Capítulo 12: No subsolo

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Capítulo 12

No subsolo.

Concluindo a descida, Jill viu-se numa pouco iluminada e úmida passagem subterrânea, de paredes, chão e teto rochosos. A policial preocupou-se com o que poderia encontrar naquele lugar sombrio, e verificou a munição da bazuca. Ela tinha quatro disparos, mas seria o suficiente?

Valentine caminhou alguns passos, suas botas tocando as pedras. Havia uma porta de ferro enferrujada próxima a Jill. O caminho no qual a jovem se encontrava seguia em frente e fazia uma curva à esquerda, mas a integrante do S.T.A.R.S. resolveu averiguar primeiro o que havia depois daquela entrada.

Ela tocou a fria maçaneta, empurrando a pesada porta com seu corpo. Do outro lado a galeria subterrânea continuava numa bifurcação, mas havia alguém no meio do caminho, de costas para Jill. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, o homem virou-se, apontando um revólver Magnum. Era Barry Burton.

"Barry!" – exclamou Valentine.

"Jill! Graças a Deus você está bem!".

"Por que você deixou a casa dos fundos sem me avisar? Estava preocupada!".

"Bem, eu estava no pátio quando ouvi alguém gritando aqui embaixo... Parecia ser o Enrico!".

"Eu encontrei Wesker há pouco. Ele parecia atordoado...".

Jill fitou os olhos cansados de Barry por um instante. Ele estava estranho, assim como o capitão. Quando percebeu que a companheira o examinava, Burton inclinou a cabeça, como se estivesse envergonhado.

"Barry, há algo errado?".

"Não se preocupe, Jill... É apenas cansaço, eu ficarei bem... De qualquer maneira, nós temos que descobrir o lugar para onde estes túneis se dirigem! Talvez seja nossa única rota de fuga!".

"É verdade, mas...".

"Você vem comigo, Jill?".

A jovem hesitou por um instante, fitando o chão. Pela primeira vez em anos de trabalho, ela estava insegura em relação a Barry. Porém, ele era o mais experiente entre os S.T.A.R.S. de Raccoon City, e a policial simplesmente tinha que confiar nele. Burton queria o bem de todos, afinal sua família vivia na cidade e estaria em risco se aquelas criaturas não fossem aniquiladas.

"OK, vamos!" – respondeu Jill, não muito animada.

"Hei, o que há? Você quer que eu vá à frente?".

"Não, Barry, obrigada. Apenas vamos logo, estou dependendo de você!".

Barry assentiu com a cabeça, e os dois seguiram pelo lado direito da bifurcação.

Chris, Rebecca e John seguiam por um úmido, estreito e frio túnel de concreto, após terem cruzado uma passagem secreta no subsolo da mansão. Nervosos, os três respiravam com dificuldade, segurando suas armas com o máximo de cautela. Um monstro horrendo poderia surgir da escuridão a qualquer instante.

Foi quando um estranho odor tomou o ar. Chris e Rebecca já conheciam aquele cheiro por causa dos zumbis, era carne podre. Porém, estava muito mais forte, a ponto de provocar náuseas e dor de cabeça.

"De onde vem esse cheiro tão ruim?" – perguntou Rebecca, tapando o nariz.

"Vejam vocês mesmos!" – respondeu John.

O grupo venceu uma curva do túnel para a direita, e viu-se numa passarela de metal alguns metros acima de um tanque de água suja e fétida, a qual era despejada através de um cano numa das paredes do lugar. O pior era o que havia na água...

Resident Evil: The First FearOnde histórias criam vida. Descubra agora