Capítulo Quatro

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-Como você é tão idiota?--Ele bate a porta e se joga no sofá com insatisfação e de alguma forma cansado.

-Quê?

Rose aparece em seguida e traz consigo uma bolsa aparentemente cara
-Bom dia! Notei que acabou de conhecer Logan. Meu bebê--Rose sorri.

-Não me constrange assim na frente das pessoas mãe!

-É. Parece que sim--respondo sobre a questão de ter conhecido Logan.

-Bom dia! Trouxe algumas coisas pra começar o dia bem--Meu pai aparece radiante nem mesmo acreditaria que ele está tramando a vingança que ele jurou a minha mãe.

-Bem, como nossa querida Amber não teve a oportunidade de conhecer nossa casa, você irá mostrar pra ela tá amor?--Rose se pronuncia enquanto se aproxima de Logan apertando seus ombros
Como gesto carinhoso.

Ele não responde, apenas assinte com a cabeça.

-Me segue.

Eu aperto os passos e olho de soslaio para Rose que agora está rindo diabolicamente com um sorriso sínico.

-Como você já deve saber aqui é a varanda.--ele diz apontando seu dedo indicador para frente.

-Você é filho dessa mulher?

-Oh céus Amber! Você estuda comigo já faz um tempo e ainda não sabe quem é minha mãe? Idiota..--ele capricha em um sorriso estúpido e adota um novo sarcasmo.

-Então você pode me ajudar a sair daqui!--dou um passo a frente ingênua como de costume.

-Sai de perto de mim! Você é idiota e petulante! Não gosto de conversar com pessoas assim--ele me bombardeia de ofensas.

-O que eu fiz a você? Eu só quero ir embora disso. Já que não posso ao menos proteger a mamãe.--choramingo furiosa.

-Desiste sua idiota! Você pediu ajuda a pessoa errada.--ele me dá um empurrãozinho estranho e sai de perto.

-Você não vai me apresentar o resto do casa?

-Esquece isso--ele se afasta e eu permaneço na varanda.

A varanda não era um dos melhores lugares da casa, aliás nenhum lugar ali era. Era chato e bizarro. Além de ter um clima nostálgico e triste.
Além de algumas plantas mortas e folhas secas espalhadas por toda parte, a varanda era coberta por uma camada grossa de gelo. Basicamente gelo, ofuscando completamente o ambiente.

Duas cadeiras de madeiras com bordas e  suportes de couro,
E nada mais. Ah e um vento gelado para enfatizar que a pobre varanda não tinha nada de varanda.

Me agacho abraçando minhas pernas que estavam tremendo, meu coração acelera só em pensar no que papai pretende fazer, eu estava sozinha além disso. Ninguém para me escutar, nem ao menos me aconselhar... como mamãe fazia.

-O que está fazendo aí?--Rose aparece pela portinha que estava entreaberta.

-EU QUERO IR EMBORA DESSE LUGAR, EU ODEIO TUDO AQUI--explodi em milhões de pedaços com lágrimas se acomodando em minha face.

-Tinha que ser filha de Emilie Walsh não é? Vou te contar um segredo--ela se agachou do meu lado em sussurros disparados--Se você me ajudar a achar a vadia da sua mãe, eu prometo te deixar em paz. Agora se você não colaborar as coisas não ficaram muito boas--ela abre seu sorriso radiante porém sínico.

-Faça o que quiser! Vamos ver quem sai perdendo--rebato e ela agarra suas unhas no meu braço.

-Farei, sua monstrinha--ela aperta suas unhas não tao grandes mas lichadas no meu braço.

-Eu vou gritar!

-Quem irá te escutar? Bobby está bem longe.--ela retira suas mãos nojentas de mim e se levanta as limpando.

-Sabe.. tenho pena de você--ela expressa descontentamento e impiedade.

-Já vi que fez novos amigos não é mesmo Amber?--papai aparece com o que parece ser um cosmético.

-Ahhh! Obrigada Bobby.--Rose sorri enquanto abraça papai pegando de suas mãos o cosmético.

-Olha só querida... isso vai te deixar ainda mais bonita--ela se aproxima para mostrar o cosmético.

Então consigo assimilar o que era, um creme facial que rejuvenesce.

-Eu não preciso disso. Quem precisa é você.--pronuncio me levantando do chão e indo em direção a porta.

Papai me impede me puxando pelo casaco bege.

-Isso é maneiras de falar com as pessoas?

Não rebato, apenas encaro ele com a expressão mais incrédula e nojenta possível.

-Bobby, tá tudo bem. Vamos resolver agora... quer dizer.. como amigas.--ela alisa meus cabelos com as mãos como se eu fosse uma pobre criança.

-Ótimo, não queria castigar você Amber--Papai esclarece.

Ele se retira da varanda, deixando eu e aquela cobra a sós, de novo.

-Eu poderia ter gritado--eu sussurro com punhos cerrados.

-Ah é mesmo?

-Ele não estava longe, sua cobra mentirosa--eu me aproximo.

-Fala baixo comigo, e mais.. não fala dessa maneira! Não sou sua mãe.--ela põe o dedo indicador na minha boca.

Me retiro daquele lugar enfurecida, e subo para o que parecia ser meu quarto.

Abro o porta e dou de cara com Logan dormindo feito um anjo, não ele não é um anjo. Ao contrário disso.

Tento recuar para não acordar-lo e ele ter que fazer todo aquele draminha, tarde demais.

-O que você está fazendo aqui?

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