Capítulo 10

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Aquilo que se faz por amor, está sempre além do bem e do mal.
(Friedrich Nietzsche.)

❤️...


Abro meus olhos e encontro-me no aconchego da minha cama. Uma dor de cabeça bate assim que tento levantar, deixando-me tonta. Não direi que nunca mais eu bebo, porque seria uma grande mentira. Mas que tal dar um tempo? Sim, farei isto.

Flashes da noite passada vem com tudo. Não acredito que dona Melissa fez aquilo. Acho que minhas lembranças estão exageradas.

Encaro minha cama e algo está errado, lembro-me de ter caído ao lado de Thomas que estava mais bêbado que todos. O guri se afogou mesmo, e eu não o parei até ver que ele e dona Mel estavam tentando fazer um belo do estripe, então decidi que estava na hora de ir embora, pois, estávamos todos muito altos. Lembro-me que pedimos um táxi na recepção. E dona Mel e Sarah foram para casa, Thomas e eu viemos para o apartamento. Só lembro-me de cumprimentar o porteiro, entrar no elevador, e deitar no chão e depois acordar na minha cama.  Eu estou completamente confusa. Vou para o banheiro, tomo um banho relaxante e ao sair, encontro na cabeceira da cama um copo de suco e um remédio. Thomas é ótimo, sempre se preocupando com minhas dores de cabeças depois de uma noitada louca. Coitado, sou uma amiga desnaturada era para mim estar cuidando dele não ao contrário.

Bebo todo o conteúdo que está no copo e visto-me. Opto por algo mais confortável já que está manhã ficarei em casa apenas.

—Hum. -Gemi em aprovação ao sentir um cheiro bom de café vindo da cozinha. E é para lá que vou. —Thomas me diz como é que você consegue acordar com todo este bom humor após uma noite… -Minhas palavras morrem ao ver quem está na minha cozinha.

Céus que maravilhoso. Clark está apenas de calça social, seus cabelos estão molhados e bom, sua costa enorme me dar o ar da graça. Ele continua concentrado no que está fazendo e nem um momento me encara. O que aconteceu na noite passada... e como Clark, veio parar na minha cozinha? Porque eu estou confusa aqui.

—O que faz aqui? -Depois de longos minutos, pergunto. E não recebo respostas. —E o gato comeu sua língua.

Clark vira-se para mim. Seus olhos estão em um tom escuro, eu conheço este olhar. Ele está com raiva. E o porque já desta raiva? Encaro-o também da mesma forma. O que ele pensa?

—Este teu olhar não me intimida Nicolas. O que você faz na minha casa? -Volto a perguntar, e ele nada diz, apenas pega os ovos mexidos, o bacon, e coloca em um prato, em seguida o deposita na minha frente.

—Tome isso aqui também. -Ele entrega-me um café preto. Nossa... o que deu nele?

Estou com uma baita fome e dores de cabeça. Sem saco para papo mesmo. Então que continue assim. Que se dane. Como ele veio parar aqui também não sei. Não lembro-me de ver Nicolas, e muito menos permitir sua entrada em casa. Quer saber que se lasque. Sento-me no banco que tem do lado da bancada aonde Nicolas serviu todo o café da manhã. Enfiando um pedaço de queijo na boca, disparo.

—Agora que está tudo aqui como você deseja, e eu estou me alimentando. Como que drogas você veio parar no meu apartamento? -Pergunto, Clark apenas cruza seus braços todo imponente.

Será que ele não se toca que quando faz isso. Ele fica muito, muito comestível?

—Ontem recebi uma ligação de um amigo. Ele avistou minha mãe e irmã e mais duas outras pessoas com elas. Disse que eu precisaria ir buscá-las pôs a diversão era demais, e parecia que estava prestes a passar dos limites. Então fui para boate, e vocês estavam saindo, nem o endereço deram para os taxistas, eu mesmo o fiz. Você não se toca no perigo que correram? Droga Ava quantos anos você acha que têm? -Uau... por está eu não esperava. Realmente passamos dos limites. Mas quem ele pensa que é.

Ainda te amo - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora