Capítulo 16

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Ajoelho-me próximo a Cruz, nua, com minha coleira na mão, assim como Christian me instruiu. Abaixo minha cabeça e encaro minha coleira, a achei tão linda, algo que somente Christian poderia imaginar me dar. Penso no que senti na sessão que tivemos, um dia antes, em como me senti bem em ser estapeada por ele, em ser possuída por ele daquele modo, tão único, único, foi essa a definição que achei para o que vivemos, algo tão bom, delicado, tão pleno, só pode ser único e me senti única nos braços dele.

Escuto o abrir de porta, escuto seus passos pelo quarto, fico em silêncio, cabeça baixa, apenas esperando, e essa espera me causa uma excitação que mal consigo suportar. Vejo seus pés descalços, parados a minha frente, reparo o quão bonitos são, assim como ele todo é lindo.

Ergue meu rosto, vejo que está com um chicote nas mãos, ele disse que iria me açoitar, confesso que estou com um pouco de medo, mas estou tentando não evoluir isso.

— Bem vinda ao meu Playroon, Sra Grey.

— Obrigada senhor.

— Sua coleira.- pede e eu a passo para ele, não o olho diretamente, não tenho permissão para isso.

Fecha a coleira em meu pescoço, levanta ainda mais meu rosto.

— Olhe para mim.- assim faço e encaro seu olhar, me sinto dominada por ele, hipnotizada pelo desejo que vejo ali.- tenho algo mais duro para você hoje, espero que não me decepcione.- engulo em seco, prendendo minha respiração.- se levante e vá para a cruz, fique de costas para mim.

Faço o que ele manda, estou um pouco assustada, não conhecia esse tom de voz dele, mesmo no dia anterior, ele não estava assim. Tento me concentrar no que vai pedir, não posso deixar me levar pelo medo.

Paro de frente para a cruz e espero, ele se aproxima de mim, posso ouvir seus passos, para a alguma distância, ai sinto sua respiração na minha nuca, estremeço com isso.

— Você está muito cheirosa, Sra Grey, muito gostosa também.- fala ao meu ouvido, afastando uma mecha de meus cabelos, para ter melhor acesso ao meu pescoço, onde ele passa os lábios em uma leve caricia. -te fiz um elogio,- me dá um tapa e pulo com isso.

— Obrigada, senhor.

— Vou te algemar as mãos e os pés.- fala e começa algemar minhas mãos, enquanto o faz, posso sentir sua ereção roçando em minhas costas, tenho vontade de gemer, mas não sei se posso. Abaixa-se e algema meus pés, quando sobe, passa a língua no interior de minhas pernas, tenho vontade de mexê-las, mas me controlo, chega próximo a minha entrada, mas desvia dela, passando por sobre o meu traseiro, que gemo com isso, vai se levantando e passando a língua pelas minhas costas, por meu pescoço e quando chega a minha face, puxa minha cabeça, de modo que posso vê-lo e beija minha boca, chupando minha língua com tanta vontade , que me sinto derreter na boca dele.- linda.- fala me soltando e dando um tapa no meu traseiro.- vou te açoitar e você só poderá gozar quando eu lhe permitir, entendeu?

— Sim, senhor.

— Sua safeword é a mesma?

— Sim.- não poderia muda-la.

Escuto seu suspiro, sinto que se afasta, me preparo, fecho meus olhos, quando escuto o som do chicote estralar no ar, e quando o sinto em minhas costas, suprimo um gemido, mas ai, sinto sua boca, tão quente, queimando mais ainda o lugar que me bateu, isso é bom.

Afasta-se de novo e sinto novamente a fisgada, e logo sinto algo roçando em minha entrada, algo duro e percebo que é o cabo do chicote, me sinto excitada com isso, e logo outra fisgada, mais uma, mais algumas, só que agora não doem ou queimam, estou tão excitada, que mal posso senti-las. Escuto algo caindo no chão e no momento seguinte, sinto sua língua dentro de mim, me lambendo, me penetrando , roçando em meu clitóris, é tão torturante, tão bom, me controlo para não gozar, mas é cada vez mais difícil.

50 Tons de Libertação e Amor.- Segunda Temporada.Onde histórias criam vida. Descubra agora