O Cavaleiro 18°

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Quando eu afundo os meus olhos nos teus olhos

Capturo um vislumbre da Aurora

E vejo a antiguidade d'um Ontem

E vejo aquilo que não sei

E vejo o universo flutuando

Entre meus olhos e os teus.

-Kaleel Gebran

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"Sheikh!" Surpresa tomou conta de sua voz. Ela tinha certeza que ia sair sem ninguém se aperceber e que tudo estava a sair-se bem. Mas esse não foi o motivo de sua surpresa. Aquele homem estava na sua frente, quase se afogando no seu próprio suor. Não foi difícil adivinhar que ele estava febril, como esteve nos últimos dias. Mesmo assim conseguiu se levantar de seus aposentos e viu ela na escuridão da noite tentando se evadir para se meter numa encrenca.

Zuleica não sabia como podia aquele homem em tao grave estado pode se levantar e ir ate ali. Só tinha uma explicação, mas o mesmo passou a metros de seus pensamentos. Ou ela simplesmente não queria assumir que Al Domiaty foi guiado a ela urgência de a ver e saber que ela se encontra bem, sã e salva.

"Onde vais?" O Sheikh perguntou com grande esforço, mas mesmo assim sua voz saiu morta de seus lábios. Ela pode perceber a cobrança no seu tom de voz. A sua mão ainda a volta de seu braço, ele a segurava com força e não parecia que ia deixar Zuleica ir sem ou com explicação.

Zuleica tentou mover os lábios dela para dizer alguma coisa, mas as palavras lhe escaparam. "Zuleica!" Ele chamou, tossiu interrompido pela dor que fulminou em seu corpo.

"Sheikh, não pode se levantar." Cuidadosamente pôs o seu braço a volta de seu torso para o suportar. Seu coração ainda batia descompassado, pelo impacto do incidente. "Vamos. Precisa voltar para o seu compartimento." Zuleica suplicou, mas ele não se moveu. Resumiu seus atos a olhar para ela. Estava difícil acreditar que ela estava ali, mesmo a tocando, mesmo os seus corpos estando tao perto; sua cabeça brincava com seus sentimentos e fazia ele pensar que a ia perder.

Não queria se sentir assim, principalmente por Zuleica, ela não merecia, mas era dona de seu coração.

"Sheikh, por favor facilita." Implorou novamente, ele observou as linhas de estresse em seu rosto e decidiu ao de menos sair do transe que estava emergido.

Al Domiaty reclamou de dor ao se deitar na tenda, mas logo virou sua atenção para a mulher que o acompanhara, não ia a dar chance de se ir. Tinha muito que falar, queria a sua companhia ate que parecesse real isto que parece uma miragem na sua frente.

Zuleica tratou de o cobrir tentando não se ruborizar com o olhar que a observava fixamente. Deu um sorriso acanhado para o homem que não mudou a sua expressão observadora, seria. E ia se levantar, quando sentiu sua mão firme a volta de seu pulso fino de mulher.

O Cavaleiro do DesertoOnde histórias criam vida. Descubra agora