Tome seu próprio café

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》》ALGUNS DIAS ATRÁS...《《

Acordo em um salto após ouvir os trovões devido a tempestade, massageio meu pescoço e observo a sala a procura da menina e ela ainda está ali.

Seus olhos azuis se parecem como dois faróis no escuro, seu cabelo ja está seco e cai sobre seu rosto. Ela está encolhida no canto do sofá me encarando.

--Sou Maisie. -A vós dela é calma e apreensiva ao mesmo tempo.

******

Maisie me contou como chegou la na sala do Harvey. Ela estava caminhando perto do hospital onde sua avó esta internada e viu no jornal o nome da firma e foi direto pra la, começou a chover no meio do caminha então ela teve que pegar um taxi. Ela disse ao segurança do prédio que seu pai tinha esquecido do seu aniversário e que provavelmente estaria com a amante no escritório e o guarda a deixou subir sem questionar.

--Por que a Pearson Specter Litt? Poderia ter ido a qualquer lugar. -Falo pegando as duas xícaras com chá e voltando a sala, ela da de ombros enquanto pega a xícara.

--Minha vó nunca conseguiu limpar o quarto da minha mãe e as vezes eu entrava la dentro e ficava mechendo nas coisas dela e um dia eu achei um cartão de visitas, o nome estava apagado e só dava pra ler "advocacia" e... eu achei que talvez... -Ela exita encolhendo os ombros.

--Que talvez? -incentivo a continuar enquanto tomo um gole do meu chá.

--Quando eu perguntei a vovó ela disse que minha mãe não estava envolvida com nada do tipo entende... Então eu achei que fosse... sabe... -ela faz uma pausa e bebe seu cha --É bobagem achar isso. -Ela fixa o olhar no chão

--Achou que fosse do seu pai? -ela me encara e concorda com a cabeça. A muitas firmas de advocacias na cidade, não ha muita probabilidade de que o pai dela trabalhe na Pearson Specter Litt.

--Quando me dei conta de onde estava entrei em pânico e me escondi e ai eu acordei aqui. -Ela sorri de canto --Desculpa.

--Não precisa se desculpar. -Fico encarando Maisie tomar seu chá. --Você quer ligar pra alguém?

--Ligar pra quem?

Essas palavras é como um soco no estômago. Ela é tão joven e ja passou por tanta coisa, teve que crescer sem ter a mãe por perto, não conheceu seu pai -que provavelmente não sabe da sua existência- e agora sua avó está morrendo em uma cama de hospital.

--Eu estava dormindo na casa de uma das enfermeiras e eu não sei o número do celular dela.

--Não tem mais ninguém?

--Tem a Sophia, mas ela ta em turnê no Japão com as apresentações do ballet.

Balanço a cabeça, não tendo a menor ideia do que fazer agora. Pergunto a ela em que hospital sua avó está internada e procuro o número no Google.

--Você vai dormir aqui hoje. -Digo pegando meu celular e discando o número. --Não tem rede.

--Você não pode... -Diz ela colocando a xícara em cima da mesa --Tentar de novo depois?

Assinto com a cabeça e ela faz um gesto com a boca que é muito familiar.

--Vou te mostrar o quarto de hóspedes e tem roupas dentro da sua mochila? -Digo apontando pra mochila tentando não pensar muito no que acabei de ver.

--Não, só tenho alguns livro.

--Tudo bem, eu devo tem algo que sirva em você... vamos!

》》HOJE《《

Ja havia passado do expediente e praticamente todos ja tinham saido. Estou na copiadora quando vejo Rachel vindo até mim com um copo de café.

--Espero que esse café que está segurando seja pra mim.

Ela faz cara de "desculpa" e reviro os olhos fingindo indignação

--Desculpa Donna, mas eu ja tomei tudo no caminho até aqui.

--Eu mataria por um café agora então -pego meus papéis e encaro- Pode falar.

--Falar o que? -Diz sorrindo desentendida colocando os papéis no triturador. --Okay tudo bem eu falo, Mike e eu marcamos a data, finamente. -Ela está radiante.

--Ja não era sem tempo, ja tava achando até que fosse me casar primeiro.

--.... Donna Specter! -Ela diz num tom extremamente baixo, mas ainda sim consegui ouvir.

--O que disse?

--Que? Oi? Nada -ela limpa a garganta --Eu ja vou tenho um monte de coisas pra fazer. -Antes de sair eu a abraço a parabenizando.

Marcamos de comemorar mais tarde então seguimos para lugares diferentes. Meu objetivo é ir até a cozinha pegar um café duplo e então o faço. Sigo pra cozinha e pego uma xícara.

--Que droga o que eu faço com isso se você ja esta tomando café. -Ouço Harvey atrás de mim, ele está segurando dois copos.

--Leite desnatado, chantilly e açúcar? -pergunto semicerrando os olhos.

--Você sabe que sim. -Ele se aproxima e tira a xícara da minha mão colocando o copo.

--Tudo bem fala o que eu tenho que fazer?

--Mike acabou de sair com Louis, Rachel ta ocupada com o caso deles e eu preciso achar algo até amanhã a tarde e até agora só tenho um monte de bosta.

--Só vou te ajudar porque me trouxe café -Ele sorrir de canto, esse sorriso... --Okay vamos!

Fomos até a sala do Harvey que está cheia de papéis espalhados.

--Meu Deus! -Exclamo ao entrar. --Vou precisar de mais do que um copo.

》》Caso...
Maria Bellini junto com sua empresa era a nova cliente da firma Pearson Specter Litt. Maria estava com problemas pois a firma rival entrou com um processo e não estava querendo aceitar o acordo que tinham proposto e estava sendo forçada a se afastar do seu cargo, além de estar enfrentando diversas acusações eles tinham que resolver tudo antes da notícia vazar a público e causar um estragado. Todos eles estavam no caso e quanto menos gente souber melhor.《《

****

Faz muito tempo que Harvey e eu estamos aqui, meus pés estão doendo dentro desse sapato e não tenho nem idéia de quantos cafés ja tomamos. O sol esta nascendo ainda.

Noto que o Harvey esta na outra ponta do sofá e estava com as mangas da camisa regaçada, afroxou a gravata e seu paletó está em algum lugar por ai.

Estico meus pés em sua direção e ele tira meus saltos sem perder a concentração no que estava lendo e os joga no chão. Continuo com meus pés em seu colo por preguiça de tirar. Conseguimos pouca coisa até agora e não aguento mais ler.

Pego meu café e bebo. Harvey estica seu braço pedindo o copo e passo a ele.

--Não sei como consegue beber essa coisa. -reclama depois de tomar.

Faz tempo que não viramos a noite juntos, meu cabelo deve ta todo desgrenhado e devo estar com a maior cara de sono. Até porque estou morrendo de sono mesmo.

--É só não beber. -Tento pegar meu copo, mas ele é mais rápido e o ergue acima da cabeça, sem pensar fico de joelhos no sofá e apoio minha mão em seu peito conseguindo meu café de volta, no entanto ficamos muito, muito próximos um do outro. Meus olhos seguem do seus direto para sua boca. A essa altura meu cérebro gritava PERIGO!!

(REVISÃO) Need? Need!Onde histórias criam vida. Descubra agora