Capítulo 3 - parte 3 (não revisado)

19 2 0
                                    


Daniel sorria enquanto ouvia a conversa no andar de baixo. Para não perder mais tempo, enfiou-se em um compartimento pequeno e que lhe permitia ficar a sós e isolado.

Após, concentrou-se e começou a vasculhar as mentes de todos no prédio. Havia milhares de pessoas ali dentro e as centenas de militares a procurá-lo não facilitavam nada a sua vida, mas, ao fim de meia hora, encontrou o que procurava.


Suspirou aliviado e permaneceu "ouvindo" as conversas durante um tempo de forma a se inteirar do conteúdo da troca de informações entre o imperador e os assessores. Assim que concluiu as pesquisas, ativou o campo energético de proteção e, ainda invisível, saltou.

― ☼ ―


Na sala de audiências do palácio de Tantor, o imperador discutia com os seus conselheiros.

– O que faremos? – perguntou de novo.

– Eles são poucos, mas muito poderosos, Majestade – disse um dos assessores. – Recomendo muita cautela porque nós sabemos muito bem como foi a última batalha.

– E aquelas naves menores em forma de disco? – perguntou o soberano. – São muito diferentes das esféricas, não acham?

– O mais provável é que sejam aliados, Majestade.

– E a diferença no tamanho e na quantidade das naves?

– Não sabemos nada a respeito, Alteza – disse o primeiro conselheiro. – O melhor que temos a fazer é considerá-los como uma única frota.

– Exigem a nossa rendição incondicional ou nós seremos destruídos – disse o soberano, pensativo. – Nós não podemos aceitar um ultimado de humanos. Talvez o melhor seja mandar a nossa frota atacar logo. Será que o poder de fogo deles seria o bastante para nos aniquilar?


– Alteza, independente de ser ou não suficiente, lembre-se de que um tantoriano jamais se rende.

– Eu sei, mas quero avaliar as nossas chances – resmungou o soberano. – Afinal...

Foram interrompidos por alguém batendo na porta. Logo a seguir ela abriu-se e dez tantorianos armados entraram.

– Desculpe, Alteza, mas temos um humano aqui no palácio e destaquei um grupo para sua proteção porque ele pode ficar invisível.

– Ninguém entrou aqui, Tenente, e estamos em reunião há algumas horas – disse um assessor, irritado pela interrupção. – A menos que o humano seja capaz de atravessar as paredes, não entrou aqui.

– Mas ele pode...

– Ficar invisível, já entendi – interrompeu o imperador, fazendo um gesto displicente. – Acontece que essa porta não foi aberta até agora e a nossa reunião é secreta. Então o senhor vai pegar os seus homens a ficará na porta, mas do outro lado, por favor.

– Sim, senhor – disse o tenente. – Faremos como determinou.

O militar sabia que não ia adiantar discutir com o imperador e, se a força tarefa ficasse sempre na porta. Estariam seguros. Bateu com o punho no peito e saiu.


– Temos quinhentas mil naves cercando o planeta – começou a dizer um assessor. – Eles não podem conseguir vencer isso.

– Mandamos quinhentas mil unidades para o mundo deles e não voltaram. Isso é preocupante. Bem sei que as nossas proteções de superfície são poderosíssimas, mas queria uma boa alternativa.

DB II - Ep10 - O Cerco a TantorOnde histórias criam vida. Descubra agora