Capítulo 9

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"Amo a vida por me dar você, mas amo loucamente você, pois somente você pode me dar a alegria de viver!" -(Autor desconhecido.)


♥️...

E por fim a hora do almoço com Melissa chegou. Estou animada. Certo que na noite passada não tivemos tempo de conversar, e acho que hoje não escaparei. Más estou com muitas saudades dos seus conselhos e do bom papo que sempre tivemos. Mas prevejo que hoje talvez seja o dia que teremos à conversa que estou adiando o máximo possível. Sei bem do que se trata e como este assunto machuca não apenas a minha pessoa como todos ao meu redor, então gostaria de não tê-la agora. Más é necessária.

Quando eu tomei a decisão de voltar para o Brasil depois de descobrir a traição do cafajeste do Nicolas. Eu me mantive longe e reclusa de todos que aqui ficaram. Apenas mantive contato com Yuri, com a Sarah, e com dona Mel sendo que eu ligava apenas de vez em quando. Já Yuri sempre ia me visitar. E durante este tempo apenas me encontrei uma vez com minha amiga Sarah. Fui injusta com todos, os afastando e me arrependo muito. Mas como conviveria com eles naquele tempo? Todos estavam radiantes por Nicolas e sua graça de filho. Que realmente é uma gracinha. E eu sofria; sofria pela traição, pela perda de algo que sonhei durante toda vida. Estava apenas me reerguendo.

Como; ficaria ao encontrá-los para ouvir deles, que Clark estava feliz e apaixonado pela sua criança. Quando conversávamos por Skype ou algum meio de comunicação, sem querer elas comentavam da pequena criança que veio para iluminar a vida de todos. E saber aquilo me matava. Não me levem a mal; a criança não tem culpa de nada. Nicolas Clark que tem ele que fecundou naquela magricela. E gerou uma bela e educada criança. O pequeno mini Clark não saí dos meus pensamentos. Realmente ele é encantador como o... Como a tia e a avó dele, me disseram. Ele é um amor.

Bom; decidi voltar para o Brasil não foi uma decisão fácil. E eu precisava do meu lar, do colo da minha mãe. Pôs o lar que eu tinha construído com muita luta e garra aqui... Nicolas destruiu em segundos.

Doeu mais sua traição; não exatamente na traição em si está não doeu tanto. Doeu em descobrir que o homem que eu queria para pai dos meus filhos seria pai do filho de outra mulher. E meu problema para gerar um pequeno bebê acabava comigo, deixava-me triste e fiquei muito mal naquela época. Então quis fugir e deixar tudo que conquistei para trás para sofrer em meu quanto e não presenciar Clark dando atenção há "outra" mulher que sim geraria um filho seu em seu ventre enquanto eu a noiva quase sua esposa, não era capaz. Mas eu estava tratando, estávamos tratando, logo, poderíamos ter tido nossos bebês juntos. Más ele apunhalou-me pelas costas e quebrou-me em pedaços. Então decidi pegar o que restava de mim e voltei para casa com o coração despedaçado. Nos primeiros meses sofri feito uma condenada, tive meu momento para sofrer. Clark nos primeiros meses me ligava sem parar, troquei o número algo que não adiantou; pois ele ocorreu a Melissa e conseguiu com ela, acabei trocando-o novamente e mantive-me em chamadas por Skype com minha ex-sogra. Ela estava triste por nossa separação, mas via seu olhar radiante ao falar do neto que estava por vir. E esta era minha deixa.

Meu coração apertado; enquanto Clark curtia sua noiva, sim noiva. No quarto mês foi publicado que eles estavam noivos e que Clark fez um pedido apaixonado em um restaurante público para todos verem. Ele não esperou nada. E isso me matou mais. Então tomei a decisão de manter-me desligada dele para sempre mesmo que isso fosse impossível. Pedi a meus amigos e ex-sogra para pararem de falar deles. Se não eu seria infelizmente obrigada até mesmo de desfazer o pouco contato que tínhamos. Ela entendeu-me graças aos céus. Ela parou de falar do neto, mas quando ele nasceu não foi possível ela segurar a alegria dela de falar do pequeno, mas logo se ocupou em mudar de assunto. Depois deste dia perdi o contato com eles mais alguns meses. Soube por minha mãe que eles ligavam para casa preocupados; mas ela soube levá-los no papo. E sei que dona Melissa quer saber o porquê desse afastamento repentino.

