Aprisionada à Culpa

"Hum...tá desculpado!"

Quando cheguei no parquinho, Meg ainda não tinha chegado, o que não me surpreendeu. Caminhei até uma árvore mais isolada que tinha e me sentei debaixo dela.
Fiquei aproveitando à sombra que ela fazia e o cheiro de mato que exalava do local.

Estava tão distraído aproveitando essa sensação de liberdade, que nem percebi quando duas mãos taparam os meus olhos e logo em seguida ouviu-se uma voz lindamente doce.

- Adivinha quem é. Se bem, que eu tenho certeza que você já sabe quem seja. -disse risonha.

- Hum... Quem será? -digo brincalhão.

- Difícil né?

- E como! -falo irónico.

- Besta! Fala logo. -diz rindo e me dando um tapa fraco no ombro.

- Tá bom... Tá bom. -falo entre risos. - Hum...deixa eu pensar... Megan a minha gatinha linda!

- Acertou ! Demorou, mas acertou. -disse tirando as suas mãos dos meus olhos e logo em seguida, se sentando ao meu lado.

- Eu não demorei ! Estava apenas fazendo suspense, pra não frustrar a sua brincadeira baby.

- Tá Tom. -diz fazendo careta.

- E então gatinha... Você vai me ouvir? -pergunto apreensivo.

Ela suspira pesadamente e depois responde balançando à cabeça positivamente: -Vou sim.

Obrigado meu Deus!
Se bem, que eu não sei porquê fiquei apreensivo se ela veio...
Se ela não quisesse falar comigo e nem me ouvir não tinha vindo até aqui, não é mesmo? E nem teria marcado de a gente conversar pessoalmente, né?
Aff ! Sou muito inseguro. Tenho que parar de pensar demais nas coisas e simplesmente vivê-las.

- Meg, eu não queria que você ficasse dessa forma. Foi apenas uma brincadeira... Não foi como se eu tivesse te usado e depois jogado fora. Você tem que admitir que está exagerando demais!

- Eu sei que estou. Mas tenta me entender! Tudo o que acontece e que fazem pra mim, eu levo como algo muito importante... Como algo que define o que eu sou e significo pra você.
Talvez isso seja pelo que aconteceu com minha mãe... Ou pelo fato de depois da decisão que eu tomei, meu pai nunca mais me olhou como antes...
É que eu sempre acho que a qualquer momento às pessoas que gostam de mim e me amam, vão me abandonar... Seja pelo que eu diga ou faça... Uma hora ou outra elas vão se cansar e me culpar pelo que eu fiz... E a culpa será minha. -disse já chorando rios de lágrimas. Falar da sua mãe sempre foi difícil pra ela, ela ainda se culpa muito... E o seu pai não ajuda muito ela a não se sentir assim.

- Não chora minha linda. Desculpa, eu não sabia que significava tanto pra você assim.
-falo secando as suas lágrimas com o polegar, e logo depois a puxando pra um abraço bem apertado.

- Me desculpa você. Você não tinha e não tem culpa alguma, e eu te culpei... Sei que exagerei, foi mau. Mas, é que guardar isso tudo por tanto tempo não dá... Uma hora isso escapa.

- Tudo bem, tudo bem.

- Você me perdoa? -pergunta me encarando.

- Mas é claro, minha gatinha!

-Ufa! Não conseguiria ficar chateada com você por muito tempo. É difícil sabe...? -diz rindo.

- E você me desculpa? -faço aquela carinha do gato de botas, pois eu sei que ela não resiste.

- Hum... Tá desculpado! -diz e logo depois abre o sorriso mais lindo desse mundo, que eu tanto amo. E me abraça bem forte.

Iaí seus retardados.😂😂😂
Como vcs estão?? 😊😊😊

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Fiquem com Deus!!

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