Kurt pdv:
Após pular a janela do quarto de Blaine, voltei para minha casa. Cheguei e vi o meu pai sentado no sofá e Finn comendo um sanduíche. Eu queria contar-lhes a verdade, mas não iria ser fácil, afinal Finn disse umas coisas horríveis sobre quem é gay há pouco tempo...
- Pai... Finn... preciso contar-vos uma coisa muito importante. - disse ainda na frente da porta esperando uma resposta.
O meu pai continuou sentado, sem tirar os olhos da televisão a comer alguma espécie de pão. Finn por outro lado levantou-se e ainda de boca cheia abraça-me, apanhando-me desprevenido. Porquê ele me abraçaria? Engolindo os restos que tinha na boca e descolando-se de mim, mas ainda com as mãos nos meus ombros, ele diz:
- Eu sinto muito pela Mercedes Kurt. Eu soube...
- Obrigada.... Mas não era sobre isso que queria falar. - respondo.
Finn larga-me e espera eu contar. Respirei fundo, e tudo veio à tona. E se Blaine quisesse manter segredo? Isso não importava, confio na minha família e preciso contar-lhes.
- Então... - começo deixando Finn mais ansioso. Mas não era nada de bom para ele... Encarei Finn desta vez com um pouco de medo e hesitação. Não tinha muito para dizer, era só soltar. - Eu... sou bissexual... - contei.
O meu pai permaneceu calado como se eu não tivesse dito nada e continuou a mastigar. Porém, Finn me olhou triste e emotivo, ele estava desapontado por ter falado mal de mim, indiretamente. Olhei para ele. Esperava uma chapada, um soco ou um grito, castigo, qualquer coisa. Finn aproxima-se de mim um passo e com medo do que ia fazer, abaixei a cabeça e fechei os olhos. Contudo, recebi o que não esperava, um abraço.
- Eu sinto muito Kurt. Por ter dito aquelas coisas, não era a minha intenção.
- Terminaste com a Mercedes, já estás com alguém? - pergunta o meu pai, olhando para mim curioso e deixou-me confortável. Ele coloca outro pedaço de pão na boca e mastigou.
Finn voltou para a cozinha, mas ainda aguardava a minha resposta. Senti um tremor novamente, teria de contar-lhes mais uma coisa séria!
- Eu estou... com Blaine.
- E tu gostas dele? - o meu pai acrescenta.
- Sim! - respondo.
- Ele é bom contigo? - Finn continua o interrogatório.
- Sim!
- Era Blaine o tal amigo em que você passou esta noite na sua casa?
-Sim...
- Tu mal o conheces! Pelo que sei, só o viste 4 ou 5 vezes desde que foste a sua loja! - Finn exclama.
- E é por isso que estou o conhecendo agora... - retorqui e não houveram mais perguntas. Sentei-me ao lado do meu pai para assistir o futebol, enquanto Finn subia as escadas até seu quarto.
Estava muito contente que aceitaram sem aborrecimentos, tiveram a mesma reação de quando falei que estava namorando a Mercedes... mas acho que estavam mais relaxados, acredito que porque com Blaine não posso engravidar acidentalmente...
Algumas horas depois...
Eu verificava o telefone a cada 10 minutos para ver se Blaine mandava uma mensagem... porém não mandou.
Finn desce as escadas e veste o casaco pendurado perto da porta.
- Onde vais? - pergunta o meu pai acordando do seu sono.
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O Rapaz e o Pássaro
FanfictionBlaine trabalha num estabelecimento de acolhimento a pássaros com o seu pai. Um dia um rapaz chamado Kurt visita-os para comprar um pássaro. Blaine apaixona-se à primeira vista e ao mudar-se para a nova escola, apercebe-se que Kurt também a frequent...