E na verdade; eu não aguentava mais. Precisei de um tempo para mim. Eu precisava viver aqueles momentos intensos, sofridos, sozinha e em paz. Estava me erguendo. Naquela época reencontrei-me com Thomas, que sempre me ajudou e muito. Junto com sua família; Olívia virou uma grande amiga e esteve sempre ao meu lado.

—Ava... Ava querida. -Saiu dos meus devaneios com a voz fraca de Thomas chamando-me. Encaro-o no batente da porta encarando-me curioso.

—Estou acabando, só mais alguns minutos. -Ele não diz nada. Apenas entra no quarto, sentando-se na cama, atrás de mim. Posso vê-lo por causa do enorme espelho que tenho na parede do quarto.

—Você está bem? -Ele parece preocupado. Sorriu, encarando-o.

—Sim, estou ótima. -Afirmo.

—Não parece. Estava lhe chamando há um tempo. -Meneio a cabeça negativamente, mas sorrindo em seguida.

—Estava pensando. Nada demais. Você sabe que dona Melissa vai me bombardear de perguntas, não sei se o motivo de você ir comigo irá impedi-la. Mas não custa tentar. -Ele meneia a cabeça em negativa e diz.

—Posso ficar assim vocês conversam melhor.

—Claro que não. Posso conversar com ela em outro momento. Você chegou ontem. Não lhe deixarei sozinho, você vai comigo. Ela vai adorar lhe conhecer, mas cuidado ela é tarada. -Gargalhamos. Uai, o que posso fazer. Minha ex-sogra desde quando a conheci, mesmo na época que o falecido era vivo, ela sempre foi sagaz.

—Meu deus. Preciso levar proteção? -Arregalo os olhos.

—Aham? -Ele meneia a cabeça mais faz uma careta ao perceber o que disse.

—Não este tipo de proteção. Poxa Ava, você me confundi. Estou dizendo proteção como uma burca porque tu sabes que sou gostoso demais, difícil de não ser reparado. -Este Thomas é idiota na moral.

—Cala a boca. Você é tão infantil às vezes. -Ele dar de ombros, se aproxima e deposita um beijo na minha testa e sorrir.

Antes de sair do quarto, ainda comenta.

—E você adora. -Dito isso ele se retira do quarto, me dando algum tempo para terminar de me arrumar tranquila.

Mais as lembranças não me dão trégua e voltam com tudo. Eu sou loucamente apaixonada por este lugar, achei que seria mais fácil voltar para cá depois de todo este tempo. Más não é, e nunca vai ser. Ainda dói bastante, ainda mais por está tão perto de todos que fizeram parte de um passado distante cheio de sonhos e desejos.

O coração aperta forte no peito. Ao me lembrar de casa, e da minha Mãe. Sinto saudades, ela é tudo o que eu tenho de mais precioso nesta vida.

Depois de meia hora; chegamos ao restaurante. O trânsito colaborou muito. Logo quando entrei no estabelecimento, e me identifiquei fui encaminhada com Thomas para nossa mesa. Encontrando Mel e Sarah em um papo cheio de risinhos.

—Olha quem eu encontrei, Dona Mel. Você e suas artimanhas me comovem viu. -Brinco, mas suas bochechas ficam vermelhas, e seu olhar me encontram receosos, dona Mel está envergonhada.

—Desculpe-me filha. Eu não podia impedir isso dentro de mim. -Reviro os olhos. Dona Mel conhece meu gênio. Então nem me preocupo em fazer doce perto dela. Sei bem como ela é.

—Eu deveria ter imaginado que você não iria aguentar e esperar umas semaninhas para fazer aquele jantar de reencontro. -Dou de ombros e Thomas cutuca-me. Opa. Acho que me esqueci de alguém.

—Ah. Deixe-me apresentar para vocês. Este é Thomas, ele é meu fotógrafo e amigo. Ele que está morando comigo no apartamento. E como chegou ontem não pude deixá-lo em casa. -Dona Mel o avalia dos pés a cabeça sem pudor, e sem vergonha nem uma. Encaro minha amiga; pensando que a mesma está revirando os olhos para a atitude da mãe como sempre. Mas estava enganada a mesma avaliava Thomas igualmente como à mãe. Safadas.

-Prazer Thomas. -Dona Mel é a primeira a levantar e cumprimentar meu amigo com dois beijinhos no rosto.

