Peço a conta
Vou embora
Não aguento mais ficar aqui
Vou andando por aí
Perdendo mais
Tudo que já vi
As asas já não sobem
Não há nada que possa ser feito
O pântano me engole mais e mais
Enquanto o ar fica rarefeito
Não choro, não grito
Não amo, não minto
Apenas vivo
Por mais um vidro
Cheio do placebo
Que acalma minha alma
Esconde-me das luzes
Que não existem mais
Mas o trecho continua
Vagando para algum lugar
Onde a estrada possa ser sua
Vadio manso por aí
Recolhendo meus pedaços
Subindo as colinas
E invadindo as cochas frias
Minha alma promete
Pedir mais uma...
Sede.
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Portas ao Vento
PoetrySucessão de pensamentos e poemas aleatórios sobre o vazio interior, decepção e fuga. Escritos por Neone Huurre, entre os anos de 2013 e 2014.