Capítulo 66

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Ahhh eu aqui, rs. Prometem pra mim que não vão querer me matar? Lembra que estamos na reta final, mas eu tive um ideia um pouco má, mas sei o que estou fazendo, então confiem.....

SOFIA

Dois dias depois de saber que eu estou grávida de um menino aqui estou eu em uma loja de produtos para bebê.

Acabei por vir sozinha, tentei ligar para o Bruno e avisar, mas seu celular deu caixa postal, provavelmente está descarregado, e como não vou demorar, acho que não terá perigo algum.

Aproveitei hoje que tive folga no trabalho e assim que sai da faculdade corri pra cá. Preciso comprar roupinhas azul, minhas bolsas de maternidade, e mais alguns itens que se fosse listar,  daria uma boa lista.

Então chega a hora em que qualquer mamãe ama, escolher desde os mínimos detalhes até os itens mais precisos por um bebê.

Entro na loja na esperança de não demorar muito. Mas era tanto departamentos diferentes, só de longe já vi um macacãozinho lindo no qual bati os olhos e queria para meu bebê.

Eu falo meu bebê, mas no fundo do meu coração ele já tem um nome, só não falei para ninguém ainda, o Bruno claro que será o primeiro a saber e se ele concordar será esse lindo nome que está na minha mente.

Volto a atenção para as roupinhas na minha frente e começo a separar o que eu quero.

ISABELLA

-Filha,  você está gostando de ficar aí? -Olho para Anabella que está no seu carrinho posicionado na cozinha, enquanto termino de preparar o almoço. O Call já estava quase chegando, hoje resolveu almoçar em casa.

Acabo de preparar sem tirar os olhos da Anabella que chupa sua chupeta com gosto.

Escuto a porta sendo aberta e já sabia quem era.

-Meu Deus, que cheiro maravilhoso é esse amor? -Ele pergunta assim que entra na cozinha.

-Lasanha. -Digo a ele que dá um enorme sorriso, deixa um beijo na minha testa e vai até o carrinho pegar a Anabella.

-Eu estou morto de fome, mas estou tão feliz com meu novo cargo, ser o gerente é algo extremamente gratificante.

-Você mereceu, sempre foi esforçado e dedicado amor.

-De fato, mas eu precisava de um salário bom que nem esse, afinal ainda terei muitos filhos para sustentar.

-Teremos. -O corrijo. -E em breve se tudo der certo.

-Eu te amo garota!  -Ela fala extremamente feliz.

-Eu te amo muito, muito mesmo.

Deixo um beijo nos seus lábios, nos servindo logo em seguida, esse o nosso almoço em família, ainda pequena, mas que cresceria logo em breve.

BRUNO

-Que raiva! - Bato na mesa depois da segunda tentativa frustrante de ligar meu celular.

Hoje do nada o bendito desligou, e pelo que percebi a bateria zerou, mas já carregou um pouquinho e ainda não quer ligar.

Queria falar com a Sofia enquanto estou em horário de almoço, mas será impossível.

Esqueço o celular por um tempo, enquanto termino coisas pendentes que precisavam ser terminadas,  o Call já tinha ido almoçar, então na nossa sala estava apenas eu.

Assim que termino de agilizar uma ficha que precisava, tento ligar o celular que por sinal dessa vez estava ligando. Enquanto espero todo o processo de início do celular, vou até o corredor e busco uma xícara de café.

Volto e assim que estou com o celular na mão, vejo que ele está ligado, recebo algumas mensagens, uma dizendo que a Sofia me ligou, e a outra de um telefone fixo aqui da região, só não sei exatamente de onde é.

Não espero nem mais um instante e começo a discar o número da Sofia quando sou interrompido pelo número fixo que tanbem tinha me ligado.

-Alô? -Falo assim que atendo.

-Senhor Bruno Werneck? -A voz de uma mulher ecoa pelo outro lado da linha.

-Sim, pois não. -Repondo.

-O senhor é noivo da senhora Sofia Lamberttine? -Um arrepio sobe pela minha coluna, e um sinto um aperto no coração antes de confirmar.

-Aconteceu alguma coisa? -Pergunto, estava suando, e preocupado era pouco perto do que eu estava.

-Não gostaria de falar pelo telefone, o senhor poderia vir até o hospital central?

Por questão de milésimos eu esqueci tudo ao redor, esqueci que eu estava no telefone, esqueci quem eu era, esqueci tudo. Que porra era essa.

-O que aconteceu com minha noiva?- Pergunto tentando controlar a respiração e as batidas do meu coração que batiam descompassadas.

-É....Tem certeza que quer saber pelo telefone? -A mulher pergunta novamente e dessa vez perco a calma.

-Tenho! -Esbravejo,  levanto da cadeira já pegando as chaves do carro, meu corpo trêmulo, mas sem tirar o telefone do ouvido.

-Ela caiu da escada, e infelizmente perdeu o bebê.

Congelo não querendo ouvir o que tinha acabado de ouvir. Mas uma vez me senti fraco, mas uma vez minhas pernas fraquejaram e sem dó nenhuma deixei meus joelhos baterem com toda força no chão.

-Ah não Deus, por que permites? Eu não suporto mais, é muito pra mim isso tudo. Agora que achei que estava tudo bem, que seríamos felizes. Eu perdi o meu menino. O bebê no qual senti seus pequenos chutes na barriga da sua mãe, estávamos tão felizes...TÃO FELIZES!

Grito desesperado, lágrimas desciam descontroladamente e eu sai da minha sala sem perceber nada, estava cego, entrei no carro e segui para o hospital.

Não conseguia nem pensar direito, não conseguia raciocinar, eu estava me recusando a sofrer de novo, eu não iria suportar....Não iria.

Chego no hospital apertando as chaves contra minha mão, eu estava tenso, nenhum dos meus músculos se mexiam, eu parecia um robô.

E por questão de tempo voltei a ser o cara sofredor, que quase não suportou duas perdas em sua vida. Eu voltei ao Bruno triste, ao Bruno automático, meu filho? EU PERDI MEU FILHO.

Puxo a respiração enquanto tentava formular uma frase para ser dita a recepcionista a minha frente.

E depois de alguns segundos, eu finalmente consigo.

-Como está o estado da Sofia Lamberttine? Pelo amor de Deus, diz que ela não perdeu o bebê, e que está tudo bem, diz moça que eu estou em um pesadelo enorme no qual quero acordar imediatamente. Diz! -Bato na mesa e ela se assusta, abre a boca para falar e sem perceber eu paro de respirar para ouvir sua resposta.

Eu disse não foi?

Volto muito em breve para continuar a finalização dele. ❤

Beijos! 😍😘

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