Á minha frente está uma caixa, coloco o pano que estava a usar para limpar, num sítio qualquer. Quero imenso ver o que está nesta caixa, mas oiço o barulho de alguém a entrar. Escondo a caixa e pego rapidamente no pano e finjo estar a limpar algo.
-Já limpaste tudo?- era a minha mãe.
-Quase.- digo seca. A verdade é que estou a limpar o sótão como castigo. Ela de certeza não estava á espera que lhe respondesse com a maior alegria.
Ela sai e eu volto a destapar a caixa. Tinha um formato interessante,parecia um baú. Abro-a e vejo que está cheia. Começo a retirar as coisas. Vejo imagens antigas, cartas e no fundo vejo um comando? Não,não é um comando, é uma espada? Não sei, não consigo perceber o que é. Coloco o objeto no bolso do casaco e começo a ler as cartas.Mais de metade são cartas que o meu bisavô enviou á minha bisavó enquanto estava na guerra e o resto eram cartas do diário da minha bisavó, mas depois vi uma folha dobrada em quatro. Abro-a e vejo que são instruções.
De repente oiço o barulho de alguém a subir as escadas outra vez e rapidamente coloco a folha de instruções no meu bolso e arrumo tudo dentro da caixa escondendo-a debaixo de um cobertor velho.
-Ainda não saiste do mesmo sítio? O jantar está quase pronto, quero tudo limpo dentro de 10 min.- a minha mãe diz e eu não respondo.Ela sai eu acabo de limpar tudo. Desço até ao meu quarto e coloco dentro de uma gaveta o objeto e a folha.
*Depoisde jantar*
Acabei de jantar e subi rapidamente até ao meu quarto e fecho a porta. Se a minha mãe soubesse que ando a mexer nas coisas dela, ela era capaz de me matar.
Retiro da gaveta o objeto e afolha. Abro-a e começo a ler.
Instruções:
Sa_____ __ Para ativar carregar ___ botão__
Atenção! _______ ____
Abrira ___ depois de ___ com ___
Caso___ esconder e ___ para nunca ___
Nãoavisar ____ auto___
Atentamente _____
Não consegui perceber nada do que estava lá escrito. A carta estava velha e as letras estavam muito borratadas. Ignorei tudo e apenas carreguei num botão dourado que estava no objeto.
De um momento para o outro estava tudo preto.
[...]
Abro os olhos e sinto a minha cabeça latejar. Olho em volta e não percebo onde estou. O céu está cinzento e á minha volta tudo parece triste?
Ao longe vejo uma senhora comos seus 50 anos, corro até ela e pergunto:
- Desculpe, que sítio é este?
- A menina está na cidade de Riverwalt.
RIVERWALT?? EU ESTOU A MILHARES DE KM DE CASA. Calma, respiro fundo mil vezes e sorrio á senhora.
- E sabe-me dizer que dia é hoje?
- Ontem gastei a minha oportunidade de ver o calendário. Mas hoje estamos a 22 de outubro de 1902.- a senhora disse e o mundo caiu-me aos pés. 1939? 1939?Respirei novamente fundo e agradeci á senhora. Comecei a andar e vi um rio, cheguei-me á sua borda e bebi um pouco de água. E não evitei largar uma lágrima.
Como é que eu estou em 1939? O objeto afinal é uma "máquina do tempo"? Porque é que estava em minha casa? Espera...Riverwalt...eu li numa das cartas Riverwalt...sim, o meu pai uma vez falou-me no seu avô (meu bisavô)que era de cá. Será que voltei ao local onde eles viviam?
- Está tudo bem?- alguém diz,por momentos assusto-me. Viro-me e vejo um rapaz alto, de olhos verdes e cabelo encaracolado. Era giro.
- Hm..sim.- digo levantando-me.
- Não parece.- ele diz e sorri mostrando umas covinhas nas suas bochechas.
- Estou só á procura do general Albert Roover?- tenho de saber onde está o meu bisavô,assim sei onde está o meu avô que é onde provavelmente está o meu pai, quer dizer acho que o meu pai ainda não nasceu. Mas preciso de explicações e não há pessoa melhor para me dizer do que o meu bisavô.
-Ah sim, segues este caminho e rapidamente encontras uma casa de pedra com 3 andares- diz apontando para um caminho que parecia estar no meio da floresta.
- Obrigada.- digo e começo a afastar-me. O rapaz é mesmo bonito, está a usar umas calças pretas largas que parecem não ser lavadas á algum tempo e uma camisola branca, também suja.
- Espero voltar a ver-te.- ele diz ao longe e sorrio seguindo o meu caminho.
Andei pelo caminho e ao fim de algum tempo encontrei a tal casa. É enorme, é maior que todas as casas que vi hoje. Cheguei junto da porta e bati 2 vezes.
Pouco depois, uma senhora abre a porta.
- Posso ajudá-la?
- É aqui que vive o general Albert Roover?
- Sim, é aqui mesmo. E quem é que pergunta?
- Não quero assustá-la, mas se eu disser que sou filha do seu neto, a senhora acredita?- digo e a senhora assente e pede-me para entrar. Fecha a porta atrás de mim e chama o general.
- Não acredito que resultou mesmo!- diz um senhor que penso ser o meu bisavô.- recebeste o sabre do tempo?
- Então é assim que se chama...-digo.
- Anda, senta-te.- ele diz e entro numa sala enorme, completamente cinzenta e com uma lareira enorme. As paredes estão cheias de quadros e os sofás são todos de pele. Parece que a família do meu pai sempre viveu bem.
- Então o senhor sabe como vim aqui parar?
- Sei sim...vou passar a explicar.- ele diz e começa a falar.
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The War
Science-FictionE se a maior das tecnologias viesse do passado? Como seria viver da maneira antiga? Melissa descobre algo e isso vai levá-la a algo que pode ser o seu maior sonho ou o seu pior pesadelo. Ela vai viajar, mas não é uma viajem qualquer! Harry, uma rapa...