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the siyeon theory | pristin ot10

Não era novidade para ninguém que Siyeon era uma investigadora de ponta.

Ela sabia de tudo que acontecia na sua escola, na sua vizinhança, na sua família e é claro, tudo o que acontecia dentro de sua empresa, a Pledis Entertainment.

Ela, antes de qualquer um que frequentava aquele estabelecimento, descobriu sobre o relacionamento entre Nana e Lizzy. A menina também tinha suas dúvidas quanto a Vernon e Seungkwan, mas ela decidiu que se aprofundaria naquele assunto mais pra frente.

O seu foco agora era sobre o que acontecia dentro do Pristin, seu próprio grupo.

Não demorou muito tempo para que ela chegasse a conclusão de que todas as integrantes do grupo – sim, todas – incluindo ela, estão se namorando ao mesmo tempo.

Sim, é isso mesmo que você leu. De acordo com a teoria de Park Siyeon, todas elas se tratam como namoradas, mesmo que algumas vezes sejam sem perceber. Algumas.

Por exemplo:

Siyeon sabia que o coração de Kyla derretia quando Yewon sorria, mas também sabia que ele acelerava quando Sungyeon segurava sua mão.

Siyeon sabia que Nayoung era basicamente a musa de Yebin, tendo em mente o fato de que a rapper já escreveu várias músicas sobre a líder. Mas também sabia que em algumas dessas letras, os olhos apaixonantes que Yebin mencionava eram os de Minkyung.

Ela não se importava, até mesmo admirava o fato de que as mais velhas não deixavam aquilo interferir na harmonia do grupo. E é ai que voltamos para a teoria. Siyeon, no meio de suas investigações, descobriu que não existia apenas uma dupla fixa. Então não, não existia um casal oficial no grupo. Mas na verdade, vários.

Era normal ver Minkyung abraçada com Nayoung no sofá, e minutos depois ver Jieqiong em seu lugar. Ou então ver Kyungwon lendo um livro com Eunwoo em seu colo, e num piscar de olhos a Jung ter desaparecido, deixando o local livre para Yebin.

E onde ela entrava nessa teoria?

Bom, além de ser famosa por suas habilidades em observação, ela também era conhecida por gostar de dar beijos. Muitos, mas muitos beijos.

E ela ainda lembrava da primeira vez que beijou uma das meninas.

...

Kyla havia acabado de chegar na Pledis, deixando a pequena Siyeon de dez anos animada com o fato de que alguém mais nova do que ela se juntaria ao time.

— O-Olá, eu sou a Kyla. — Disse a mais nova trainee antes de se curvar.

A única coisa que a menina conseguiu ouvir depois disso foi um conjunto de frases que iam de "ela é muito fofa" até "eu quero morder as suas bochechas". Ela abaixou a cabeça ao sentir seu rosto começar a queimar, levando suas duas mãos até as bochechas, fazendo com que as mais velhas a achassem mais adorável ainda.

Foi então que ela viu uma das meninas, que até então ela não sabia o nome, ser levemente empurrada para frente e parar alguns centímetros longe dela.

— Olá, eu sou a Siyeon. Você é muito fofa... E bonita também. Posso te dar um beijo? — Os olhos de Kyla arregalaram ao ouvir o que Siyeon havia acabado de dizer.

Kyla piscou diversas vezes para ter certeza de que não estava alucinando. Era assim que as coisas funcionavam na Pledis? Aquele era algum ritual para novatas? Ela estava sendo filmada para algum reality de trainees ou coisa do tipo?

Suspirou e afastou os pensamentos estranhos da cabeça antes de se dar por vencida, além do mais seria rude da parte dela negar um beijo inocente.

A criança de nove anos assentiu com a cabeça e todas as outras meninas presentes na sala começaram a gritar e bater palmas. Elas são estranhas, Kyla pensou.

E foi então que ela recebeu nada mais que um selinho estalado nos seus lábios, que ela tinha certeza absoluta que durou menos de um segundo.

...

Depois daquele dia, Siyeon nunca mais parou de beijar as meninas. Ela beijava a testa, as bochechas, as mãos, qualquer canto que ela encontrasse. Ela gostava de fazer com que elas se sentissem especiais e amadas com seus atos, e ver o sorriso no rosto de cada uma depois de receber um beijo enchia seu coração de felicidade.

Mas o que a deixava mais contente era que todo amor que ela dava era retribuído, cada um do seu jeito, entre elas.

E foi com esses pensamentos que aqueciam seu coração em mente que, Park Siyeon, com muito sucesso, pode concluir a sua teoria.