A tragédia

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- Ela... diga o que aconteceu com minha esposa ?

- Eu sinto muito ! Mas... ela não resistiu e veio a óbito. - falou o doutor com tristeza. Embora já tivesse vivenciado vários casos de o paciente não resistir, sempre era difícil dar essa notícia.

Megan ao ouvir essas palavras do doutor se desesperou e ficou em prantos. Ela não conseguia acreditar que isso estava acontecendo... ela queria acreditar que o doutor tinha se enganado... que ele tinha se equivocado, que tudo não se passava de um engano...

- Não. Isso não é verdade... O senhor está enganado... ela não pode ter morrido...
- falou ela com as lágrimas escorrendo do seu rosto.

- Eu sinto muito, mas infelizmente eu não estou enganado... ela morreu.
Eu vou deixá-los à sós. - disse o doutor já se retirando do local.

- Não... isso não pode está acontecendo. Ela não pode ter morrido...
- disse Lorenzo desesperado, andando de um lado para o outro, com as mãos na cabeça.

- Eu nem se quer a vi pela última vez... eu nem se quer me despedir. - falou Eduardo em meio ao choro.

- A culpa é toda sua. - falou Lorenzo apontando para Megan, que logo o encarou incrédula.
- A culpa é sua de ela ter morrido... se você não tivesse abandonado ela sozinha... se você não tivesse se acovardado ela poderia está aqui. - disse ele em choro a encarando.

- A CULPA É TODA SUA ! VOCÊ É ÚNICA CULPADA POR TUDO! - gritou essas palavras para ela, que desabou em lágrimas.

- O senhor não está raciocinando direito. Pare para pensar ela não teve culpa... ninguém teve culpa. - disse Miguel para ele.

- Mas é claro que ela teve culpa. Ela não foi uma boa filha; pelo contrário ela rejeitou aquela que lhe protegeu, que lhe deu amor, que deu a vida por ela.
E em troca de tal sentimento ela recebeu a ingratidão, a covardia de uma filha que só pensou no seu próprio bem do que em sua mãe que estava em perigo.
Ela foi uma covarde, uma ingrata... ela preferiu se salvar do que estar ao lado de sua mãe. Por isso a culpa foi dela... ela a matou... ela foi a culpada de sua morte. - disse Lorenzo alterado encarando o homem e Megan.

- Não foi só ela a culpada... onde o senhor estava ? - perguntou Eduardo.

- Eu estava em reunião.
O que você está querendo insinuar com isso ?

- Apenas lhe fazendo saber que não existe só um culpado pela morte de minha mãe. - disse ele se retirando.

- Escute-me bem Megan. Eu jamais vou te perdoar pelo que aconteceu com a sua mãe. Jamais ! Você foi a única culpada por tudo... a única ! - disse Lorenzo.

Falando ele isso foi embora do hospital, deixando Megan com Miguel sem se importar como ela voltaria. Ele a queria longe... muito longe dele.

Megan não sabia o que fazer, como agir... ela apenas sabia chorar.
Vendo Miguel que ela estava desolada pelo que aconteceu com sua mãe e pelo que ocorreu a pouco. Ele foi até Megan e a abraçou, tentou consolála, a fazer se sentir cuidada e protegida.

- Não fique assim... vai ficar tudo bem... a culpa não foi sua. - disse ele acariciando as suas costas.

- A culpa foi minha sim... se eu não a tivesse... se eu não tivesse a... - disse ela entre soluços, se acomodando em seus braços.

- Shiii... Não diga isso. A culpa não foi sua. Está me ouvindo, a culpa não foi sua.

Megan tentava acreditar nas palavras de Miguel, mas no seu inconsciente sabia que de uma certa forma a culpa foi sua.
E ela jamais a perdoaria por isso.












































Bom, foi isso. Espero que gostem deste capítulo e possam passar a compreender um pouco sobre a vida de cada um dos personagens.
E que essa história possa emocionar e comover todos vocês.
E desculpa pela demora 🙏
Eu quis postar antes, mas tinha muitos problemas para resolver... e estava um pouco sem criatividade. Mas enfim está aí. Bjs até o próximo capítulo.😘❤

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Aprisionada à Culpa  Onde histórias criam vida. Descubra agora