Capítulo 10 - Sangmortem

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    Fiquei segurando o bilhete por um momento, depois dobrei-o e coloquei em uma gaveta do móvel. Encarei um pouco o teto, pensando. Sabia que era um palpite arriscado, considerando que, pelo jeito que os Caçadores de Sombras agiam dava a clara impressão de que o Instituto era um lugar seguro, mas para mim aquele bilhete tinha alguma ligação com tal grupo de vampiros e lobisomens. E eu ia descobrir qual.

- Jennifer? – perguntou uma voz que reconheci como sendo a de Hosana - Você estava demorando um pouco... então achei melhor ver se estava tudo bem.

- Estou bem sim – respondi, e deixei que ela me guiasse para fora, uma nova série de corredores que eu ainda não havia visto.

Ela abriu uma porta ao fim do corredor. A sala por trás dela era ampla, mas não exatamente grande, com uma mesa no centro e algumas cadeiras. Jaqueline e Levi estavam absortos em uma conversa em um canto da sala. De alguma direção, uma maçã voou até mim e por pouco consegui pegá-la.

- Da próxima tente não deixá-la quase cair tão vergonhosamente. Isso me faz questionar suas habilidades. – falou Peter e me virei para ele. Estava apoiado em uma parede.

- Da próxima tente não reclamar tento. – murmurei e fui até ele – O nome do clã o qual você falou ser composto de vampiros e lobisomens...

Ele assentiu, lembrando-se.

- Sangmortem – falou ele, com um tom um pouco amargo, depois seus olhos saíram um pouco de foco – A ligação com o seu pai... Você disse que era a voz de uma mulher?

- Sim...

Peter olhou para o relógio que estava pendurado na parede. 7:00. Dali a duas horas e meia meu pai chegaria.

- Os Irmãos do Silêncio já avaliaram minha mãe? – perguntei.

- Sim, mas não obtiveram grandes avanços.

- O que eles são?

- Pense neles como médicos especiais, se ler o Codex vai saber um pouco mais.

Os outros se aproximaram da mesa e continuaram conversando enquanto tomavam o café. Fiquei em uma cadeira ao lado de Jaqueline. Eu dava mordidas na maçã, mas não comentava nem argumentava em nada. Só ouvia. De repente um zumbido veio de um dos bolsos da minha jaqueta. Todos pararam de falar e olharam para mim. Tirei meu celular do bolso. Havia me esquecido que ainda estava com ele. A bateria marcava 10%, mas ainda tocava. Levantei-me da mesa e fui para um canto, lançando um olhar de desculpas aos outros.

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⏰ Última atualização: Jun 21, 2017 ⏰

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