Capítulo 3 - Coação Ardil (Parte 2)

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Assim que Mark recuperou as forças, pegou sua irmã, que não aguentou o cansaço e adormeceu, em seus braços e foi caminhando pelo andar:

– Mark?! – Chamou o Sr. Howard, que estava no lado de fora da sua padaria, observando o alvoroço. – Vocês estão vindo de onde estavam as chamas?

– Sim. – Respondeu Mark.

– E o que houve?

– Era minha casa.

– Sua casa?!

– Eu tinha saído e quando estava voltando vi as chamas. Mas a minha irmã estava lá dentro. Os bombeiros ainda não tinham chegado, então eu entrei pra tirar ela de lá.

– E ela está bem?

– Sim, só está cansada. Eu estou indo procurar algum lugar para passar a noite e, quem sabe, um tempo até resolver tudo.

– Por que vocês não ficam na minha casa?

– O senhor tem certeza?

– Claro. Nós temos um quarto vazio, e eu sei que é bem melhor do que os dormitórios desta plataforma.

– Nesse caso, eu aceito.

– Então venha, entre.

O Sr. Howard foi guiando Mark pela padaria, pela sala dos fornos, até que chegaram na casa:

– Por aqui. O quarto é no primeiro andar.

– Querido? – Disse uma voz feminina, vinda de outro cômodo ainda no andar térreo.

– Querida, nós temos convidados. – Respondeu o Sr. Howard.

Uma mulher, enxugando as mãos no avental que usava, apareceu:

– Boa noite, senhora. Perdoe a intromissão a essa hora. – Disse Mark.

– Quem são eles, querido?

– Esse é Mark Fletcher, e essa é sua irmã, Max. E Mark, essa é minha esposa, Bet.

– Muito prazer. – Disse Mark.

– Que rapaz educado.

– Foi ele quem consertou nosso ar-condicionado no outro dia. – Acrescentou o Sr. Howard.

– Ah! Eu tenho que lhe agradecer. Você não sabe como estávamos sofrendo aqui. O que ela tem?

– Só está um pouco cansada. – Disse Mark.

– Foi a casa deles que pegou fogo agora a pouco.

– Mas que coisa horrível!

– Eu pensei em oferecer o quarto da Nina para eles, até que consigam se resolver. O que acha, querida?

– Por mim tudo bem.

– Eu vou levá-los lá em cima.

– Só tome cuidado para não acordar as crianças.

– Certo. Por aqui, Mark.

Mark subiu as escadas, chegando a um corredor com três portas. Foram até a última porta:

– Aqui. É este o quarto. – Disse o Sr. Howard, abrindo a porta e acendendo a luz. – Coloque ela na cama.

Era um quarto feminino simples, bem-acabado, porém estava um pouco desorganizado, com algumas caixas espalhadas:

– Com licença. – Disse Mark ao entrar no quarto.

Ele colocou sua irmã na cama de solteiro e a cobriu com um lençol de lã muito confortável:

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