-O prazer é todo meu. -Ele diz cordial. Quero rir da cara dele. Ele está preocupado. Sei que ele agora percebeu que eu realmente estava falando sério quando disse que minha ex-sogra é sagaz.

Logo; Sarah se apresentou. Todos apresentados sentamos. O garçom serviu vinho e se retirou. Iríamos conversar um pouco depois fazer os nossos pedidos e assim foi. O papo foi ótimo, Mel não tocou nem um momento no assunto passado. Apenas conversávamos coisas banais e como seria este novo trabalho que vim fazer para cá. E perguntou se realmente me manterei aqui ou assim que o contrato se romper irei embora. Apenas disse que sabia do hoje e amanhã seria outro dia e que viveria um de cada vez.

Depois de várias taças de vinho pedimos nosso almoço e estava excelente como sempre. Senti falta deste restaurante.

Thomas e as meninas estavam animados e logo fizeram amizade. Também decidiram se divertir naquela mesma noite em uma boate de um "amigo" de dona Mel. Que estaria inaugurado neste sábado a noite. Claro que eu não fiquei de fora, e sendo assim marcamos o happy hour.

Depois de horas no restaurante decidimos fechar a conta e ir para casa. Despedimo-nos e marcamos de se encontrar direto na boate.

Thomaz e eu, voltamos para casa e descansamos. Agora estou aqui arrumada para matar. Não é me fazendo, mas estou deslumbrante. Estou vestida em um vestido curto na cor preta, com Franjas e Paetê. Ele me veste como lupa, caiu perfeitamente bem nas minhas curvas. Para finalizar uso um salto scarpin na mesma cor do vestido.

—Nossa você está... uau, gata demais. -Encaro o meu amigo que está me olhando dos pés a cabeça, parado no batente de entrada da porta. Ele está lindo também, todo despojado. Em uma calça jeans, tênis e uma camisa de manga comprida vinho.

—Você também está comestível. Estou até vendo você arrastando às americanas. -Ele gargalha e se aproxima.

—Use este batom vermelho. Vai combinar com este vestido. Você está de matar. Estou vendo que precisarei ficar de segurança hoje. Estarei com três belas mulheres ao lado. -Dou um soco em seu ombro fraco.

—Nem vêm. Vamos curtir todas, e deixa que nós mulheres, cuidamos de nós mesmas, se você me entende e cuida apenas de você. -Ele dar de ombros e concorda. E depois de passar o batom escolhido. Pegamos nossos pertences e pedimos um carro de aplicativo.

Havia uma fila enorme; mas como dona Melissa tinha ingressos Vips, passamos direto pelos brutamontes que estavam na porta. Sarah ficou indignada em ver que a mãe tinha os ingressos e que realmente conhecia o dono de tudo aquilo. Logo entramos e ele nos recebeu, dando um abraço apertado em dona Mel e cheio de muitas intenções. Fiquei pasma, não por ela pegar esses novinhos; isto estou sabendo, mas dá cara de pau do cara que mesmo acompanhado se insinuava para dona Mel. A girafa do seu lado apenas fechou a cara para Mel na hora. Dona Melissa apenas deu de ombros e se despediu do tesão em pessoa. Ele realmente é uma delícia. Qual foi? Não me olhem assim; tenho olhos horas.

Nossa noite foi ótima... nos divertimos muito. Bebemos demais e toda hora nossa área vip era agraciada com presentes para todos. Sim, até Thomas recebeu cortesias das donzelas. Praticamente não gastamos um centavo em uma boate. Sairmos de lá alegrinhos demais e cansados. Bem, eu me lembro também de ter degustado de um lábio macio e bem suculento. Mas assim quando seus lábios tocaram os meus; ele sumiu e não o vir mais. Nem liguei, estava alta demais. E ao perceber isso,  chamei todos e pedi para moça do hall de espera da boate chamar um táxi para cada. Sim, nesta boate tinha uma recepção e lá tinham várias mulheres bem vestidas, e muito bonitas. Depois disso apenas lembro-me de vagas lembranças. Estava chegando ao apartamento e Thomas vinha se jogando encima de mim. O coitado não se aguentava em pé e jurava que eu nos aguentaria. Ao abrir a porta ambos fomos pro chão, só deu tempo de chutar a porta e a mesma se fechou em um baque forte. Com custo arrastei Thomas, até o sofá e o larguei lá. Em seguida joguei-me no tapete felpudo, e apaguei.

Ainda te amo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora