17 - De mãos dadas

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Ao pouco todos foram descendo para comer...

— Bom espero que comam bem porque tenho planos para a manhã.

— Eu espero que a senhorita também coma bem porque eu vi que a sua noite foi agitada. - Eu não posso acreditar que Gaby acabou de dizer isso na frente de todos.

— Para com isso Gaby que quando nos cruzámos tu vinhas do quarto do Scott! - Kevin defende-me.

— Óptimo agora que já sabemos que cada uma de nós dormiu com cada um deles eu quero saber o qual a supresa de hoje? - A Ellen diz a verdade tão espontâneamente que todos nós rimos.

— Só posso dizer que teremos dois helicópteros à nossa espera no jardim dentro de quinze minutos.

— Kerry isso é um exagero! - Scott realmente não percebeu nada, o meu dinheiro não tem fim .

Não é exagero dar o que tenho a quem me faz sentir bem, depois da morte do meu pai e da minha avó vocês são o tenho mais próximo de família e depois deste fim de semana eu não sei o quanto tudo isto vai mudar.

O meu telemóvel toca com a mensagem de dos pilotos a anunciar a chegada...

Vamos pegar as vossas coisas, eles estão a chegar.

Peguei nos meus óculos e no telemóvel, não preciso de mais nada, Kevin foi o primeiro a descer também com óculos de sol e boné, andámos um pouco até chegar aos aparelhos que faziam um barulho ensurdecedor, era a primeira vez que iria andar numa coisa destas e estava com medo. Scott parecia estar à vontade e então foi o primeiro a se candidatar para ir à frente, ele foi com a Ellen e a Gaby, restei eu Kevin e Adam que percebeu o meu desconforto e foi no lugar da frente para que eu pudesse ir atrás com Kevin que fez a gentileza de me dar a mão. Será que gostar de alguém é assim?

Fomos dar uma volta para ver a paisagem pelos céus e aterram bem no meio de uma pista automobilismo, Kevin mal podia acreditar e olhava para tudo com um brilho nos olhos que eu amei, eu fiz isto porque numa das nossas conversas ele falou sobre a paixão pelos carros...

— Esta supresa é para ti badboy! - Eu falo baixo antes de saltar para fora do helicóptero.

— Vamos fazer corridas de carros? - Gaby e Ellen não pareciam entusiasmadas.

— Isso é para os senhores nós temos uma massagem agendada.

Chegando perto das garagens os rapazes esqueceram-nos e tentavam escolher um carro para testar enquanto que um homem se aproximava, era lindo confesso...

— Sra Santos está tudo pronto para uma hora de relaxamento?

— Não ela fica! - Kevin faz um gesto e o homem afasta-se com as meninas.

— Kevin!? - Eu não posso acreditar na sua falta de educação.

— Quero que venhas testar o carro comigo.

— Não Kevin preparei isto para vocês se divertirem, tu em especial e eu vou para a minha massagem com as meninas fingindo que esta tua atitude nunca aconteceu.

Deixei os três com os instrutores de condução e fui procurar o pequeno SPA, Kevin não tinha noção do que viria até ao final do dia. Éramos as únicas ali no balneário...

— Eu bem disse que ela viria! - Gaby e Ellen adoram fazer filmes.

— Eu não ficaria com eles, preciso desta massagem.

— Será que o massagista é aquele homem lindo? - Gaby ficou de queixo caído com o homem.

— Ei tia Gaby, acho que o tio Scott não íria gostar dessa conversa.

— Ellen là porque eu e o teu tio dormimos juntos não quer dizer que estejamos juntos de novo.

— Veremos tia!

— Meninas vamos?

Fomos para a sala onde tinham três marquesas e três massagista homens sendo um deles o que nos foi receber na pista do autódromo, fiz questão de deixar ser ele a deliciar Gaby. Depois passámos a uma sala onde bebemos um sumo de frutas e vimos as filmagens das corridas dos homens...

— Ele ficou radiante com a surpresa! - Gaby diz baixo quando se refere a Kevin aproveitando a ausência da Ellen.

— Eu apenas quis fazer alguém Feliz.

— Ele està Kerry mas aquilo que ele realmente queria era uma hipótese contigo, mais que sexo amiga.

— Nós já falámos sobre isso.

— Tu é que sabes, mas que ele gosta de ti, isso é incontestável.

Não é verdade, Gaby está errada! São as palavras que repito vezes sem conta a mim mesma, voltámos ao helicóptero para ir almoçar e eu rejeitei a mão de Kevin tal como evitei falar e olhar para ele, será que o deixei ir longe demais? Chegámos a casa bem na hora em que o peixe acabava de grelhar e com um bom vinho, legumes e salada todos se regalavam e falavam entusiasmados, decidimos que depois iríamos ver um filme na sala de cinema. As cadeiras eram confortáveis e rebativeis por isso não tardou a que o sono chegasse e eu adormeci sem saber sequer qual era o filme e acordei algum tempo depois sozinha numa sala vazia.

No relógio marcavam cinco da tarde e fiquei espantada com o facto de ter adormecido durante o dia, esfreguei os olhos e fui à procura de todos, Scott e Alan jogavam snooker, Ellen estava na piscina e Gaby estendida ao sol só faltava Kevin, fui encontrá-lo no escritório com a minha foto na mão, fiquei algum tempo a observá-lo e ele parecia estar concentrado em algo...

— Essa sou eu na festa de aniversário da minha avó. - Ele assustou-se e pousou a foto.

— Desculpa estar a mexer em tudo.

— Não há problema, Kevin.

— Na verdade, a tua foto não me é estranha, quer dizer, eu já vi uma foto tua só não sei onde.

— Provavelmente sim. - Passo as mãos pelas estantes cobertas de livros - Logo vamos sair!

— Mais surpresas?

— Vamos ao clube Kevin, cumprirei a minha promessa, agora tens de cumprir a tua.

— Ok, queres começar agora?

— Podes ir até ao celeiro que está vazio, eu não percebo nada de armas, por isso comprei algumas de tipos e tamanhos variados.

Pegamos o meu carro que está na garagem e estaciono perto do celeiro, vou à bagageira do carro e tiro uma mala quadrada e rígida que Kevin ajuda a transportar, primeiro montamos os alvos nos suportes que também comprei e depois treinei com todas as armas. Não era difícil, mas algumas tornavam-se pesadas, Kevin parecia saber muito sobre o assunto e tinha uma pontaria exemplar...

— Como aprendeste a atirar assim?

— Tive treino profissional, sou guarda costas lembraste? - como poderia esquecer?

— Claro que sim e a partir de amanhã serás a minha sombra também.

— Por isso não precisas de andar armada.

— Sei que vou precisar Kevin, um dia eles vão apanhar-me desprevenida.

— Eles quem?

— Os meus fantasmas!

Kerry (Completo Na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora