Capítulo 6: A saída dos fundos

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Capítulo 6

A saída dos fundos.

Jill observava o cão morto no chão, quase totalmente sem pele, enquanto Wesker colocava os dois medalhões no painel ao lado da porta de ferro. A brisa noturna batia no rosto da policial, que não conseguia parar de pensar em Chris. Ela estava preocupada com todos os companheiros de equipe, mas especialmente com Redfield. Havia uma crescente amizade entre eles, que após aquele pesadelo poderia muito bem se transformar em algo mais...

"Faltam dois!" – exclamou o capitão, tirando Jill de seus pensamentos.

"Onde podemos procurar?" – perguntou Valentine.

"Dê uma olhada no primeiro andar, eu vasculharei o segundo!" – disse Wesker, ajeitando os óculos escuros.

O capitão dirigiu-se de volta à mansão, enquanto Jill, pensativa, coçava o queixo, olhando novamente para o cachorro morto. Que tipo de coisa havia acontecido ali? Alguma maldição, magia negra? Ou tudo possuía uma explicação lógica?

Com tais idéias, a integrante do S.T.A.R.S. também voltou para dentro da casa.

Barry colocou a jóia azul no olho da estátua do tigre, e esta, virando-se, revelou um compartimento secreto onde havia um medalhão com o desenho de uma lua. Era uma das peças às quais Wesker se referia, necessárias para abrir a porta dos fundos da casa.

"Se eu não puder fazer justiça contra você, Wesker, alguém fará..." – murmurou Burton, apanhando o medalhão.

Antes de sair da minúscula sala, Barry colocou mais munição no tambor da Magnum. Vira o cadáver de Joseph lá fora. Aquilo tudo era deprimente... Burton lembrou-se de suas duas filhas. Wesker havia dito que assassinos contratados por ele as matariam junto com sua esposa se ele não fizesse exatamente o que mandasse. O pobre homem não tinha opção...

Após sair da salinha, Barry seguiu na direção da porta que levava ao corredor da enfermaria, sentindo-se um monstro pelo que estava fazendo com seus companheiros, que confiavam tanto nele. Um monstro pior que todos aqueles zumbis juntos...

"Isto pode ser útil para alguma coisa...".

Dizendo isso, Chris arrancou da parede o brasão de madeira sobre a lareira da sala de jantar. O lugar todo era muito bonito, o rapaz gostaria de morar ali se não fosse pelos zumbis e cães mutantes... Para piorar o cadáver de Forest estava ali, no chão, como Jill e Barry haviam dito. E pensar que ele e Chris haviam se tornado bons amigos, todo fim de semana iam jogar boliche na Park Street...

"E agora?" – perguntou Rebecca.

Os olhares dos dois se encontraram e Chambers sorriu.

"Venha, vamos por aqui!".

Após responder, Chris caminhou até a porta à direita da lareira e girou a maçaneta, seguido por Rebecca. Logo após cruzar a porta, Redfield seguiu pela esquerda do corredor, mas parou ao ver o lastimável cadáver de Kenneth, exclamando:

"Vá para o outro lado, Rebecca! Você não vai gostar de ver isto aqui!".

Chambers obedeceu. Ver o corpo de Forest já havia sido demais para ela. Os dois percorreram o corredor até o outro extremo, e havia apenas uma porta destrancada, de cor vermelha, por onde entraram.

Parecia ser uma sala de jogos. Um grande piano chamou a atenção de Rebecca, que se sentou em sua frente e examinou as partituras, exclamando:

"É a Moonlight Sonata!".

"Você pode tocar? Gosto muito de ouvir piano, mas nunca aprendi...".

"Bem, vou tentar...".

Chambers esticou os dedos e, um tanto envergonhada, começou a tocar o instrumento. A música veio, suave e graciosa, fazendo diminuir a tensão dos dois S.T.A.R.S. de forma agradável e relaxante. Mas, ao término da melodia, algo inesperado ocorreu.

Resident Evil: The First FearOnde histórias criam vida. Descubra agora