Pesadelos parte Ī

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Ainda no carro de meu pai vi Adriano passar, peguei minha bolsa e saltei em direção ao moreno. Ouvi meu pai resmungar algo, mas só respondi tchau.

- Drew!

Ao me ouvir gritar Adriano parou estático, como se visse um fantasma. Continuei correndo e me joguei em seus braços. Adriano me abraçou nervoso, me segurava firme como se não quisesse que eu saísse.

- O que você tem?

- Tive um pesadelo! - ele disse me olhando sem tirar as mãos de mim.

- Também. Sonhei com o cientista e sua família.

- No meu sonho aquela porta no seu quarto era um buraco negro e você estava sendo sugada. Eu tentei te salvar, mas tinha uma risada estranha na minha cabeça e eu não consegui me concentrar. O Gabriel surgia e pulava no buraco com você. Eu acordei depois disso.

- Sonhei com Albert e Frida discutindo. Sabe o quarto que achamos? Era de Frida !

- Esse quarto tem uma energia tão ruim que nos trouxe pesadelos. - Adriano murmurou.

Continuou abraçado comigo. Eu não havia me tocado até sentir um cutucão nas costelas. Era Gabriel.

- Que lindo o casal! - ele disse cínico.

Adriano revirou os olhos e sorriu para o menino. Fomos andando em silêncio até o portão da escola. O sinal bateu e nós subimos. Clarita apareceu na sala para me dar um abraço e saiu.

Eu até fico calma e tranquila, mas o quarto e os pesadelos não saem da minha cabeça. O professor de história percebeu minha alienação à aula e pediu que eu me retirasse da sala.

- Mia?

A mansão TodervauserOnde histórias criam vida. Descubra agora