Capítulo 03

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Vejo que ela adormeceu, acaricio seus cabelos, me levanto com cuidado, visto sua camisola, a ajeito na cama e a cubro com o lençol.

Sento-me na cama e fico a observando dormir, está cada vez mais linda, mais adorável.

Olho no relógio vejo que ainda é três da manhã, beijo seu rosto, visto minha calça e vou para minha cama, em um quarto interligado com o dela.

Deito-me e encaro o teto, tento dormir, sei que em algumas horas ela acordará de novo.

Antes passava a noite toda com ela, mas com o passar dos anos, o sono dela se tornou mais leve, na primeira noite que ela acordou e estava ao lado dela, se assustou tanto, chorou tanto, me doeu tanto vê-la passar por isso.

Decidi que tinha que mudar de quarto, não poderia deixa-la passar por isso de novo.

Viro-me de lado, suspirando, pensando na falta que ela me faz, na falta que sinto de dormir abraçado, sentindo o seu corpo quente e macio junto a mim.

Que ironia, antes não a queria dormindo comigo, mas hoje daria tudo, todo o dinheiro que tenho para poder passar uma noite inteira com ela.

Fecho os olhos, preciso dormir, descansar. Tenho vários assuntos a resolver na empresa, preciso estar bem para isso e também sei que talvez ela acorde de novo e precisarei acalma-la.

Sinto que adormeço suspirando pela falta dela.

— Pai.- sinto o toque da minha pequena nos meus ombros, acordo sobressaltado.

— Sua mãe acordou?- já estava me levantando, ela segura meu braço.

— Não, acabei de vê-la, ela ainda está dormindo.- suspiro de alivio.- trouxe seu café.- coloca a bandeja sobre meu colo, sorrio agradecido para ela.

— Obrigado, estou faminto.- começo a comer, ela me encara, sei que seu olhar é de pena e admiração.

— Mamãe acordou?

— Sim, mas a acalmei e logo ela adormeceu.

— Pai, você deveria contratar uma enfermeira, ou dar a ela algum calmante, para ela dormir a noite toda assim, você descansará.

— Não, Annie, não posso fazer isso com sua mãe, quando nos casamos, prometi cuidar dela, até o fim de nossas vidas, não posso simplesmente larga-la na mão de uma enfermeira e nem dopa-la, já basta ela viver fora da realidade.

— Admiro muito o amor do senhor pela mamãe.- ela me diz segurando minha mão.- quero que meu marido seja assim, como o senhor, que me ame do modo que ama a mamãe.

— Você vai encontrar sim, porque você é doce e maravilhosa como sua mãe.- acaricio o rosto de minha pequena, que sorri, penso que a cada dia está mais parecida com a mãe.- já resolveu se vai alugar algo ou fazer o baile aqui nos jardins?

— Vou fazer aqui, vai ser mais cômodo para mamãe.

— Ótimo. – tomo meu ultimo gole de café e me levanto.- fale com Andrea, ela cuidará de tudo.

— Certo.

Escuto os gemidos de Ana. Olho para seu quarto e a vejo se sentando na cama. Caminho até ela sorrindo, Annie vem atrás de mim.

— Bom dia.- falo a olhando fixo, ela pisca os olhos e me encara confusa.

— Onde estou?

— Na sua casa.-falo lhe estendendo a mão, ela me olha desconfiada, olha para Annie que sorri para ela.- vem cá.- segura a minha mão, percebo certa hesitação, olha para Annie de novo e sorri para ela. A levo até onde estão as fotos, mostro cada uma a ela, quando mostro de nosso casamento, sorri enorme, acabo sorrindo também, penso que viverei todos os dias almejando por esse sorriso. Quando mostro as dela com Annie, falando que é nossa filha, vejo lágrimas em seus olhos, Annie caminha até ela e a abraça, ficam abraçadas durante um tempo, percebo que Annie a nina, imagino como minha pequena é tão madura para a idade dela.

50 Tons de Libertação e Amor.- Segunda Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora