Capítulo 5 - Degustação

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Melanie

Cinco minutos, respira Mel. Quinze minutos, acalma esse corpo mulher. Exatamente trinta minutos foi o tempo que levei para me acalmar. O meu desejo é sair correndo por essa porta e agarrar o Tom em qualquer lugar, ele me deixou de pernas bambas e faz um bom tempo que nenhum homem consegue me deixar assim.

Respiro fundo e vou para a sala encontrar a fera, a Thay não é uma santa, mas ela nunca conseguiu me entender, não entra naquela cabecinha que sexo casual e sem compromisso faz um bem danado pro meu corpo e mente.

- Desembucha gata, abre teu coração! - Atiro-me no sofá e dou uma olhada para ela, definitivamente as coisas não vão ficar bem.

- Porra Mel, tudo tu faz piada? Pelo amor de Deus, eu sei que sempre brigamos pelo mesmo motivo, mas custa te segurar um pouquinho? Ele é nosso vizinho!

Esfrego o rosto e os olhos, um tique nervoso que adquiri, parece que coloco as ideias no lugar quando faço isso.

- Thay falando sério agora, o que importa ele ser nosso vizinho ou não, é sexo poxa! Ninguém é criança aqui, vamos curtir a vida.

O meu estilo de vida não é segredo pra ninguém, apesar dos meus pais acharem que sou uma santa, mas os pais sempre acham que os filhos são anjos. Eu não saio transando por aí com todo mundo, nunca peguei um cara aleatório numa festa e o arrastei para um motel. Não julgo quem faz isso, cada um faz o que quiser da sua vida! A única coisa que não quero é olhar para trás e me arrepender de algo que não fiz.

- Ai Mel, tu sabe muito bem o que sempre acontece. Os problemas aparecem depois, todo homem idealiza uma mulher que só quer sexo sem compromisso, mas quando isso realmente acontece e eles percebem que tu não queres nada mais do que uma noite eles piram.

- Pode parar, isso aconteceu uma ou duas vezes! Por favor, Thay quantas vezes conversamos sobre isso? O que tu queres que eu faça, prometa não transar com a porcaria do vizinho? - Eu jamais faria isso, não faço promessas quando sei que não posso cumprir.

- Não quero isso, mas me prometa que não vai tentar entrar nas calças dele com todas as tuas forças.

Levanto-me e vou até a cozinha, faço um café bem forte enquanto penso. - Ok, mas se rolar eu não vou tentar parar nada. - Ela sai correndo e me abraça! - Eu te amo Mel.

Começo a rir e a abraço de volta. - Também te amo Thay.

~*~

A semana passou voando e depois do incidente, como a Thay se refere, não encontrei mais com o Tom, o que me deu tempo para pensar e colocar as ideias em ordem.

Eu realmente quero ficar com ele, o cara é tudo de bom. Não consigo esquecer aquele corpo quente me pressionando na parede, o jeito que me tocou e beijou com uma fome, eu vi nos seus olhos o desejo que sentia por mim, não precisei de palavras para saber que o sexo com ele seria intenso e muito prazeroso.

Mas eu nunca transei com um cara que precisaria ver todos os dias, afinal nós somos vizinhos e vamos nos encontrar muitas vezes. Não quero nenhuma situação embaraçosa para as meninas e sei que era exatamente isso que aconteceria, pelo menos por parte da Thay. E pode ter certeza que minhas amigas estão acima de qualquer homem, mesmo aqueles com olhos azuis hipnotizantes e um corpo de tirar o fôlego e de quebra com um letreiro enorme preso ao pescoço dizendo "Prazer garantido aqui".

Depois de todas essas questões resolvi que daria um tempo no papinho de sedução e tentaria ficar amiga dos rapazes, todos eles. Hoje as meninas teriam turno no pub, elas me disseram que todas as sextas os meninos iam para lá e que seria perfeito se eu fosse junto, assim poderiam me apresentar ao tal do Josh e pedir uma ajudinha do Tom.

Acidentalmente ApaixonadosOnde histórias criam vida. Descubra agora