Cap - 22

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A tarde caía e aquilo não saia da minha cabeça , a caridade que meu tio fez...

Tomei coragem e fui tomar um banho ; pus uma roupa leve e decidi ir até a casa do meu tio.

Chegando lá estava trêmulo , nervoso , eu não sabia o que dizer , mais precisava acabar com essa guerra.

Minha mãe tinha razão , não vai adiantar eu guarda isso pro resto da vida , eu me sinto mal e sei que ele também.

Toquei a campanhia e esperei.

Rogerio : Você aqui ?

O olhei e as lágrimas vinheram desparado , nem entendi porque.
Meu tio me olhou totalmente sem entender...

Mais num impulso pulei para seus braços e o abracei forte , chorei como criança.
Ele me retribuiu com seu abraço e acariciou minha cabeça , senti seu carinho e senti o cheiro que parecia com o do meu pai.

Fiquei ali até o tempo necessário , e depois de tudo ele me olhou.

Rogerio: saiba que o que precisar pode contar comigo... Farei de tudo para que Anne fique viva por um bom tempo.

Luan : obrigado tio...

Digo limpando as lágrimas que ainda existia.

Entramos pra dentro e ficamos conversando um pouco, apesar de anos longe do meu tio eu me sentia bem em sua presença.

Rogério: Luan quero que saiba que não será fácil , Anne está num processo que é difícil de se lhe dar , ela está com uma Leucemia Terminal , e não a nada que possamos fazer .

Luan: mais tio , a medicina avança a cada dia.

Rogerio: mais meu filho , a medicina não avançou ao ponto de trazer cura ao câncer terminal...infelizmente !
Mais te aconselho fazer que a Anne viva esses dias como se fosse o último , que ela se alegre , que ela viva e faça do mundo algo melhor , tenho certeza que ela tem a pessoa certa do seu lado para a fazer feliz.

O olhei com lágrimas nos olhos , mais mesmo assim respirei fundo e fui maduro o suficiente para entender que nada seria como eu queria.
Meu Tio me aconselhou algumas coisas para manter a saúde de Anne até quando eu puder .
Conversei com meu tio e ele amou a ideia de eu casar com Anne logo e fazer tudo que eu queria com liberdade , sem o reverendo no meu pé.
Ele disse que me ajudaria com tudo , e que o buffer tava garantido , ele daria com todo prazer.
Saindo dali eu não podia deixar de ir para casa de Anne , ficar com ela e falar com ela.

____....____

Elias: olá Luan pode entrar....

Reverendo me deu espaço e assim eu pude entrar...

Luan: Reverendo como está Anne ?

Elias: está descansado lá em cima...acho melhor não encomodar ela agora , evitar os esforços.

Luan: sim tudo bem , queria mesmo era falar com o senhor.

Elias: sim vamos ao meu escritório...

Luan: estive conversando com meu tio , e ele me orientou que devemos aproveitar o tempo que Anne tem e darmos a ela o que ela merece e precisa pra desfrutar de tudo que o mundo tem a oferecer...

Elias: o mundo não tem nada para minha filha .

O reverendo me olhou encredulo e eu entendi o que ele transmitia , claro né me explesei super errado.

Luan: reverendo você não me entendeu , quero muito fazer sua filha feliz e dar a ela tudo que posso até seu último respirar ... Então queria pedir ao senhor se me permite pedir a mão de Anne em casamento.

1 Coríntios 13Onde histórias criam vida. Descubra agora