Capitulo 4

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Amber

A manhã seguinte chegou e nem eu nem Melissa discutimos de manhã para surpresa de Beth e Alicia.
– Muito bem... O quê que se passa hoje com vocês? - perguntou Alicia incrédula com o silêncio na cozinha.
– Nada, porquê? - respondeu Melissa trincando a torrada cheia de manteiga.
– Porque tanto eu como Beth estamos habituadas aos vossos gritos e insultos matinais, já é rotina para nós.
– Passa-me o bacon Beth, por favor. - digo por fim, estava muito em baixo e sabia que Melissa também estava por isso cortei o assunto.
– Ok... Já que não estão a fim de falar nada, eu vou falar. Participei nas audições do Romeu e Julieta e vou saber hoje se serei a Julieta ou não.
– Que bom que você ouviu os meus conselhos mana. Tenho a certeza que vais conseguir.
– Assim espero Amber.
– Estou muito feliz por estares a participar em algo que gostas. - diz Melissa apertando a mão de Alicia em sinal de apoio.

Assim que Alicia saiu e Beth foi para a varanda, Mel entregou-me o envelope com as fotos e foi para a empresa. Minha irmã queria muito ir comigo a esquadra mas não podia abandonar as suas obrigações na empresa, era muito dedicada, sabia muito bem que não iria deixar mal os nossos pais.
Saio de casa e vou diretamente para a esquadra e após dizer o meu nome e dizer o assunto que me levava até lá me encaminharam para o gabinete do inspetor Rodriguez. Allan Rodriguez.
Era um homem alto, negro, olhos verdes claros, novo e bastante bonito.

"Foco Amber!! Tu vieste até aqui para tratar de assuntos sérios, ele é só mais um homem como todos os outros." Penso para mim mesma.

– Inspetor Allan Rodriguez – apertou a minha mão com determinação – O que há traz aqui ?
– Como disse na recepção eu sou Amber Adam's filha do casal Adam's que morreu num suposto acidente há três anos atras.
– Sim, e temos provas que o jato sofreu sabotagem. Estamos apenas a espera da ordem do Ministério Judicial para dar início a investigação.
Retiro o envelope e entrego ao "agente lindo".
– Acho que deve ver isto aqui que encontrei no quarto dos meus pais.
Ele abre o envelope e observa as fotos, uma a uma com um ar incrédulo.
– Com as provas de sabotagem mais as fotos e a ameaça temos tudo para abrir o caso o mais rápido possível. – diz o inspetor – Hoje mesmo vou tratar de tudo no ministério e a partir de amanhã começaremos a investigar.
Sorrio e aceno a cabeça. Estava muito frágil com tudo isso.
– Quer tomar um café? – pergunta Allan – Assim até pode me contar como era o seu pai.
–Claro.

Fomos ao restaurante no final da rua e acabamos por pedir mais que um café. Contei-lhe tudo que sabia sobre o meu pai e como é que ele era connosco, Allan apontava tudo num bloco de notas ao pormenor. Não consegui deixar de reparar no físico dele, possas que homem, sempre tive fantasias com polícias mas esse era um anjo caído do céu, perdia-me só de olhar para os seus olhos e os seus lábios...
– Está tudo bem com você ? – pergunta o polícia curioso.
– Porquê que não haveria de estar?
– Parecia estar muito distante talvez noutro planeta. – gozou e não pude deixar de sorrir com a piada.
–Era bom se estivesse noutro planeta. E isso tudo fosse um sonho ...

Ele deve ter sentido mágoa nas minhas palavras porque acariciou a minha mão como um ato reconfortante.
– Não se preocupe nós vamos apanhar o culpado pela morte dos seus pais. – ele deve ter se apercebido que eu olhava para as nossas mãos porque em seguida as tirou muito rapidamente – Peço imensas desculpas menina Adam's.
– Amber. Pode me tratar por Amber, e não faz mal só quis me consolar eu percebo. – seguro a mão dele – Eu confio em você e sei que vai conseguir apanhar esse criminoso.

Melissa

Amber neste momento estará na polícia e eu devia estar com ela mas estou aqui fechada na empresa. Decido sair para ir apanhar ar e pensar melhor sobre tudo que estava a se passar. Estava com fome então decidi ir a pé até ao restaurante a um quarteirão dali . Enquanto me dirigia para lá, embato contra um homem e me apercebo que o conheço.
– Miss Adam's, bons olhos a vejam. – cumprimenta Allan com um sorriso radiante é encantador.
– Olá senhor Smith, devia ter mais cuidado por onde anda.
– Foi você que veio contra mim e deixou cair o meu café.– defendeu-se sem tirar o sorriso da cara, possas, que sorriso — Acho que devia compensar-me por ter deixado cair o meu café.

Sisters: Uma Vida NovaOnde histórias criam vida. Descubra agora