O Cavaleiro 22°

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"Home is where I am with you." 

(Nao consegui uma traducao satisfatoria)

Em plena luz do dia naquela sala luxuosa, encontravam-se homens com sede de sangue, dispostos a percorrer o que fosse para derramar mais sangue

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Em plena luz do dia naquela sala luxuosa, encontravam-se homens com sede de sangue, dispostos a percorrer o que fosse para derramar mais sangue.

Na frente, perto de seu pai sentava-se um homem com o semblante diferente. Seu espírito não mais habitava aquele corpo; ele estava ali omnipresente. Roçava o seu queixo devagar antes de abandonar os seus profundos pensamentos e olhar para quem o arrancou do lugar onde estava, a km dali. O impacto de volta foi enorme e olhava com curiosidade a volta da sala que se silenciou esperando algo dele.

-O que acontece contigo? - O sultão cobrou. Fahmy pestanejou repetidamente sem poder controlar o impulso. -Tem alguma outra preocupação? - Seu pai olhou suspeito.

Os traços de seu rosto diziam tudo; ele estava apenas cansado daquela guerra. Não o interessava mais, e não queria saber nada daquilo. Mas porque seu pai demandara que ele tomasse parte, ele estaria ali mesmo que não fosse de seu agrado.

-Somente estou de ouvidos.- Tentou camuflar a sua falta de interesse se recompondo.

-Então partirão logo como falei.- Disse o Sultão num tom de comando, aquilo não estava aberto a discussões. Fahmy tentou estender seu sorriso cínico olhando a volta, para aquele conselho que era uma fantochada, repleta de lambe-botas.

-Eu serei pai muito em breve e a vossa Majestade deseja me mandar em uma missão justamente nesse momento! Missão essa que pode terminar em tragedia.- O príncipe reclamou.

-Você é o príncipe da cavalaria.- O sultão inclinou seu corpo na sua direção, e com o olhar enegrecido disse dentre os dentes. -Vai ser pai, dê motivo de orgulho para seu filho. Va se tornar homem.-

-Essa é apenas mais uma guerra que nos vai levar a nada.-

-Se não gosta do cargo que ocupa, saiba que existe quem o faça melhor.- Fahmy sabia que se referia a seu primo Zulqarnain, que um dia estava convencido de que seria ele a liderar o exercito de Harran. Mas o regime oligarca totalitarista que se vivia ali, não o deixaria. Ao invés teve esse cargo o menino mimado, filho do sultão; que sem ajuda de Zulqarnain não conseguiria nada.

O silencio emergiu entre a tensão naquele compartimento.

-Não deve confrontar seu Sultan assim.- Ouviu a voz baixa dizer sobre seu ombro. Fahmy se recusou a virar para olhar para o ancião. Apenas trocou um olhar de odio com seu pai antes de mutar a expressão de seu rosto.

-Como quiser, ya Sultani.- Respondeu com frieza. Sem muito esforço ou no que pensar pôs-se de pé e fez vina antes de começar a andar de encontro a porta de saída.

-Onde vai? Ainda não acabei.- Ordenou Al Thamud.

-Vou aproveita o pouco tempo que tenho para me despedir da minha mulher.- Falou sem mais.

O Cavaleiro do DesertoOnde histórias criam vida. Descubra agora