Haviam se passado 2 dias após eu ter feito duas tatuagens de uma vez. Estava em frente a tela do meu notebook conversando com a minha mãe, meu pai, Elizabeth e minha madrinha.
- J'ai deux choses à montrer
- Qu'est-ce, ma fille? — Minha mãe perguntou.
Mostrei a tatuagem e minha mãe e minha madrinha arregalaram os olhos.
- Dieu! Anne Marie, qu'est-ce que cela signifie? — A exagerada da minha mãe fez drama.
- Tatouages, maman.
- Ma fille, vous êtes allé au Brésil pour étudier ou être déréglée? — Meu pai, conservador como sempre..
Gargalhei.
- Papa, ce qui est normal. arrête conneries.
Elizabeth tinha um sorriso enorme.
- Je l'ai aimé! cousine me appelle Rasée à côté. — Melhor amiga da vida sim!
Minha madrinha a olhou feio e eu sabia que a repreenderia
- Ne vous avisez pas, Elizabeth Fahir. Vous interdisez.
Elizabeth retrucou e dei risada.
- Les oncles ont laissé et regardez le résultat.
Conversamos mais um pouco e me despedi da minha família alegando que iria dormir, afinal, teria aula e trabalho no dia seguinte. Encerrei a chamada de vídeo e tomei banho, vesti um pijama leve e tomei café. Ajeitei tudo e fui dormir.
Acordei no dia seguinte com o despertador gritando no meu ouvido, tive vontade de arremessar aquela droga na parede. Apenas desliguei e levantei. Tomei banho e me troquei, colocando um roupinha leve e arrumada, calcei uma sapatilha e deixei meu cabelo solto. Fui até a cozinha e tomei meu café da manhã reforçado — muito tempo não fazia isso — Desde que Milena havia brigado feio com Conrado, ela raramente aparecia aqui, já estava acostumada até porque, algumas vezes, trocávamos mensagens. Terminei meu café e escovei os dentes, fiz uma maquiagem e estava apresentável. Peguei minha bolsa, tranquei o apartamento e fui para o ponto. Não demorou muito e o ônibus chegou, hoje até estava vazio. Sinceramente, o dia estava estranho. Estava disposta, me arrumei dignamente pra faculdade, tomei café, ônibus vazio, aí aí.. Só não estava melhor porque tinha 2 aulas seguidas com o Conrado.
Ônibus vazio, trânsito cheio. Fiz o percursso de 30 minutos em 1 hora e 10 minutos e estava preparada para ouvir o discurso do meu querido professor sobre meus míseros 20 minutos de atraso. Andei tranquilamente até a sala e lá estava ele, escrevendo algo no quadro totalmente concentrado.
- Entre, Anne.
Assenti e entrei, me sentei na cadeira e peguei meu caderno. Comecei a anotar tudo rapidamente para poder acompanhá-lo. Ele terminou de escrever e terminei junto. Começou a explicar sobre o assunto, que era relacionado à forma de como tratar clientes, como preparar os melhores roteiros e explorar cada parte do local desejado.
- Seminário! — Conrado falou e a turma apenas assentiu. Como tudo em que ele fala, apenas observei. — Tem uma lista aqui com 45 países, o número de alunos nessa sala. Vou passar a lista e cada um assina um país que gostar. Anne, você não pode França, por questões óbvias — Assenti — É isso. Escolham o país, estudem e criem um roteiro de viagem nesse país, explorando de norte a sul. Entendido?
A turma assentiu e a lista chegou em mim, tinha muitos países conhecidos disponíveis, tendo em vista que eu era a quinta. Escolhi a África, gosto de desafios. Assinei meu nome e passei a diante, terminando de copiar detalhes do trabalho. O sinal bateu e a turma se dispersou.
- Professor! — Falei um pouco alto para que ele pudesse me ouvir. Conrado se virou e olhou para baixo, podendo assim, me olhar nos olhos.
- Oi?
- A data. Do seminário.
- Ah sim, ainda não sei. Na próxima aula, comunico.
- Certo então, obrigada.
