Capítulo 6 - Resoluta Dedicação

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– Por aqui, Sr. Fletcher. – Disse o mordomo, depois de fechar os portões.

O mordomo pegou um castiçal de cima de uma mesa, acendeu as três velas, e foi caminhando pelo corredor. Mark andava logo atrás, reparando em cada detalhe da imensa construção. O piso de porcelanato refletia a luz dos candelabros presos nas colunas revestidas de madeira, com entalhes na base e no topo, que sustentavam as belas cúpulas no teto:

– Quantos empregados tem aqui? – Perguntou Mark.

– Apenas eu, senhor. – Respondeu o mordomo.

– E você cuida de tudo isso?

– Sim. É um prazer para mim manter este local.

Mark olhava com atenção para todos os lados, temendo ser surpreendido:

– Não há nenhuma lâmpada ou algum aparelho elétrico por aqui? – Disse Mark.

– Meu mestre faz questão de usar apenas o necessário. Mas os equipamentos elétricos que temos aqui são alimentados com a nossa fonte própria de energia, gerada com a força das marés.

– Entendo.

– Mais alguma pergunta, Sr. Fletcher?

– Como construíram esse castelo? Qual é a história desse lugar?

– Esta é uma construção muito antiga, idealizada e construída pelo Sr. Wade Bradley, avô do Sr. William Bradley Jr. Este castelo foi mantido em segredo e, após o Novo Dilúvio, houve apenas o cuidado de fazer a estrutura que sustenta o solo no qual estão os alicerces.

Mark então pegou o celular, procurou na caixa de mensagens e, achando a qual recebeu com as coordenadas falsas, enviou uma resposta dizendo: "Ele está aqui." Mark seguia o mordomo de perto, andando desconfiado, com a mão sempre próxima do coldre. Ambos subiram por um lance de escadas até a torre no quarto andar daquela construção:

– Meu mestre está na sala adiante. – Disse o mordomo.

Os dois foram até o final daquele corredor. O mordomo abriu um dos lados da porta dupla, e ambos entraram:

– Mestre. – Disse ele, ao entrar. – O Sr. Mark Fletcher chegou.

– Obrigado por trazê-lo até aqui. – Respondeu o homem no outro lado da sala, sentado numa poltrona, atrás de uma grande mesa, virado para o lado oposto, olhando para a janela. – Pode ir, Sebastian. Eu quero falar com o convidado a sós.

– Como desejar, mestre. – Disse o mordomo, saindo da sala e fechando a porta.

Uma vitrola em cima da mesa tocava uma bela música de um solo de piano:

– Eu estava ansioso para lhe conhecer. – Disse o homem se virando na poltrona e olhando na direção de Mark. – Você já deve saber quem eu sou, não é?

– Sim, Sr. William Bradley Jr. Presidente da PROUD.

– Exato. E você é Mark Fletcher, Reparador.

– O senhor me conhece?

– É claro que conheço. Como Presidente desta empresa, o mínimo que eu posso fazer é conhecer meus funcionários. Além disso, eu também sei que você​ está cheio de dúvidas.

– Por que diz isso?

– Você não precisava ter vindo até aqui para salvar​ sua irmã. Fez questão até de reparar o seu Famas pra isso. Bastava apenas revelar as coordenadas certas e deixar que eles viessem até aqui. Que foi o que você fez antes de entrar; provavelmente quando Sebastian citou meu nome. Mas você estar aqui significa que veio atrás de respostas.

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