The War

8º Capítulo

Entretanto começou a escurecer,já tínhamos comido e conversado imenso, sabiamos que estava na hora de voltar.

Estávamos a andar quando ouvimos mais um estrondo, assustei-me mas reparei que o Harry não teve nenhuma reação visto que já deve estar habituado.

Ao fim de algum tempo chagamos a casa e o Harry entra comigo. Abro a porta e chamo pela Jessie mas ela não me responde. Chamo mais uma e outra vez e ninguém diz nada.Procuro pela casa e subitamente aparece o General.

- General?- digo colocando as mãos no coração.

- Olá como estão?- diz sorrindo.

- Já veio? Onde está a Jessie e o Tobias?- pergunto.

- Ela está com o menino á sua espera em sua casa.- diz olhando para o Harry.

Desde quando é que o general o trata na 3ª pessoa? Isto está estranho e não estou a gostar.

- Então eu acho que é melhor ir andando.- o Harry diz e despede-se de mim com um beijo na bochecha.

Ele sai e assim que a porta se fecha, o general agarra-me no braço e puxa-me até á sala.

- O que é que tu andaste afazer?- diz e a sua voz alterou-se por completo. Os seus olhos mostravam raiva, o que me intimidava um bocado, mas eu tento mostrar indiferença.

- Do que é que está a falar?-pergunto confusa.

- O sótão, andaste a vasculhar aquilo que não devias. E agora tens de pagar pelo que fizeste.- ele diz e sinto logo algo chocar com a minha cara. A minha face arde imenso mas eu evito as lágrimas, por mais vontade que tenha de as mostrar.

- Você não tem o direito de me bater.- digo levantando-me e fazendo-lhe frente.

- Espero que isso não se repita senão vão haver consequências maiores. Agora acho correto não contares nada á Jessie senão vão as duas sofrer.- ele diz e sai.

Não posso contar nada á Jessie, não quero que ela seja castigada por minha culpa.

Logo a seguir chega Jessie e oiço-a falar com o general, acho que ele vai novamente para a guerra.

Vou até eles e digo que vou sair. Saio e corro até casa do Harry. Ele é a única pessoa com que posso confiar neste momento.

Rapidamente chego e toco á campainha. Ele abre a porta.

- O que é que aconteceu?- ele diz e não evito abraçá-lo e chorar. Estou tão segura nos seus braços que já nada me impede de lá estar.- Anda, entra.

Entramos e ele conduz-me áquilo que penso ser a sala. Sentamo-nos e ele apenas me pergunta o que aconteceu mas não consigo, o meu choro abafa todas as palavras, ele desiste de me perguntar e acaricia o meu cabelo. Sem dar conta adormeço.