazer, e vocês? Beijo, meus amores!

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