2° Julie

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-Tchau, vou pra escola.

Pego o ônibus, o metrô, baldeação, São Luis.

Como sempre fico na minha sala, a 1.3 esperando as meninas. Eu, a Rafa e a Sah nos aproximamos muito durante as trimestrais.

Elas chegam e nós ficamos juntas, conversando e tirando foto (amo a capa do celular da Sabrina, é de unicórnios *-*)

Bate o sinal e vamos para a sala. A Sah é dá 1.2 e a Rafa da 1.4, então vamos​ para salas diferentes.

O dia passa rápido, fico com elas também no intervalo e na hora da saída.

Sabrina fica com a Rafa, esperando o Matheus (namorado da Sah), eu vou embora com o Christian, Bianca, Letícia, Larissa e mais algumas pessoas.

Pego o último ônibus sozinha, indo pra casa. O ônibus está estranhamente vazio, além de mim, só o Cobrador e o Motorista. Estranho.

Vou para a cadeira lá do fundo. Pego meu celular e entro no whats, indo logo para o grupo: "História de terroristas", onde tem eu, a Sah e a Rafa. Fico vendo as meninas terem uma discussão sobre mitologia Grega e eu só comento vez ou outra. Elas manja muito de mitologia grega, é quase uma guerra para verem quem é que está mais certa.

O ônibus para do nada, num lugar onde não deveria parar.

O cobrador desce da sua cadeira e vem andando até mim, acho estranho mas continuo só digitando. Ele agarra um dos ferros do ônibus e puxando, o quebra. Me assusto e sem querer ligo pra Sabrina.

Ela atende porém eu não respondo nada.

-Ju, tá tudo bem aí? Ligou por que?

-Ola Julie Anne- diz o cobrador-  ou eu deveria te chamar de Hemera?

-Hemequem?- digo sem entender.

-Hemera?- diz Sabrina- puta merda, tô indo aí Julie.

Ela desliga.

O cobrador começa a se metamorfosiar em um homem de um olho só. Como é o nome mesmo?

Coloco meu celular na cintura e abraço minha mochila.

-Olha, eu não sou essa tal de Hemeseilaoque, está havendo algum engano aqui.

Ele ri, uma risada meio arranhada.

-Não estou te confundindo deusa. Eu preciso da mãe da terra para destruir ela.

-Eu não sei quem você é, eu...

-Chega disso!- fala o motorista- vamos leva-la ao galpão. O Quelóide cuidará dela.

Não vejo mais nada. Só sei que do nada, está tudo escuro

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Acordo com náuseas, não entendo pq tem uma lâmpada no chão.

-Ela acordou- diz algo.

Percebo então que estou pendurada de cabeça pra baixo, meu celular ainda está na minha cintura, quase caindo. A única coisa que tá prendendo ele é a calcinha.

-Então Hemera, já entendeu por que a queremos?

-Se eu fosse Hemera, responderia- digo, já irritada.

-Hahahahaha- os três bichos riem.- não adianta negar, sentimos seu cheiro.

-Eu tô fedendo?- tento me cheirar e percebo que estou recebendo uma chamada de vídeo da Sah. Me remexo para a esquerda, raspando o celular em mim e atendendo.

O Primeiro DesafioOnde histórias criam vida. Descubra agora