Prólogo

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Uma vez eu li um livro que explicava sobre a Teoria do Caos... conhece? 

Ela fala, resumidamente, que tudo o que você faz aqui, no futuro trará consequências. É basicamente mais uma explicação sobre carma...

Parece um pouco assustador, não é mesmo?! Mas é a ordem das coisas, é a lei natural da vida. O que você planta aqui, lá na frente colherá. Por isso, é preciso plantar coisas boas para que se tenha uma colheita feliz; é preciso olhar para o próximo e dar o máximo de si para poder ajuda-lo,  é preciso ser uma pessoa íntegra, de caráter, para que sejas bem recompensado.

Mas, recompensado por quem? 

Oras, recompensado pelo tempo. O senhor de tudo!

E eu sou a prova viva de que tudo isso descrito acima é verdade... Eu sou o filho do tempo. O jovem que tanto pediu misericórdia para ele por achar que eu não deveria passar por aquilo tudo, e que, depois de tanto sofrimento, entendeu que era preciso passar por aquilo sim, para que eu pudesse abrir os meus olhos e conhecer o mundo (e as pessoas que me cercavam). Eu, consequentemente, me tornei uma pessoa mais jovem. Não é o máximo?

Você se lembra da ultima coisa que me disse antes de virar as coisas para mim? Não? Deixe-me lembrá-lo:

"O meu sangue não se mistura com o de gente da sua cor, negrinho!"

Lembrou agora? (risos) 

Pois é, eu nunca esqueci disso...

Mas agora, depois de um bom tempo, chegou a hora do nosso reencontro... E ato final será meu, finalmente!

Degustou bem o seu caríssimo caviar? Aproveitou muito da sua espaçosa e confortável mansão com a sua grandiosa e branca família? Espero que sim! Porque agora, papai, é a minha vez de desfrutar dessas coisas e de cobrar as pendências que ficaram abertas no passado. E dessa vez o meu exército está maior.

Eu estou voltando, papai. 

Do seu sangue, Yuri Napoleão.

1 de janeiro.

ATEMPORAL (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora