Memories...too much memories

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“Eu quero-te só para mim hoje” o rapaz diz com o cheiro a álcool.

“Tu tens-me”

Foram as duas palavras para ele começar a ação. Meteu as mãos na minha cintura, fazendo-me aproximar dos quadris dele. Coloco as minhas mãos no peito nú dele e empurro-o lentamente para a cama, sem nunca tirar o meu olhar do dele. Tiro-lhe as calças das suas longas pernas e um sorriso perverso aparece no seu rosto. Ponho uma perna de cada lado da cintura dele e começo a mexer-me de “frente para trás”, provocando o membro dele.

“Estou à tua espera” ele assusta-me.

“Certo” respondo, atrapalhada.

De quatro meses deste trabalho, nunca ninguém me disse para me apressar, todos queriam sentir o prazer que lhes podia dar, mas este sujeito não. Contra a minha vontade, faço o que me manda, praticamente. Envolvo na minha mão o seu pequeno membro, ok, com este pequeno “coiso” só irá ele ter um orgasmo.

“Estás à espera de quê, querida?” ele pergunta, enquanto me mantenho aguachada no meio das suas pernas.

“Ahm… desculpa.”

Começo a massajar a minha mão, lentamente. Reparo na sua cabeça a ir para trás e a morder o lábio inferior. Abro a minha boca e o seu pénis [nota da autora: odeio chamar isto xD] entra diretamente nela, os meus cabelos são puxados para cima e a minha cabeça começa a mexer-se para trás e para frente, ao som dos gemidos fortes que ocupam o quarto de hotel.

“SIM, SIM” ele grita. “Não… pares.. b-babe”

“Ora cala-te” digo e rolo os meus olhos.

Parvalhão. Estou sempre a queixar-me, mas continuo aqui, é o meu emprego, e hoje em dia não se pode desperdiçar nada; tenho sorte nuns dias, noutros aparece uns cromos como este. Um grito rouco e grave soa novamente, desta vez as suas pernas ficam moles e sinto nas minhas mãos um líquido branco e quente. Ótimo, até que enfim, ele chegou ao clímax.

“Irei retribuir-te o favor, prometo” ele diz, com a sua respiração acentuada.

“Não será preciso” sorrio.

Pego nos meus sapatos e no meu casaco vermelho e sigo para a porta, deixando-o sozinho… passo pelo móvel de entrada e algo me chama à atenção. Uma carteira, volumosa, um gajo como este com volume na carteira, só significa uma coisa. Dinheiro. Olho para todos os lados, tiro as notas e volto a colocá-la no mesmo sítio.

“Onde te poderei encontrar outra vez?” ele pergunta atrás de mim.

Oh meu deus, será que ele viu? Dá o teu melhor sorriso, Bethany.

“Ahm, no bar, óbvio”

“Chamas-te…” ele espera que eu complete.

Está agora com boxers pretos. Sim, é bonito da cara para baixo, tem uns definidos abdominais, nada de deitar fora.

“Diz que procuras a Bethany” sorrio e deixo a porra do quarto.

Assim que saio da porta do hotel, um vento forte embate contra mim. Não, o meu trabalho não é prostituta, sou stripper. Uma das melhores aqui da zona. Decidi isto, porque é o que me distrai. O que me distrai das memórias que me vão enterrando com elas. Será este o meu destino? Ser sempre traída, e continuar num bar, onde somos apenas brinquedos para uma noite? Será que nunca vou encontrar o meu príncipe encantado com o seu cavalo que irá trazer a minha felicidade consigo? Sonhas alto, Bethany. Isto jamais irá acontecer, certo? Cada pedaço do meu frágil coração está a ser construído e à sua volta uma muralha, onde ninguém irá quebrá-la novamente. Prometo isto a mim mesma há 4 meses, mas ele continua lá. Continua a viver no meu coração e na minha memória. Uma relação de 1 ano, não se esquece assim.

Um casal de mãos dadas passa por mim e reparo que o rapaz olha para o meu decote. Sorrio e pisco-lhe o olho. Sigo pela avenida até ao escritório da minha agente.

Entro no grande edifício e encontro Philips no balcão de atendimento. Aquele homem loiro de olhos azuis e um corpo extremamente sexy, com um rabo enorme, ai o que te fazia.

“Precisa de algo, Mrs. Watson?” ele pergunta.

“Ligue à Michelle e diga que preciso de falar com ela” respondo olhando para o seu tronco.

“Com certeza. Estou, está aqui a menina Watson, pronta para falar consigo. Pode subir? Sim, com licença. Pode subir” ele diz assim que pousa o telefone.

Deixo um bilhete em cima do balcão e digo no ouvido dele “Logo estou no bar, aparece, dançarei só olhando para ti. O meu número está no papel”. Ele cora e pega no papel.

Dirijo-me ao elevador e carrego no botão 12º andar, não quero ir de elevador, tenho medo, pavor, mas não estou para subir centenas de escadas. Agarro-me firmemente ao corrimão da parede mais afastada.

Estou farta de viver com memórias dele. Este elevador tem uma história, parece que sinto mais uma vez o cheiro dele, logo que entro no elevador, foi tão ao natural, tão especial… tão ele.

“A menina vai subir?” ele pergunta.

“Sim, vou”

Estou nervosa por estar como rapaz que gosto, sozinho,  no elevador, onde é o local favorito dos homens para fazerem sexo. Afasto um pouco do meu cabelo da frente para poder ver a figura masculina que está comigo no elevador. Ele olha-me pelo canto do olho e eu rio-me. Ele beija a minha bochecha e deixa-me surpreendida, nunca ninguém me tinha feito isto. Deverei retribuir ou…? Choque, calefrios e eletricidade passam pelo meu corpo assim que ele acaba o longo beijo e num momento colo os nossos lábios. Encosto-o à parede do elevador e torno o beijo selvagem, dou passagem para a sua língua preencher a minha boca. As minhas mãos vão para os seus cabelos e as mãos dele vão para o meu rabo fazendo-me gemer.

“Tommy…” gemo.

“Beth” ele geme também ao meu ouvido.

Louis Tomlinson. O fantasma que assombra os meus sonhos, e por conseguinte, a minha vida. Desisti de tudo por ele, desisti do meu noivado, desisti do meu emprego como secretária aqui. E fui viver custas dele. Sexo, palavras carinhosas, “amo-tes” mentirosos, tudo passou duma mentira.

O meu pensamento acaba assim que ouço o “tlim” do elevador, o mesmo som que interrompeu o meu beijo e do Louis. Não posso pensar mais na nossa ex-relação.

Encontro Michele à porta do gabinete.

“Bethany, então o sexo foi bom? Era daqueles leões ou daqueles gatinhos?” ela guincha.´

“Nem um nem outro. Não tive prazer nenhum. A única coisa que fiz, foi pegar no seu minúsculo brinquedo e mexer. “ disse e fiz toda a gente daquele piso rir.

“Logo dou-te uma recompensa se dançares hoje no show livre” ela avisa-me.

“Show livre?! Tu sabes que eu sempre alinho nesses show’s, são uns dos meus favoritos” sorrio.

Show livre é um espetáculo com sete strippers no palco que vão ao público e tiram de lá um rapaz, este não pode recusar a stripper, e a mesma tem de dançar para ele. Só para ele. Quem será o meu escolhido? Como sou considerada no bar como “a favorita dos cavalheiros” sou a primeira a escolher. Oh espera, se o Philips aparecer, óbvio que será ele. Imagens do tronco nu dele aparecem, eu com o meu perfeito corpo colado ao dele, e enquanto ele entra e sai fora de mim com o seu membro eu vou esquecendo os meus problemas e absorvo apenas o prazer que ele me poderá proporcionar. Sinto-me molhada em baixo e rio-me só por ficar excitada com o pensamento do Philips.

Stripper or Love?Onde histórias criam vida. Descubra agora