Capitulo 15 - Dark Moonlight ☾

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( Tem ai ao lado uma musica de sugestão para quando estiverem a ler

Ps: A musica vai aparecer noutro capitula, mas como é mais lá para a frente é na paz :3 )

*Pov’s Niall Off*

Já me encontrava em casa, foi uma noite bastante agradável, os rapazes fizeram-me rir bastante, e depois de todos muito insistirem acabei por aceitar o convite para ir amanha almoçar com eles e com as raparigas, eles realmente eram todos muito adoráveis, subi as escadas muito devagarinho para não acordar os meus pais já passava da meia-noite eles já deveriam de estar a dormir, o cansaço era evidente nos seus rostos, alias eu sentia-me de rastos todo o meu corpo parecia mais pesado que  nunca, acho que nunca desejei tanto chegar a minha cama.

Assim que alcancei o meu quarto, rapidamente troquei a minha roupa pelo pijama, deitei-me na cama e foi vencida pelo cansaço…

*Pov’s Niall on*

Encontrar uma boa veia, era o primeiro paço, depois fazer a pele aceitar a introdução da fininha agulha… e deixar-te ir. É quando basta para chegar à terra prometida: o corpo entorpecido e a mente, finalmente, em paz.

Os batimentos do coração e a respiração tornaram-se mais lentos quando se está pedrado, as funções gástricas e musculares tornam-se mais fracas, todo o teu corpo se acalma. Isto acontece porque segrega endorfinas, como quando tem prazer ou reprime a dor. O medo, o frio, a fome, tudo o que é negativo, deixas de sentir. Primeiro as dores abrandam, depois entras num estado de doce euforia, e estes eram os efeitos prazeirosos da heroína, se já tentei parar de inserir este produto toxico dentro de mim? Obvio que já mas os spots antidroga aumentam os consumos, na semana seguinte, só piora a situação.

Esta droga foi uma descoberta maravilhosa para todos os problemas, eles simplesmente desaparecem, ficam anestesiados. Ninguem estava interessado em resolver porra nenhuma. Usava a droga para me retirar a dor que sentia em relação ao mundo, não para me divertir, nos heroinómanos só queremos paz, mas os problemas dançam ao ritmo do boomerang, e é ai que encontro consolo no produto. Enfiar de uma vez gramas inteiras pode matar qualquer um, mas isso não importa, não encontro razão para continuar a resistir, a minha vida piora dia apos dia, minto constantemente a toda a gente, e sou bom nisso, mas é sobretudo a mim próprio que passo o tempo inteiro a contar balelas falsas, “é a ultima vez”, este é a minha mentira diária. Se um dia não parar uma morte por overdose iria chegar, mas será que não iria ser bom? Iria fazer todo o sofrimento desaparecer, mas eu não queria saber, só mais uma vez, lá no fundo sei que alguma coisa não esta bem na minha vida, sinto isso dentro de mim, seria o remorso de um dia a minha mãe vir a descobrir que o seu filho é um toxicodependente? Não, eu não sou toxicodependente, eu sei-me controlar. “Serás?” gritou o meu sub consciente comigo. Estava tão triste e tão furioso comigo que voltei à cena para esquecer tudo, sabia que a heroína é uma droga que absorve a vida, mas não queria saber se esta iria absorver a minha ou não, só queria esquecer a merda dos problemas.

(...)

Abri os olhos lentamente e estava no mesmo sitio que ontem a noite, mas desta vez o dia estava frio, senti algo húmido a descer pela minha face, uma dor enorme percorreu-me, é como se o meu sangue tivesse ficado seco, quero esconder a verdade de todos, quero me abrigar de tudo, mas não a como me esconder, a fera esta dentro de mim, mais uma vez foi fraco e deixei-me levar, ontem ela ajudou-me a esquecer os meus problemas hoje é a minha maior inimiga, este é o fim dos meus tempos, eu sinto isso.

Escondi a heroína que tinha de baixo do banco do pendura, que por sinal ainda era bastante, ontem a noite tinha mesmo valido a pena, olhei para as horas e já estava atrasado para os ensaios, merda… os rapazes iriam bombardear-me de perguntas e isso era realmente incomodo visto que não gosto de lhes mentir, foi a uma grande velocidade ate casa, tomei um banho rápido e vesti a primeiro coisa que me apareceu a frente, só queria chegar ao estúdio o mais rápido que conseguia, assim que estava pronto segui ate lá.

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