Capítulo 25

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Vou mata-la, vou mata-la, é só o que penso enquanto adentro a porta em que Leila entrou.

— O senhor não pode entrar aqui, é área restrita.- uma enfermeira me fala, enquanto outra arregala os olhos para mim, acho que meu olhar revela o quero fazer.

— Cadê a enfermeira que entrou por essa porta?

— Não sei, ela deve ter ido para om berçário, mas o senhor não pode ter acesso por aqui.

— Você que pensa, tente me impedir e levarei essa clinica a falência, a desgraçada raptou meu filho, não é enfermeira porra nenhuma, é uma desequilibrada infiltrada.

— Chame a segurança.- fala para a outra enfermeira que já pega o telefone, - o senhor venha comigo.- vai na frente, praticamente correndo, corro atrás, atravessando algumas porta, vejo uma placa, indicando que é o berçário, ela entra e para estática com a mão na boca, mas não contem um grito, a puxo de lado e entro, uma enfermeira está caída no chão, de costas, há sangue em redor de sua cabeça e pode se ver um corte na altura do pescoço.

Um segurança entra atrás de nós e fala pelo seu rádio:

— Funcionária atacada, setor berçário.- se próxima mais, coloca a mão no pescoço dela.- infelizmente óbito.

A enfermeira do meu lado chora, que droga, meu coração começa a se atemorizar.

— Onde ela pode ter ido?- falo quase gritando, o segurança me encara, parece se controlar, talvez nunca tenha lidado com uma situação assim.- MERDA! –saio por outra porta, não posso ficar parado, enquanto meu filho está à mercê daquela louca.

O segurança me segue, recebendo instruções pelo rádio, abrimos portas, e mais portas, nada.

Penso que quanto mais o tempo passa, mais risco meu filho corre.

O segurança para e escuta algo em seu rádio, me olha assustado:

— A localizaram na lavanderia da clinica.

Enquanto fala anda rápido, quase correndo eu o sigo, com o coração aos pulos.

Chegamos a uma porta, já escuto o choro do meu bebê, ando mais rápido e entro em uma sala, meu coração para ao olhar a cena, dois seguranças com uma arma apontada para ela, que está agarrada ao meu filho, que chora muito, enrolado em uma espécie de lençol.

Ela me olha com os olhos arregalados, mas só vejo frieza neles.

— Leila, por favor...- peço com a voz aflita.

— Agora você pede, por favor, não é? Agora que a doente da sua esposa está morta, você pede, por favor, quando eu te implorava por atenção, você não me dava, por que agora tenho que dar a você?

É isso, ela pensa que conseguiu matar Ana, quem tem vontade de acabar com a vida dela sou eu, mas vou tirar proveito disso.

— Sim, Leila, ela já está morta, agora somos nós dois, por favor, vamos conversar.

— Nós dois, nada e isso aqui?- balança meu filho, que chora ainda mais, e vejo o brilho da faca na mão dela, isso me faz gelar ainda mais.- ou você acha que vou criar o filho dela, eu quero nossos próprios filhos.

— Vamos tê-los, mas já que você não o quer, por que não o passa para mim?- estendo as mãos, ela me encara mais fria ainda e vejo desconfiança no olhar dela.- vamos, então o dê para o segurança.

— Não, não confio em você, você me mandou embora uma vez, vai fazer isso de novo.

— Não vou, só passe o bebê para o segurança.

Ela olha para o bebê, estou preocupado com o seu choro, não sei se chora por mais alguma coisa além de estar assustado, só sei que os minutos passam e fico cada vez mais desesperado.

— Ele se parece com você.- fala olhando para o rosto dele, sinto até um pouco de ternura na voz dela, mas não vou me deixar enganar com isso.- ele vai ficar parecido com você, quando crescer.- me olha, sinto ameaça em seu olhar.- se chegar a crescer, você acabou com a minha vida, por isso quero acabar com a sua.- levanta ele no alto, sinto o ar escapar ao ver o lençol escorregando ao chão e ela levantar a faca para atingi-lo, não penso em mais nada somente corro até ela, que assustada dá um passo para trás, e escuto o tiro, ela solta o bebê, que antes de cair ao chão, o pego e aperto ao meu peito, caio de joelhos tamanho meu alivio, e a vejo cair ao meu lado, sangrando, escuto vozes e gritos, mas estou alheio a tudo, somente segurando meu tesouro em meus braços, o protegendo, como fiz um dia com Annie, chorando, o beijando e agradecendo pela sua vida.

Não sei quanto tempo durou isso, só sei que tentaram tira-lo dos meus braços, mas não deixei, me levantam e me levam agarrado ao meu filho. Nesse momento, prometo a ele, que irei sempre protegê-lo, nunca deixar que nenhum mal alcance a vida dele, que ninguém nunca mais irá colocar a vida dele em risco.

Entro no quarto, Kate e Annie sorriem, ao me verem entrar com Teddy nos braços, o examinaram, ele está bem, e mais calmo, lógico, sente o conforto dos braços de seu pai, olho para Ana e ela está dormindo.

— Posso pegar ele, Pai.

— Sim, mas é melhor você se sentar, ele pode se agitar de novo.- passo Teddy para os braços dela, assim que ela senta, ela olha para ele como se fosse o bem mais precioso do mundo.

— Meu irmão.- ela murmura chorosa, emocionada, sento ao seu lado e beijo seus cabelos a abraçando.

— O tiro pegou nela de raspão.- Kate comenta.

— É eu sei, mas ainda bem que ela tem crimes suficientes para responder e pagar.- falo com desagrado, desejando que ela tivesse o mesmo fim que Elena, mas farei de tudo, gastarei o que for preciso para que ela nunca mais saia da cadeia.- escuto um gemido, olho para Ana, que está acordando, me levanto e vou até ela, que me encara com os olhos curiosos, mas sinto medo neles.- oi.

— Teddy?- pergunta com a voz fraca, Annie vem até nós e Ana abre um enorme sorriso.- você o salvou.- fala e sua voz falha em um soluço.

— Sim, Princesa, o trouxe de volta para o lugar onde ele nunca devia ter saído, do lado de sua mãe, do seu pai, da sua irmã.- acaricio seu rosto, e a beijo terno.- amo você.

— Eu também, mas me deixa pegar ele, Annie.

Annie passa Teddy para os braços da mãe, que o aperta em seu peito, acaricia o rosto dele e as lágrimas rolam pela sua face, acabo chorando também.

— Ele é lindo mãe.- Annie fala, Ana olha para ela e abre os braços, ela se encaixa neles, tomando cuidado com Teddy, Ana olha para mim, me junto a eles, agora o abraço é maior e com certeza, o nosso amor também cresceu.

50 Tons de Libertação e Amor.- Segunda Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora