Louis.

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Louis.

Cada pedaço do meu coração parte-se quando vejo a minha Beth a dirigir-se para a casa do meu melhor amigo.

Uma esperança apodera-se de mim, assim que ambos ficam com uma cara de surpresa, mas “com um abrir e fechar de olhos”, ela está dentro de casa dele.

Só de imaginar as mãos nojentas dele, em cima dela, a tocar-lhe nos sítios onde dantes era só a minha propriedade, dá-me um desejo enorme de lhe foder aquela cara.

A luz do quarto do Liam acende-se e duas sombras demasiado próximas encontram-se coladas uma à outra e desaparecem, caindo numa cama próxima.

Pego na minha garrafa de vodka no banco de pendura e abro-a, bebendo um gole gelado, com a adrenalina a corroer-me nas veias mais a vontade imensa de entrar pela aquela porta e tirá-los dali.

Só que não posso fazer isso. Imagino a cara dela mal entrasse por lá dentro, nunca mais me perdoaria. Os seus olhos ficariam cheios de lágrimas e a sua bochecha seria puxada para dentro, pois ela tem a mania de a trincar para não mostrar o seu estado vulnerável. Gritaria comigo, batia-me e eu poderia beijá-la só para a calar.

“Eu já te disse que não mandas em mim, Tommy” ela gritou e dirigiu-se para a cozinha.

“Beth, para de ser assim, tens de deixar aquele filho da puta daquele bar!” gritei de volta.

Ambos a discutir pela merda de um bar. Porque raio tinha de me sentir atraído por uma stripper reles? Ela não tem futuro, mas, mesmo assim, ela conquistou-me. Com a sua rebeldia na cama, os seus gemidos selvagens e as palavras doces que me dizia em sussurros.

Isto é o sonho de qualquer homem, ter uma mulher que todos os homens apreciem. Com rabo, mamas e curvas. O orgulho de dizer que ela dança num barão.

Contudo, eu não sou assim, porque quero ser o único a apreciar o corpo dela, o único a reparar no movimentos extremamente sensual como as suas ancas se movimentam.

“Tommy” ela chama ainda de costas para mim.

“Sim”

“Eu gosto mesmo de ti, mas eu preciso daquele emprego”

Comecei a aproximar dela como se estivesse a pisar um campo cheio de bombas. Vi que ela não reclamou quando passei os meus musculados braços pela sua anca, então comecei a dar beijos no seu pescoço e os seus pelos eriçaram-se.

“Sabes sempre dar-me a volta, Louis William Tomlinson” ela virou-se para mim.

Os braços dela estavam cruzados no topo do meu pescoço e a Beth quebra a distância entre nós com um grande beijo. Ela encostou-se à parede e as pernas dela agarram a parte de trás das minhas costas.

Tirei a camisola dela e beijei-a o peito, enquanto ela puxava a cabeça para trás absorvendo o prazer que lhe podia proporcionar. A minha T-shirt foi também atirada para a outra ponta da cozinha, com ela no meu colo e sem nunca deixar de a beijar dirigi-me para o quarto.

Deitei-a delicadamente na cama e ela sorri para mim.

“Vês o prazer que te estou a dar? Só eu é que te poderei dar uns dos teus melhores orgasmos. E só me apetece foder-te agora mesmo de castigo” disse.

“Sim, Tommy, só tu farás isso” ela ri.

“És só minha Beth”

“Eu sou só tua…” ela sussurra uma vez mais.

As lágrimas escorrem por mim por me lembrar duma das melhores noites que já tive com ela. O seu sorriso genuíno, os seus olhos cor de oceano tais como os meus ainda assombram os meus sonhos.

Ela era só minha. E agora um monte de rapazes já a provou.

Assim que os primeiros raios de sol aparecem por entre as nuvens, aproximo o carro da casa dele. Os meus sapatos são o único som naquela rua.

Toco à campainha demasiado tempo, só para me certificar que o acordo. Mal a porta é aberta, vejo-o de tronco de nu e a coçar a cabeça.

“Qual é tua, meu?” grito e empurro-o para dentro de casa.

“Louis, mas que porra?” ele subitamente acorda.

Olho para ele e vejo apenas a minha Beth em cima dele, e ele a tocar, e a fazer o quer dela. Atiro-me para ele. Começo a dar-lhe murros na cara dele, sem pensar nos danos que o posso deixar.

“Tu fodeste a minha Beth, eu disse-te para te afastares dela, caralho”

Os braços dele tentam proteger a cara, mas sem sucesso. Ouço passos apressados e pesados em cima de nós, provavelmente é ela.

“L-Louis?” ela gagueja.

Decido sair de cima dele, e vejo sangue a sair da sua boca. Ela está a olhar aleatoriamente para mim e para ele caído no meio do chão.

Mas que raio é que ela está a vestir?...

“Que roupas são essas?” baixo o meu tom de voz, um pouco, só para não a assustar.

“Não te diz respeito” ela cruza os braços no peito, amuada.

“Vem para um sítio mais calma comigo, babe” digo .

 “Não.”

 Autch.

Ela aproxima-se do Liam e pergunta se ele está bem, apenas responde com um gemido e isso quer dizer que não. Um sorriso vitorioso aparece no meu rosto.

“Eu vou embora com aquele animal…” ela diz para o Liam.

“Animal só na cama” interrompo-a e rio-me.

Como é que eu mudo de humor tão facilmente? Por causa da presença dela.

“Cala-te. Como eu estava a dizer, eu vou com ele, e cuida-te” ela continua e beija-o na cara suavemente.

Apetece-me aproximar dos dois e pregar mais dois murros na cara dele e puxá-la para fora desta casa.

Stripper or Love?Onde histórias criam vida. Descubra agora