2º Capítulo

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Passou-se 1 hora e o general tinha-me contado tudo. Não fazia a mínima ideia de que no passado já se sabiam mais coisas do que no futuro. O general era também um cientista e criou as viagens no tempo. Ele disse que ia deixar esta"herança" ao meu avô e de seguida ao meu pai, e disse que ninguém poderia saber disto além da família, porque iria gerar uma enorme guerra e causaria imensos estragos.

- Bem, acho que já sabes tudo.- ele disse e eu não conseguia falar. Era muita coisa para assimilar.

- Só uma dúvida enorme, como é que eu saio daqui?- pergunto.

- Pois, isso temos de resolver,pois o sabre apenas funciona para viajar no passado.- ele diz e começo a sentir-me desiludida. Como é que vou voltar? Eu não quero ficar aqui, e se eu esperar irei ver o meu próprio nascimento o que não é muito engraçado de se ver.

- Mas irei resolver isto o mais depressa possível. Poderás ficar por cá até arranjarmos solução.E a partir de agora, se alguém perguntar quem és, dizes ser filha de uma prima minha falecida no ataque de á duas semanas em Southampton.- ele diz e assinto não conseguindo sorrir.- Entretanto a minha mulher guardará a tua roupa e dar-te-á uma roupa mais "atual".- ele diz e a senhora que me abriu a porta conduz-me pela casa.

- Já agora, sou a Jessie- ela sorri e entramos num quarto pequeno, apenas tem um armário, uma cama e uma cómoda com um espelho.

- Eu sou a Melissa.- digo entrando no quarto e logo de seguida abrindo uma janela, onde pelos vistos tinha uma varanda. Entro e olho para a paisagem, é mesmo bonita, dá para ver a serra, o rio e a cidade. Entretanto reparo na altura e vejo o porquê de ter subido tantas escadas.

- E o que achas do teu novo quarto?- pergunta a sra.Jessie colocando-se ao meu lado observando também a paisagem.

- Gostei imenso sra.Jessie, obrigada por dispensar um dos seus quartos.

- Chama-me apenas Jessie, e vai ser um prazer ter-te por cá, adoro saber o futuro da minha família-ela diz sorrindo e aí reparo nas parecenças que tem com o meu pai,os olhos e o sorriso são definitivamente iguais.- Vá, vamos para dentro, não quero arriscar e alguém ver-te vestida com calças de um tecido completamente diferente do que usamos hoje em dia.- ela diz e entramos no quarto. Ela retira roupa do armário e pede-me para colocar a roupa que estou a usar agora num saco.

- Veste isto e agora tens de saber que nós apenas podemos lavar a roupa uma vez por semana e tens de usar essa mesma roupa, pois não temos dinheiro para comprar mais.Gastamos todo o nosso dinheiro em comida, pois é o essencial.-enquanto ela falava-me do que eu tinha de fazer, eu vestia-me e depois de cada palavra dita por ela, apercebia-me do quão difícil era avida antes da minha nascença.- e temos de ir todos os sábados ao cimo da serra buscar água, e por último e muito importante, no caso de a polícia invadir a nossa casa ou houver um ataque ou início de guerra, naquele barracão- diz apontando para um edifício feito delata- há uma escotilha onde descemos as escadas e há comida suficiente para sobrevivermos a uma guerra de 15 anos.

Pouco depois já estava vestida e pronta para descer, já sabia tudo o que podia saber acerca destes tempos. Volto até á sala e sento-me num sofá onde está o general.

- O que estás aqui a fazer?-ele diz e arqueio as sobrancelhas. Como é que ele não sabe?

- O quê?- digo confusa.

- Aqui, as raparigas têm de andar sempre com as donas da casa para aprenderem a ser umas boas mães e donas de casa, tens de aprender a cozinhar, limpar...- ele diz mas interrompo-o.

- Que injustiça! Fique sabendo que no futuro as mulheres também trabalham e sabe que mais? Votam!-digo calmamente. Nas minhas aulas de história, esta discriminação da mulher irritava-me imenso e agora viver isto é desconfortante.

- Quer queiras ou não terás de fazer tudo aos tempos de hoje, a menos que querias ser descoberta.- ele diz e tem razão, não me posso aventurar desta maneira.


- Tem razão, vou ajudar a Jessie.- digo e levanto-me caminhando até á cozinha e ajudando a Jessie a tratar do jantar.

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