Aprisionada à Culpa

Flashback parte II

Entrou Megan na ambulância e sentou-se ao lado de sua mãe, que se encontrava inconsciente.
O homem que a ajudou também a acompanhou.
E a todo tempo Megan chorava, e pedia para que sua mãe não se fosse.
O homem vendo que Megan não tinha avisado ainda para sua família, logo a perguntou.

- Você não acha que deveríamos comunicar com os seus familiares o que está acontecendo ?
- disse-lhe calmamente.

- Você tem razão.
Você poderia ligar para eles e dá a notícia ? Não sei se conseguiria falar o que aconteceu ... para eles. - disse já voltando a chorar.

- Tudo bem. A propósito eu me chamo Miguel. E como você se chama ?

- Me perdoe pela minha indelicadeza. Eu me chamo Megan, e obrigada pelo que você fez por nós Miguel.

- Imagina...eu faria de novo se precisasse.

Então Miguel ligou para Lorenzo e Eduardo, que dessa vez atenderem e foram para o hospital para encontrá-las.
Chegando no hospital levaram Melissa direto para sala de cirurgia. Megan e Miguel ficaram na recepção a espera de notícias.

- Toma o meu casaco, você não pode ficar assim; tá frio você vai acabar ficando doente.
- disse ele retirando o seu casaco e dando para ela vestir.

- Muito obrigada !
- disse vestindo o casaco dele.
- Se você não tivesse aparecido eu não sei o que teria acontecido comigo e com a minha mãe. Muito obrigada ! Nem todas as pessoas se arriscaria a ir ajudar a uma menina e uma mulher que nem conhece. Sendo que uma estava em posse de um bêbado armado com uma faca.
Muito obrigada, eu não sei como poderei lhe agradecer.
- disse-lhe com lágrimas nos olhos.

- Não tem o que agradecer. Como eu disse, se fosse preciso eu faria de novo.
E você pode me agradecer não se culpando pelo que aconteceu.

- Mas a culpa foi minha. Ela......ela estava tão feliz hoje antes do que aconteceu.
Eu não poderia ter....

- Não diga isso ! - disse ele a cortando.
- Você não tem culpa de nada. Isso poderia ter acontecido com você também. Ou até algo pior.

Tendo falado isso, Lorenzo e Eduardo foram ao encontro deles.
Megan disse-lhes tudo o que havia acontecido e como Miguel as ajudou.

- Você deixou sua mãe sozinha ! É isso que você me disse ? - falou Lorenzo a encarando.

- Ela mandou eu ir pedir ajuda pai. Eu tentei questionar, mas ela não me escutou.

- E por que você não a contrariou ? - questionou Eduardo.

- Porque eu não sabia o que fazer, estava desesperada, com medo.
Pensei que a melhor forma de poder ajuda ela era sair e pedir ajuda.

- PENSOU ERRADO ! COMO VOCÊ PÔDE DEIXAR A SUA MÃE SOZINHA COM UM BÊBADO ARMADO ???
COMO ?? - berrou Lorenzo.

- Senhor se acalme. Ela não teve culpa, ela apenas fez o que era certo a se fazer nesses casos. - disse Miguel encarando Lorenzo.

- Então você está me dizendo que o certo a se fazer, é que uma filha abandone a sua mãe quando ela mais precisa ?

- Não foi isso que eu disse. Eu apenas estou tentando lhe mostrar que sua filha não teve culpa.

- Como não teve ? Se ela não tivesse saído e deixado a sua mãe sozinha nada disso teria acontecido.

- O senhor não tem como afirmar isso.
Preferia que sua filha ficasse e acontecesse com ela o mesmo que aconteceu com a sua esposa ?

- O que eu prefiro ou deixo de preferir não vem ao caso. O que aconteceu foi que ela abandonou a sua mãe a sorte.

- Isso não é verdade ! Eu não abandonei a minha mãe. O que eu mais queria é que isso não tivesse acontecido. Eu queria ficar ao seu lado, mas sabia que se ficasse não poderia fazer nada.
Então eu saí para pedir ajuda. E o Miguel foi a pessoa que me ajudou, se ele não estivesse lá eu realmente não sei se conseguiria...

- Tudo bem, já entendemos. - disse Eduardo a abraçando, e a acalmando.

Logo o médico aparece chamando os familiares. Que logo vão ao seu encontro.
Todos se encontrava aflitos e preocupados com o que o médico ía dizer.

- Fale doutor como ela está? Diga-nos estamos ansiosos para saber. - falou Lorenzo para o doutor.

- Os cortes que ela sofreu foram muito profundos, o que a levou perder muito sangue...
O corte no seu pescoço foi o mais grave, pois atingiu uma área muito difícil de operar, complicando a nossa cirurgia...
- falou o doutor para eles.

- O que o senhor está querendo dizer com isso ? - perguntou Lorenzo.

- Que devido a esse corte no pescoço, outros órgãos foram afetados; inclusive o coração...
- prosseguiu o doutor.

- Seja mais claro. - disse Lorenzo já com lágrimas nos olhos, temeroso pela resposta do doutor.

- O que quero lhes dizer, que devido a todos esses fatores ela...

Bom tá aí mais um capítulo. Espero que tenham gostado, pois procurei fazer o máximo para poder lhes agradar.
Bjs😘😘
Até o próximo capítulo.

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