O Cavaleiro 32°

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Sempre que penso na distancia,

Suplico pelo esplendor.

Sonho em ti ter por um mero instante.

Pois sem ti duvido da minha existência.

-Mina Malid

Zulqarnain observava o homem na sua frente com muita desconfiança, quase certeza de que ele tinha culpa no cartório, e escondia algo

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Zulqarnain observava o homem na sua frente com muita desconfiança, quase certeza de que ele tinha culpa no cartório, e escondia algo. Aquele homem tentava a todo custo manter sua expressão serena, mas seu sorriso nervoso quase lhe entregava.

-Leve o tempo que precisar, eu espero.- O comandante de Haran palavreou, enquanto o líder daquela tribo ainda indeciso. Quando de repente uma criança ainda nos seus anos de inocência entrou a correr na tenda.

-Jid, jid (avo, avo.)- Disse eufórico, mas antes que pudesse chegar ao seu avo e jogar-se no seu colo como sempre, duas mãos masculinas e forte o seguraram; Zulqarnain o levou para junto de si, e em um instante todos os homens que ali estavam se puseram a postos. Os homens daquela tribo se puseram na defensiva perante aquela situação, mas não escaparam da ofensiva, que não demorou nem um pouco para apontar suas armas.

O seu líder logo levantou suas mãos, sinalizando para que não fizessem nada. O miúdo olhava sem intender, logo percebeu-se do perigo e tornou-se intimidado pelo homem que o fizera sentar em seu colo. Zulqarnain tornou o sorriso cínico olhando para o miúdo e depois para o seu avo.

-Qual é seu nome?- Ele perguntou, o miúdo deu ombros sem saber qual melhor posição para tomar. -Ohh, não vai me dizer? Esta bem.- Zulqarnain suspirou num tom brincalhão. -Gostas de andar de cavalo?- O miúdo se tornou pensativo entrelaçando seus dedos, mas mesmo assim abanou a cabeça envergonhado. -Eu tenho um cavalo lindo aí fora, quer ver?- O rapaz olhou para o avo, que o olhava com piedade enquanto seu coração acelerava dentro de seu peito.

-Eu quero meu Jid.- Disse tentando levantar, mas o homem não o ia deixar ir.

-Va la, será divertido.- Insistiu ao se levantar e pegar o miúdo pela mão.

-Deixa o miúdo, Zulqarnain.- Uma voz familiar ordenou sem temor. O comandante olhou para o Sheikh com um sorriso. -Chega de reclamar vidas inocentes, não acha?-

-Na verdade, só íamos dar um passei, enquanto seu avo se decidia. Infelizmente estragaram a nossa viagem, já que aqui esta Sheikh.- Zulqarnain disse antes deixar a mão do miúdo, este que de imediato correu para junto de seu avo, o senhor não perdeu tempo e pediu que o levassem dali.

-Aqui me tem.- Al Domiaty anunciou.

-Muito bem.- Mandou seus guerreiros os segurarem, mesmo estando ali por sua livre espontânea vontade. Zulqarnain tornou-se ao líder daquela tribo. -Este e um nível de traição que Al Thamud não tolera.- Avisou com antecedência, o senhor já sabia que ali haveriam consequências; podem ate demorar, mas serão drásticas.

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