//Cap-14// Seguindo em frente. //

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Minutos se passavam com raios de luz suave adentrando a floresta, o som de grilos e outros pequenos animais retornava aos poucos agora que o encanto da flauta magica havia sido desfeito, a respiração era lenta, buscando retomar a sanidade após um ataque nervoso, sua mente começava a raciocinar aos poucos fazendo seus olhos piscarem, olhava as folhas, o vento, os sons, parecia estar em um sonho, havia se esquecido da dor em seu ombro ou do pavor da fuga, ouviu sons de relinchar, lentamente olhou para a direção de onde viria e viu Lin caminhando cambaleante segurando a rédea dos três cavalos, Aya encarou ele com um pouco de medo pois havia suspeitas de que ele ainda estivesse possuído, no entanto o que ouviria a fizera se surpreender - Você se chama Aya não é mesmo? - Lin disse amarrando os cavalos em uma arvore próxima, se deixando cair sentado gemendo de dor no corpo a resmungar de maneira mansa - Obrigado por ter me libertado, já estava enlouquecendo - Ela baixou a mão da adaga ainda que não a soltasse, respirava ofegante começando a sentir a dor em seu ombro retornar - O que exatamente aconteceu com você? - O loiro alisou os próprios cabelos suspirando - Eu francamente não me lembro mais, sei que estava indo para Baruca com meus amigos e decidimos cortar caminho pela floresta para evitar bandidos, encontramos o templo e como um bardo fui atraído pela ideia de encontrar um instrumento...quando toquei sua musica fui dominado por ela, cai em um sono profundo, em um pesadelo onde via aquele demônio controlando meu corpo enquanto eu era incapaz de agir...vi meu corpo matar meus amigos... - Aya encarava Lin como um desconhecido pois ele não só tinha um sotaque como seu humor era diferente - O que era aquilo? - Lin moveu a cabeça negativamente falando - Eu não sei...mas era um dos peões de uma presença muito poderosa, eu podia ouvir o demônio em meu corpo chamando pelo nome de seu mestre, recebendo ordens como sussurros das sombras, Zenor, Mestre Zenor -  A garota franziu as sobrancelhas colocando Yashi deitado no gramado - Então esse é o nome do desgraçado... - Lin se aproximou vendo o estado do cavaleiro com um certo pesar - Ele parece bem mal mesmo... - O loiro olhou para baixo pensativo por um instante e disse pegando a própria lira - Sei que tudo que menos queremos agora é ouvir uma musica, pessoalmente nunca mais desejo tocar em um instrumento musical, mas se deixarei de ser bardo ao menos que minha ultima musica seja uma canção curativa...me permite? - Aya apontou a adaga para a face do rapaz como uma ameaça silenciosa caso ele fizesse algo de estranho mas as notas que começavam suave traziam um certo relaxamento muscular, a dor incomoda aos poucos se tornava menos perceptível fazendo a ladra baixar sua adaga e relaxar um pouco, estava cansada demais para resistir a qualquer possível ataque, não tinha espirito para ser agressiva naquele momento e Lin com o coração cheio de arrependimento tocava suas lagrimas a fora naquela melodia usando todo Ether que pudesse dispor naquela magia musical para garantir que seus novos amigos sofressem menos com o resultado de seus erros como bardo, uma canção tão bela que fizera Aya adormecer sem ao menos perceber.


