capítulo VIII - Uma primeira vez

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Olá querido, como tem passado?  Bem? Sinceramente, espero que esteja melhor que eu. Gostaria de avisar desde já, que esse capítulo terá cenas de nudez e sexo explicito, então por favor, tire as crianças da sala. Sempre dizem que a sua primeira é algo memorável. Meninos. meninas. Todos sempre lembram dela independente de como ela seja. Sabe, espero ser uma exceção. Por que? Well, Você entenderá já que hoje é dela que vamos falar.
O céu indicava uma tempestade, e ela iria cair em minha cabeça.
Fui para a escola. Era véspera do baile. Todos estavam tão animados, inclusive ele. Mateus. Seu terno já tinha sido comprado. Toda a festa tinha sido organizada por ele. Mas não, não foi com ele minha primeira vez. Amy também estava assim. Feliz. Animada. Vestido e sapatos comprados e prontos para serem usados. Mas não, não foi com ela minha primeira vez. Falava apenas um dia para o Baile, todos estavam animados e de pares formados. Roupas compradas e corpos arrumados. Espera? Você não sabe? Não se convida alguém para o baile sem alguma intenção. Ou vocês são os melhores amigos para sempre ou você será o banquete da noite. Fique atento.
Não sei se já contei mas...eu não sou vem o tipo de garota "desejada". Estou apenas alguns quilos acima do peso. Não tenho aquela barriga chapada nem, mas não sou gorda. Não sou a pessoa mais feia do mundo, mas também não sou a mais bonita. Também não sou a mais legal. Nem a mais inteligente. Mas quem é? Por favor, não faça como eu. Não se deixe abalar por opiniões alheias. Não acredite no que os outros dizem. Não se molde na opinião dos outros, uma hora você pode quebrar e desmoronar, e ninguém que se dizia seu amigo irá estar lá para te ajudar, vai por mim, eu sei. Voltando ao assunto, ninguém me chamou ao baile. Nem amigos. Bem conhecidos. Nem ninguém. Mas mesmo assim, eu fui.
Estou tudo tão lindo no baile. O salão todo enfeitado no tema de fundo do mar. Todos estavam se divertindo tanto, inclusive os dois. Mateus e Amy. Eles estavam ali. Se beijando. Ver aquilo foi o mesmo que levar 10 mil tiros ao mesmo tempo. Foi uma dor completamente insuportável. Não aguentei ver aquilo. Corri. Chorei. Se eles me viram? Não faço ideia. Só sei que corri o mais rápido que minha pernas conseguiam correr até chegar em casa.
Um quarteirão antes de chegar em casa, pude ouvir o som estridente. Estava havendo uma festa, tinha me esquecido completamente. Meu vestido era longo. Não era decotado. Então o que provocou aquilo?
Quando entrei, apenas os moradores da república estavam lá. Cinco homens, duas meninas. As meninas, completamente desmaiadas de tanto beber. Eles, ainda nao tinham desmaiado. Eles me viram. Eu não tinha feito nada. Eles ficaram excitados. Eu disse NÃO. Mas quem disse que eles me ouviram? Eles eram mais fortes e estavam em maior número. Foi com eles a minha primeira vez. Não me lembro de muita coisa, mas tentarei contar o que me lembro.
Eles me levaram para o meu quarto. Para o meu próprio quarto e lá tudo aconteceu. O maior deles, me colocou de quatro, levantou o meu vestido, e começou a passar o dedo por cima da minha calcinha. Eu gritava por socorro mas ninguém me ouvia. Ele lentamente abriu o zíper da sua calça, tirou a mesma junto com a cueca. Revelando um membro completamente ereto. Eu estava com medo, eu admito. Ele colocou a minha calcinha para o lado, e simplesmente entrou. Ele não tinha dó. Ele apenas pensava em si. Enquanto isso, um outro segurava a minha cabeça e me obrigava a chupa ló. Eles iam revesando. Eu estava chorando enquanto eles batiam na minha cara e me chamavam de vadia e de cadela. No final de tudo, eles gozaram dentro de mim e quando os questionei, eles apenas disseram "nós apenas te fizemos um favor, olhe para você, gorda, feia, esquisita... Acha mesmo que alguém ia querer você?" E então, eles foram embora.
Naquela noite, enquanto várias pessoas se divertiam e tinham ótimas primeiras vezes, eu chorava encolhida na minha própria cama, depois de ter sido estuprada embaixo do meu próprio teto, com nojo de todos, mas principalmente de mim.
Eu me levantei. Tomei um banho. Me troquei. Troquei os lençóis de cama e deitei. Eu não conseguia dormir.
Ainda naquela noite, lá pelas três horas dá madrugada, a morte apareceu. Ela me ofereceu colo. Me fez um cafuné, e me ajudou a dormir. Naquela noite, não sei que horas ela foi embora, porque quando acordei, estava sozinha novamente. Mas não havia nenhum corpo na árvore. Ela tinha ido para me ver.
No dia seguinte, Mateus e Amy se assumiram. Não encontrei com os monstros que fizeram aquilo comigo, mas provavelmente eles devem ter esquecido de tudo. Todas as lembrancinhas foram embora junto com o vômito da ressaca. Eu havia virado estatística.
Só contei para uma pessoa sobre o que havia acontecido. Foi para um policial. Ele disse que eu havia pedido. Que minha roupa deveria estar muito curta. Que mulher de respeito não anda sozinha em uma hora dessas. Que eu deveria ter impedido. Que a culpa era minha...

Estupro nunca é culpa da vítima

Bullying não é frescura

Eu fui culpada por coisas que não fiz. E não foi legal, e são com essas duas frases que termino o capítulo de hoje.

Entristecidamente:
Aurora Young

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⏰ Última atualização: May 20, 2017 ⏰

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