Capítulo 13: Viúva-Negra

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Capítulo 13

Viúva-Negra.

Chris, Rebecca e John estavam terrivelmente cansados. As galerias subterrâneas pareciam intermináveis. Temiam que uma criatura horrenda surgisse a qualquer momento da escuridão. Após mais alguns metros, encontraram uma escada de metal. O cientista informou:

"Estamos quase chegando! Logo estaremos de volta à superfície e, se tudo der certo, obteremos acesso ao laboratório principal sem mais problemas!".

"Este lugar é um verdadeiro labirinto!" – exclamou Chambers. – "O responsável pela construção desta propriedade realmente pensou em tudo!".

"Acredite, ele desejou não ter pensado quando acabou preso neste lugar, à mercê dos assassinos da Umbrella! Vamos subir!".

E, lutando contra a exaustão, começaram a vencer os degraus.

Cruzando a porta, Jill viu-se em mais uma caverna praticamente idêntica às anteriores. Uma diferença notória era que, alguns metros à sua direita, havia uma enorme pedra redonda selando o caminho. A jovem teve um mau pressentimento. Subitamente, lembrou-se dos filmes de Indiana Jones que costumava assistir com o pai durante a infância, e de como o protagonista escapava de mil perigos e armadilhas em cenários semelhantes àquele.

"Se for assim, então sou Jillian Jones!" – riu a policial, pensando alto. – "O problema é que as tumbas que exploro são guardadas pelos próprios mortos!".

Olhou novamente para a pedra. Precisava descobrir o que havia do outro lado. Não existia outro caminho. Seu pai, sempre que estava às voltas com um novo golpe, dizia-lhe que quem não arrisca, não petisca. Pensando assim, Jill resolveu se aproximar do obstáculo...

Talvez não houvesse sido a melhor opção. Para seu desespero, a enorme rocha começou a se mover em sua direção. Com o coração batendo rapidamente, Valentine recuou correndo pela passagem, a qual tremia devido à grande quantidade de peso sendo deslocada atrás da policial. Desnorteada, Jill podia sentir a pedra cada vez mais próxima de si, prestes a lhe esmagar violentamente a qualquer instante, quebrando todos os seus ossos e transformando seu corpo num repugnante patê humano...

Até que, com a esperança de livrar-se da ameaça, a integrante do S.T.A.R.S. rolou na direção da porta pela qual viera. Para sua sorte, conseguiu sair do caminho da devastadora rocha, que passou rolando a menos de um metro de seu rosto. Segundos depois, houve um grande estrondo. A descomunal massa em movimento atingira uma parede, derrubando-a e finalmente parando no canto da caverna, diante de uma porta-dupla até então oculta devido ao desconhecido obstáculo.

Jill precisava cruzá-la, mas primeiro se sentiu na obrigação de averiguar o que antes havia atrás da pedra. Não poderia simplesmente seguir em frente depois de ter quase morrido tentando solucionar tal enigma.

Mais calma, a policial seguiu até o final da passagem, caminho agora livre. Lá, numa abertura quase imperceptível na parede à esquerda, encontrou um estojo contendo munição incendiária para a bazuca. Uma espécie de prêmio ali colocado para quem sobrevivesse à temível pedra rolante.

CLANK!

Valentine voltou-se instintivamente para trás. Alguém, ou algo, acabara de abrir a porta metálica que a jovem havia cruzado para chegar àquela caverna. Apontando a arma que antes pertencera a Enrico na direção do som, Jill viu uma silhueta terrivelmente conhecida se aproximar lentamente da posição em que se encontrava.

Sob a luz das oscilantes lâmpadas da passagem, a criatura logo foi identificada pela policial: tratava-se de outro daqueles répteis mutantes que vagavam sedentos de sangue pelos túneis subterrâneos.

Resident Evil: The First FearOnde histórias criam vida. Descubra agora