32 - Tu só me confundes!

941 99 0
                                    

Eu nunca bati em ninguém, Scott e Gaby perguntavam se eu estava bem mas eu queria espaço, eu ainda estava com raiva dela, talvez seja verdade aquilo que ouvi mas mesmo assim não é ela quem tem o direito de me criticar, não vou deixar que seja ela a rebaixar-me...

— Kerry o que foi que ela disse? - Gaby corre atrás d mim pelo estacionamento.

— Não interessa Gaby eu só preciso de apanhar ar!

— Eu vou leva-la a casa! - Kevin aparece do nada a dizer que vai levar a donzela em perigo para casa isso ainda me deixou mais cega de raiva.

— Vai sim, aproveita e dorme com ela, aliás tira o resto da semana para tratar dela porque estás dispensado até sábado!

— Ótimo então! - Filho da mãe virou costas e entrou no táxi com ela.

— Vamos para casa!

— Não vocês ficam eu apanho um táxi.

— Lamento mas isso não é possível, sou teu guarda costas Kerry. - Eu sei que Scott é meu segurança mas eu preciso de estar sozinha.

— E eu tua amiga por isso vamos para casa os três.

Assim que entrámos a casa vimos Ellene Adam a ver un filme, estava com ódio de Kevin, ele nem sabe o que se passou e mesmo assim é com ela que ele está neste momento...

— Já em casa?

— Onde está o Kevin? - Adam procura ele com o olhar.

— Ele deve estar entre as pernas da sua querida amiga e vai ser despedido na certa! - Se querem saber eu digo bem alto e sou clara não o quero ver mais.

— Uau então é isso...

— Não Gaby não é nada disso ele não fez o seu trabalho, ele estava tão maravilhado com aquela mulher que não me viu ir ao bar e nem percebeu que ela se aproximou de mim!

— E tu acabaste com ela! - A Gaby bate palmas alegre.

— Eu queria ter visto isso! - Ellen ajuda à festa.

— Vocês não entendem e se fosse um Ulrich?

— Vou falar com ele! - Adam e Scott entendem onde quero chegar.

— Eu continuo com a minha teoria de que isso é ciúmes!

— Obrigado Gaby! Amanhã eu vou para a minha casa esteja mobilada ou não.

— E eu? - Ellen grita enquanto subo as escadas.

— Ai de ti se não fores comigo menina!

Desci passado um pouco para ir ao ginásio, ponho música e corro na passadeira, aquela mulher tinha sinceramente feito explodir a minha paciência, ainda não estava cansada mas o meu corpo já estava mais relaxado, alguém agarra em mim e tapa a minha boca, juro que pensei o pior mas era o idiota do Kevin...

— Que história é essa de eu estar dispensado do meu serviço? - Detesto quando alguém fala comigo como se eu fosse uma criança.

— É isso mesmo que ouviste agora larga-me Kevin!

— Qual o motivo?

— Estavas a trabalhar ou a divertir-te? - Alguém precisa de ouvir umas verdades.

— Eu sou um profissional e sempre que eu não esteja de olho em ti alguém estará, Scott tinha-te sob vigilância. 

— Eu não vou voltar atrás com a minha decisão!

— Afinal o que foi que aconteceu para a Camille ficar naquele estado? - Como se lhe importasse.

— Eu não aceito ser julgada por quem não me conhece.

— Ela está bem marcada Kerry! - Ele está preocupado com a amiguinha.

— Fico feliz com isso agora vai lá tratar dela!

— Espera, achavas que ia deixa-la ir naquele estado sozinha para casa? Kerry eu e ela já nos conhecemos a algum tempo não lhe iria deixar desamparada.

— Isso eu sei Kevin, já percebi que vocês dormem juntos, ela mesmo jogou isso na minha cara!

— Qual o problema se tu não queres nada sério comigo? Tu continuas a frequentar aquele Clube de sexo!

— Eu vou lá sim, eu disse que iria magoar-te, eu disse que não queria nenhum sentimento, a minha vida já é difícil que chegue mas tu só me confundes Kevin, tu jogas com os meus sentidos, eu nem consigo dormir com mais ninguém nem ser tocada por outro, eu preciso que te afastes! - Kevin tem o poder de me fragilizar em certos momentos, sinto as lágrimas escorrer em e detesto-o por isso.

— Diz que queres que vá embora e eu vou!

Eu não podia responder, não queria que ele fosse embora, tentei sair do ginásio sem sucesso porque Kevin agarrou novamente em mim e fechou a porta, quando olhei para ele fiquei com medo, ele estava com raiva de mim, ele encostou-me na parede e começou a beijar a minha boca enquanto se despia, ele não me deixou tocar nele afastando as minhas mãos e eu não estava a entender aquilo, ele tirou também a minha roupa e sentou-me no seu colo, embora estejamos em cima do estreito banco onde ele se deita para levantar pesos, parece estar confortável, foi tudo tão rápido e intenso que agora danço no seu colo, sempre que tento tocar nele as suas mãos desviam as minhas o que é frustrante e excitante, Kevin agarra a minha cintura e aumenta a velocidade até eu gritar o seu nome...

— Mais calma? - A sua voz rouca ecoa no espaço em que estamos.

— Frustrada porque eu queria tocar-te!

— Tu também me deixas frustrado por vezes, só estar a provar o teu veneno.

— Kevin! - Encosto a minha testa na dele - Se tu me desiludes sou eu que me torno o teu pior pesadelo!

— Eu seu Baby.

Ficamos algum tempo assim agarrados, merda será que Gaby tem razão? será ciúmes? Subimos para o quarto e percebo que ele fica na porta...

— Faz as malas vamos sair!

Dizendo disso ele tranca a porta o insolente, eu fiz as malas, estava curiosa e em dez minutos regressou, pegou nas minhas malas e seguimos para o carro...

— Onde vamos?

— A viagem vão ser longa por isso dorme e para de fazer birras Kerry.

Eu estava tão cansada que adormeci sem saber o destino, confiava nele e sabia do seu lado nada de mal aconteceria, só quando Kevin me acordou é que vi o quanto andámos, tinha reparado na kilometragem do carro antes de partirmos. Olho em volta e vejo várias casas com relvados e cercas, aquela casas que vemos nos filmes, estava a amanhecer, eram seis da manhã e estava com fome...

— Chegámos, vem!

— Chegámos onde?

— A casa da minha família, anda eles devem estar a acordar. - Paro no mesmo instante.

— Espera eu não posso entrar, é a tua família o que irão pensar?

— Pelo menos uma vez faz o que te peço, sim? - Kevin quer o quê? Não pertenço aqui.

Eu ajudo com as malas e fico atrás dele quando toca na campainha da casa dos seus pais. Um senhor alto e moreno abre a porta e sorri puxando Kevin para um abraço...

— Isto são horas de aparecer na casa de alguém? - ele brinca.

— Vim tomar o pequeno-almoço em família pai.

Kerry (Completo Na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora