❤ Embaraços ❤

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❤❤❤

Encontrei meus pais na sala.

— Meu bem, como foi a passeio? — minha mãe pergunta animada.

— Divertido. — não quero que meus pais fiquem sabendo o que acontece de ruim comigo. Tem coisas que, sinceramente, não vejo necessidade de desabafar.

— Estávamos te esperando para assistir um filme. — meu pai diz.

— Sério?! Gostaria muito, mas tenho algumas atividades para fazer e um blog para atualizar. Não é negando o convite, sério mesmo...

— Nicoly, nós já entendemos. — ele interrompe. — Não se preocupe, priorize sua vida profissional. Quando tivermos tempo livre, faremos o que mais gostamos, certo?

— Suspiro. — Amo vocês. — corro para abraça-los.

— Nós também te amamos. — minha mãe sussurra. — Preparei um bolo, vê se come.

— Obrigada mãe. — sorrio desajeitadamente. Me retiro e vou direto para cozinha, pego meu bolo e ando para o quarto.

"Ah, Deus! Só queria estar sentada em seu colo agora. Parece que tudo vai desmoronar!"

Sentei-me na cama e suspirei fundo. Na verdade, preciso de um banho ultra-mega-frio. Abri minha mochila, logo em seguida peguei meu caderninho de tarefas. Ao perceber a quantidade de atividades acumuladas, me joguei na cama e pedi que o sono viesse.

(...) 💞

Aquela dor no corpo ao ouvir uma musiquinha tocar. Não! Eu não acredito que eu dormir sem fazer as atividades! Droga, droga, droga!

— Filha?! — minha mãe bate na porta.

— Oi?! — levanto e corro pro banheiro.

— Seu pai teve que ir mais cedo, vou te levar hoje. — ouço ela dizer.

— Certo. Mãe?

— Diga!

— Posso ficar em casa hoje? — torço para que ela diga "sim". Ouço a porta do quarto se abrir.

— Por que? — pergunta.

— Estou tão... — saio do banheiro. — sobrecarregada. — suspiro.

— Consigo ver isso na sua cara. — encara-me.

— Estou tentando assimilar tudo, mas parece que quanto mais eu tento, mais as coisas criam pernas e se embaralham. — desabafo.

O semblante de minha mãe mudou rapidamente: logo seus olhos encheram de lágrimas e ela tentou disfarçar.

— O que foi? — sento-me ao seu lado.

— Nada. — suspira e sorri. — Isso é normal, filha. Pode ficar em casa, mas amanhã é sem falta! Faça suas atividades, trabalhos e arrase.

— Te amo! — beijo sua bochecha.

— Bom, estou atrasada. — levanta. — Cuida bem da casa, certo? Qualquer coisa pega o ônibus e vai lá pro Centro. Hoje seu pai chega bem tarde e...nem sei meu horário, pois hoje tem culto.

— Talvez, eu passe lá. — sorrio.

— Tchau minha bebê. — se retira.

— Mãe!

— É minha bebezona! — grita.

Odeio isso.

*Melissa (bônus)*

Foi o cúmulo ouvir aquilo da boca da minha própria filha. O cansaço psicológico acaba de bater na porta dela, espero não se precipitar com tudo isso, espero que encontre uma forma de fugir desse cansaço, porque se ela se entregar...a depressão... não! Vai ficar tudo bem.

Herdeira III - Meu Leão BrancoOnde histórias criam vida. Descubra agora