O calor da fogueira chegou a tona, o estalar da madeira ao fogo, o cheiro de boa comida, era quase como um bom sonho, despertou ao ouvir o arrebentar de uma corda - Izak, um valente mago das chamas - Disse o loiro arrebentando outra corta de sua lira dizendo - Durudum, um bárbaro beberrão de espirito gentil - E outra corda fora arrancada - Elika, uma arqueira que..- Ele evitou a discrição, baixando a face encarando as chamas da fogueira que havia sido montada, era noite e Yashi estava sentado ao lado de Aya, sua mão esquerda estava enfaixada e sua boca havia sido curada dos danos maiores ainda que houvesse marcas de irritações na pele, ele encarava atenciosamente o ex-bardo se despedir dos amigos que havia matado, Elika parecia ser um interesse amoroso do rapaz, Yashi só conseguia imaginar o quão difícil havia sido para o Elven ver seus amigos e amor morrerem pelas proporias mãos, Após ter algumas cordas arrebentadas a lira fora atirada longe pelo gramado, Lin estava de punhos fechados inspirando fundo contendo seu luto e frustração, Yashi indagou - Sei que não podemos trazer seus amigos de volta mas...você é bem vindo na nossa equipe se quiser - Aya encarou o ex-bardo por um instante para assim dizer - Verdade - Lin forçou um sorriso ainda que não estivesse curado de seus males e logo disse se sentando ao chão -  A unica coisa que eu não me arrependo de ter feito enquanto possuído foi prometer ajudar vocês após sairmos dessa maldita floresta...agora que sou inútil como bardo não sei se poderia ser de alguma utilidade -

Eles se entre-olharam por um instante e o cavaleiro reafirmou - Chegaremos a Baruca primeiro, la decidira melhor qual rumo tomara na sua vida -  Não queria pressionar o rapaz que estava com o espirito cansado ainda que a mente estivesse cheia do desejo de retribuir para com aqueles que lhe salvaram a vida - Esta certo...vamos comer um pouco e dormir, essa floresta ainda não esta apta a nos trazer novos perigos, antes do dia raiar estaremos longe daqui - Disse Lin de maneira assertiva conforme se deitava para dormir de costas para a fogueira, não tinha estomago para comer nada e tão pouco se importava em sujar sua roupa naquele momento, Aya fitou Yashi ao lado e ele a retribuiu com um olhar paciente, nenhuma palavra parecia útil naquele momento, de certo comer e descansar era realmente o melhor que poderia ser feito.  


- Holyholyholy yolyolyoly~ - Cantarolava Nox segurando o timão como um pirata bêbado forçando sotaque enquanto Jhon o encarava com repulsa como se estivesse olhando para um doente mental e logo dizia - Somos piratas, não retardados, não cantamos assim e nem fazemos Yar seu Giga ignorante - Nox sorriu de forma cretina olhando para o capitão amarrado dizendo tirando sarro - Isso quem decide é o capitão e o capitão é aquele que tem o chapel, aproposito, onde esta o seu papagaio? - Jhon rangia os dentes incrivelmente puto pulando em Nox enganchando suas pernas na cintura do rapaz conforme mordia o ombro do Giga rosnando furioso - Você me paga desgraçado ! - O Giga gritava de dor puxando o cabelo de Jhon tentando tira-lo de cima - Sai seu atum podre! sai! - Pyon estava sentada em um barril la em baixo comendo com a tripulação que parecia te-la adotado como mascote já que conversavam e riam com ela ignorando a briga dos dois capitães la em cima.

Foi então que um "Thump" foi sentido nos pés, Nox arregalou os olhos junto de Jhon que começou a berrar loucamente - Meu navio!, seu merda cuidado com as pedras! - Nox empurrou a cara de Jhon para o lado olhando para fora do barco percebendo que haviam parado na costa de uma ilha que só estava oculta até então graças a grande quantia de nevoa pela manha - Não é uma pedra imbecil, chegamos em terra firme - Jhon erguia a sobrancelha em duvida e olhou para cima vendo que um baixinho gordinho estava roncando com a luneta no colo - Timy seu desgraçado ! você devia avisar quando houvesse terra firme, se eu ver um único arranhão no casco do meu navio você vai andar na prancha seu maldito ! - 

E assim que a nevoa baixou todos viram uma enorme ilha tropical com aves enormes, coqueiros e floresta densa onde grunhidos poderosos de animais ferozes vinham da mata, seria eles capazes de enfrentar os perigos da ilha selvagem?

A Lenda de EtherionOnde histórias criam vida. Descubra agora