Me virei e voltei para sala, teria mais um tempo e depois o intervalo, estava rezando pra chegar porque estava com fome — sim, milagres acontecem —. O terceiro tempo passou rápido, o sinal tocou e antes que saísse da sala, meu celular tocou e era o Richard.
- Oi, Ri.
- Sanduíche natural ou hambúrguer?
- Natural.
- Suco de umbu, né?
- Isso.
- Chego aí em 5 minutos.
- Te amo.
Desliguei e me sentei novamente.
Coloquei minhas curtas pernas em uma cadeira próxima e esperei Richard chegar. Ele chegou em 5 minutos contados. Me entregou meu lanche e sentou na cadeira que eu havia desocupado com minhas pernas. Conversamos sobre assuntos aleatórios até o sinal bater, nos informando que ele teria que sair dali.
- Tenho médico perto do seu trabalho hoje. Quer carona?
- Claro! O que você tem?
- Nada demais! Apenas rotina.
- Hm, certo então. Te encontro no portão do estacionamento.
- Beijo, branquinha.
Richard saiu e a professora entrou, sendo seguida por uma fila de alunos. Sinal trocou e teve troca de professor. O último tempo passou voando, o sinal tocou novamente e fui para o estacionamento. A sala do Richard era próxima ao estacionamento e ele já estava lá.
- Ele me ligou.
- Ele quem? — Disse entrando no carro enquanto Richard o ligava.
- Pedro.
- Para?
- Reatar.
- Você?
- Neguei.
Tínhamos mania de responder um ao outro com apenas uma palavra em certos momentos.
- Sério? Mas você não o ama?
- Ele me traiu, Marie. Acorda!
- Mas vocês não terminaram por isso e sim pela indiferença em que um tratava o outro.
- Você vai defende-lo? Não estou ouvindo isso.
- Claro que não! Deus me livre. Estou apenas dizendo que a traição não foi o motivo do término, então, não devia ser o motivo para a não volta.
- Você está dizendo que eu devia voltar?
- Não. Estou dizendo que se ele pedir pra voltar, você lembre dos reais motivos do término, não do que se descobriu depois.
- Entendi! Você parece entender sobre o assunto.
- Eu entendo. Ja passei por isso. E ao contrário de ti, jogava tudo na cara mesmo.
- Bem a sua cara mesmo.
- Já ouviu a frase: "Quem perdoa é Deus. Eu estou aqui pra jogar os seus vacilos na sua cara."?, claramente eu.
Richard riu e assentiu. Liguei o rádio e fui me empolgando em algumas músicas que trocavam aleatoriamente.
Richard me deixou na frente do prédio e nos despedimos, subi e fui direto almoçar. Descansei um pouco e 13h30 cheguei ao meu setor. Tinha um monte de trabalho e pretendia fazer tudo para que tivesse o final de semana livre. Meu horário de trabalho era de 13h30 até 18h30. Fiquei até às 19h e terminei minhas tarefas daquele dia. Arrumei a minha mesa e desliguei o computador, arrumei minha bolsa e peguei meu celular. Chamei um táxi e desci para espera-lo. Fui conferindo algumas mensagens e respondendo.
[14h54] te achei incrível, espero poder te conhecer melhor. — Número desconhecido.
[19h23] Oi? Número errado! — Eu
[19h25] o número está correto. Anne, não é? — Número desconhecido.
[19h26] Não! — Eu
[19h27] Claro que é. Nos conhecemos, você apenas não sabe quem sou eu. — Número desconhecido.
Após ler, revirei os olhos e sai do aplicativo, bloqueando o celular. O táxi chegou em seguida e entrei no mesmo, logo chegando em casa. Estava cansada e dolorida, me deitei no sofá.
Acordei e tudo estava do mesmo jeito, cocei as vistas e me levantei, fui para o meu quarto e adormeci.
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365
Teen Fiction"Para sempre" é tudo aquilo que fica na sua memória. O para sempre pode durar 30,60, 365. ou uma vida inteira. Isso é você quem escolhe!