"O que está acontecendo?" repetia sem parar a voz na minha cabeça, "O que ela quer dizer com 'você tem que acordar'?", "De que festa ela estava falando?", "De que acidente ele estava falando?".
São muitas perguntas para que eu pudesse responder imediatamente, então eu saí daquele lugar correndo para ir até os meus amigos, contar tudo para eles, mostrar aquele bilhete estranho; quando eu cheguei onde eles estavam, gritei:
- Gente!
Mas eles pareciam não me ouvir.
- Hey, gente, eu 'tô aqui!
E foi nesse momento que a minha vida ruiu, eles estavam chorando.
As paredes mudaram para uma cor branca, eu parecia estar em um hospital, eu vi o Jake ao lado de uma maca segurando a mão de alguém, eu me aproximei dele e... A pessoa na maca era eu, meu corpo estava estirado numa maca de hospital, mas o que tá acontecendo aqui?
Eu não estava entendendo nada, alguns segundos atrás eu estava tentando chamar a atenção dos meus amigos e agora eu estou numa sala de hospital observando meu próprio corpo. Que tipo de brincadeira é essa?
Então eu a vi entrar, minha mãe, ela estava vestindo uma blusa rosa com uma jaqueta branca por cima, calças brancas e sapatos desportivos.
- Mãe! - Eu gritei, mas ela não me ouviu. - Mamãe! - Gritei de novo, mas nada acontecia.
Jake a segurou pelos ombros e disse:
- O doutor disse que... - A voz dele ia morrendo conforme as lágrimas saiam e desciam pelas bochechas dele - Ela pode morrer.
Pode morrer.
Pode morrer.
Pode morrer.
Morrer.
As palavras dele ressoavam na minha cabeça; Jake chorou como nunca antes e pegou minha mão, para me dizer:
- Você não pode me deixar, você não pode nos deixar sozinhos, precisamos de você, você tem que acordar, tudo isso é a minha puta culpa! Eu que tinha que estar aí nessa maca, e não você! Se eu tivesse conseguido ver aquele carro!
E a minha vida parecia ruir cada vez mais.
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Feliz dia dos namorados abigos, beijobeijo u3u
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