Capítulo 1

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Dois meses depois.

Em toda minha vida nunca tive um dia ruim, mas hoje eu estou tendo um péssimo. Primeiro, acordei atrasada para ir à escola. Depois, meu armário quase precisou de um exorcismo, porque não abria por nada no mundo. E por fim, quando finalmente consegui tudo caiu no chão.

- Mais que droga - esbravejo e após abaixo o tom de voz. - Por Parthéna. Que porra eu fiz para isso acontecer comigo hoje?

Abaixo para pegar as coisas, vou pegando tudo e deixando perto do armário. Quando estou pronta para pegar minha pasta de trabalhos, me deparo com um tênis vermelho, azul e branco, levanto a cabeça para mandá-lo sair da minha frente, mas paro de respirar quando o olho, nossa ele é absolutamente lindo. Tem os olhos tão azuis quanto os meus, cabelos loiros todo desgrenhado como se tivesse acabado de fazer amor ou acordar. Perco a fala, por minha Parthéna, Katherine controle-se, respiro fundo três vezes. Ainda não posso acreditar que é meu.

- Poderia, por favor, sair da minha frente? Preciso pegar minha pasta, se não se importa! - digo petulante com a voz firme, levanto-me e o beijo apaixonadamente.

- Helena, meu amor, uma dama como você não deveria estar ajoelhada tirando suas coisas do chão, deveria estar mandando outra pessoa fazer isso por você - diz assim que o solto, com isso se abaixa, pega a minha maleta, coloca ela em minhas mãos e volta a se agachar pegando metade das coisas caídas, arruma tudo melhor que eu, coloca tudo em meu armário e acaba de recolher o restante. - Está tudo feito, Imperatriz.

- Obrigada - digo realmente grata e indo para a aula de biologia. - Mas não me chame assim, muito menos aqui!

- Porque eu sou o seu prostátis, devo chamá-la assim.

- Não deve não ou quer me ver furiosa? - pergunto.

- Não, eu não quero vê-la furiosa - responde.

- Ótimo, nesse mundo eu sou apenas Helena, vamos para a sala. Obrigada.

- Por nada - diz. - Eu amo você.

- Eu sei e eu também te amo. Bom, vamos entrar - digo e dou-lhe um ultimo beijo antes de entrar.

- É, vamos - assim que o solto, ele olha para me com reverencia e desejo, e pega minha mão.

Entramos na sala e todos se viram e nos encaram, olham nossas mãos e fazem cara de decepcionadas, menos a Patty, a vadia, ela fica furiosa. Eu começo a rir e percebo que Jack também, olho para ele e sigo seu olhar. Está olhando para Patty.

- Palhaço, não me faça rir - digo secando uma lágrima dos olhos.

- Me perdoe - diz parecendo arrependido, logo depois pisca quase imperceptivelmente, pelo menos para mim.

- Vamos estudar. Agora - digo e logo vou em direção a nossa bancada, antes que eu tenha a chance de tocar na cadeira, ela já é puxada. - Jack, obrigada, mas eu ainda tenho mãos, não estamos em eco, então não precisa fazer isso.

- Não fiz isso por ser um prostátis. - diz sussurrando. - Fiz porque eu quero puxar a cadeira da garota mais linda da escola - agora diz auto o suficiente para Patty ouvir. Eu a escuto bufar.

- Por que você não a pede logo em casamento já que ela é tão maravilhosa? - pergunta Patty, com voz desdenhosa.

- Sabe que você tem razão, Patty, mas creio que ainda é cedo, embora eu já tenha encontrado a mulher perfeita para mim em Helena, mas só vou me casar no momento certo. - diz sucintamente.

- Então você vai pedir ela em casamento mesmo? - diz Patty e começa a rir.

- Sim! Por que a pergunta idiota? - pergunta Jack.

Destinada ao Império - Trilogia ImpérioOnde histórias criam vida. Descubra agora