Quando o Di estacionou o carro na frente da minha casa, meu coração estava aos pulos. A gente combinou que à noite ele voltava para me buscar. Tentei sair do carro com a maior classe que minha ansiedade permitia. Mas quando eu fechei a porta e vi que ele não poderia me ver, comecei a operação: hoje eu agarro o Di.
Depilação. Sobrancelha. Pé. Mão. Ah, ser mulher fresca é muito difícil.
No fim da tarde, um pacote chegou para mim.
- Uau! – disse minha mãe quando mostrei a ela o que havia dentro do pacote, exceto pelo conjunto de lingerie, que eu achei que se mostrasse, ela não me deixaria sair.
- Eu sei – disse, indo experimentar.
Era o vestido mais lindo que eu já tinha visto. Ele era até a altura do joelho, de renda, soltinho, mas marcava bem a cintura. Isso sem falar nos sapatos que vieram juntos. Eles eram muito altos, mas pareciam muito confortáveis. Experimentei e ficou perfeito. Bem diferente do macacão horroroso que ele havia comprado para eu ajudá-lo na pintura.
Corri para o banho. Nossa, aquela lingerie era perfeita demais. E pequena demais. Coloquei o vestido. Parecia que eu não tinha nada por baixo. Dieguinho mau. Tive que sorrir.
Sapato.
Obriguei minha mãe a me ajudar a fazer baby liss no meu cabelo. Eu já tenho os cabelos cacheados, mas são tão indefinidos, e eles ficam perfeitos quando faço isso com eles.
Maquiagem. Pronto.
- Nossa! Onde você vai? – perguntou meu pai quando passei por ele, indo abrir a porta.
- Ver o namorado, não é mesmo? – respondeu minha mãe.
- Mãe, ele não é meu namorado.
- Se não é, depois dessa noite com certeza será. A menos que ele seja muito burro. Você está linda, filha.
E com esse elogio do meu pai, eu abri a porta. E encontrei o sorriso mais perfeito do mundo. Ele vestia um terno, mas era diferente de todos os que ele usava na empresa. Era lindo. E combinava perfeitamente com ele.
- Você está linda. – disse, me entregando uma única rosa.
Confesso que esperava um pouco mais, algumas dúzias de rosas a mais. Mas sorri quando li o bilhete que vinha junto.
Por uma noite mais interessante. Todas as outras rosas viraram pétalas. DI.
- Vamos? – perguntou, me estendendo a mão.
De mãos dadas com ele, atravessamos o quintal até o carro.
- Uau! – exclamei quando eu o vi.
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Justa Causa
RomanceDéia vai trabalhar em uma grande empresa e conhece Diego, o senhor multinacional. Ele é lindo e ela se apaixonaria fácil por ele se não fosse apaixonada pelo Lucas, seu ex. E se o chefe não fosse tão arrogante. O que acontece porém é que os dois ter...