Me conta!

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*NO CAPÍTULO ANTERIOR*

O escritório parecia até mais leve depois de encerrar o caso, Harvey encontrava-se sentado em sua cadeira extremamente confortável observando Donna tomar seu café. Quando a ruiva desviou o olhar e seus olhares se encontraram ele piscou pra ela e a piscadela logo foi retribuída com um sorriso.

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Com a chegada da noite, todos estavam bastante animados, saíram do prédio e seguiram direto para seu pub preferido. Até Jéssica tinha entrado na onda de comemoração "muito bem obrigado!".

[...] -E você Donna vai pedir o que? - perguntou Rachel levando a azeitona de seu Martini a boca.

Donna que estava muito distraída fazendo círculos imaginários com o dedo na mesa e nem ouviu a pergunta da amiga, até sentir o dedo de alguém a espetando na costela.

-Ai! O quê? -respondeu saindo de seu transe e massageando a área -Eu vou querer uma água só.

Todos os amigos voltam sua atenção pra ruiva com cara de interrogação.

-Ué você tá grávida? -Pergunta Mike num tom divertido virando uma dose.

》Donna
Mike só podia estar brincando comigo, só por pedir água eles acham que eu to grávida, eu não to grávida! Que isso fique claro.

-O quê? Não, é claro que não -respondo rápido -Eu só não estou a fim de beber hoje... -Mike ainda me olha de um jeito desconfiado, olho rapidamente pra Harvey que esta me olhando e desvio o olhar -Preciso fazer uma ligação, com licença.

Saio rápido da mesa e vou pra fora do pub discando pra casa.

》》No Pub depois de Donna sair as pressas...

Os olhares seguiam Donna até a saída e Harvey se perguntava pra quem ela ligaria.

-Isso me pareceu um sim -Mike diz debochado virando outra dose junto com Rachel -Imagina a Donna grávida isso seria... Meu Deus, não sei o que seria!

Rachel ria em negação. -A Donna, só para o seu governo, daria uma ótima mãe. -ela bate de leve seu copo em forma de brinde com o do Mike.

-Bom, se ela de fato está mesmo não vai demorar muito pra aparecer a bar...

-Mike... -Harvey o corta -Cala boca! -por algum motivo esse assunto deixa Harvey irritado, nervoso, com raiva e por entre outras emoções que ele se negava a demonstrar.

Ele bebia seu whisky agora com uma expressão de extremo tédio e irritação, fazendo com que o assunto "Donna" se encerrasse e assim que termina se despede e sai.

O local está praticamente cheio de pessoas alegres e bêbadas sorrindo umas para as outras e rindo descontraidamente.

Pelo vidro da porta Harvey ve Donna sorrindo falando com alguém no celular. Ele enfia as mãos no bolso e sai com sua postura impecável, com o andar firme e sem demonstrar emoção alguma ele abre a porta e sai.

Ela sorri falando que ja esta indo pra alguém e enquanto desliga arruma uma mecha de cabelo atrás da orelha.

》》Harvey
Donna nunca foi fácil de ser entendida, mas hoje estava no limite de "o que está acontecendo?" Geralmente ela mesma falava o que se passava de errado e desabafava, mas nessa semana ela está distante e distraída.

Isso me faz pensar que talvez ela tenha encontrado alguém, um namorado sei la, mas Donna nunca foi de se deixar distrair por isso. E não quero que ela esconda as coisas de mim, por mais que seja por isso ou qualquer outra coisa, algo em mim necessita saber o que se passa com ela.

-Quer uma carona? -pergunto pegando a chave do carro.

Ela aceita. Isso pode ser bom, ela vai me falar o que está acontecendo, pois não vai aguentar ficar quieta o caminho inteiro.

Nunca me enganei tanto, praticamente o caminho todo não trocamos uma palavra. Não por falta de tentativa, ela parecia fugir das minhas perguntas e desviava do assunto com respostas curtas. Parei o carro e antes que ela descesse perguntei:

-Donna esta tudo bem?

-É claro! -Dito isso ela abre a porta do carro e volta a atenção a mim -Boa noite Harvey.

》》Donna
Era difícil ignora-lo assim, mas precisava pensar e aceitar a carona pode não ter sido uma boa idéia.

Sei que vou ter que contar a ele de qualquer maneira, mas não é a hora certa ainda. Ou talvez seja e eu só esteja enrolando pra falar.

Ficar aqui nesse carro encarando esses olhos é como uma tortura, que me faz querer contar tudo. Eu quero mais do que tudo sair desse carro antes que eu o beije.

Meu corpo parece que está colado no banco e não consigo desviar o olhar, eu sinto sua respiração e um leve aroma de whisky emanando da sua boca, droga!

Tanto dizer a ele "Não posso contar ainda" e posso estar ficando louca, mas acho que ele entendeu, pois concorda com a cabeça e desviando o olhar.

-Tudo bem, boa noite Donna!

(REVISÃO) Need? Need!Onde histórias criam vida. Descubra agora