A balada de um vadio

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Peço a conta
Vou embora
Não aguento mais ficar aqui

Vou andando por aí
Perdendo mais
Tudo que já vi

As asas já não sobem
Não há nada que possa ser feito
O pântano me engole mais e mais
Enquanto o ar fica rarefeito

Não choro, não grito
Não amo, não minto
Apenas vivo
Por mais um vidro
Cheio do placebo

Que acalma minha alma
Esconde-me das luzes
Que não existem mais

Mas o trecho continua
Vagando para algum lugar
Onde a estrada possa ser sua

Vadio manso por aí
Recolhendo meus pedaços
Subindo as colinas
E invadindo as cochas frias

Minha alma promete
Pedir mais uma...
Sede.  

Portas ao VentoOnde histórias criam vida. Descubra agora